EuroBioTox: Projeto europeu conta com a participação de 23 países – INSA

 

O Instituto Ricardo Jorge, através da Unidade de Resposta a Emergências e Biopreparação (UREB), do Departamento de Doenças Infeciosas, integra o projeto European Programme for the Establishment of Validated Procedures for the Detection and Identification of Biological Toxins (EuroBioTox). Este projeto conta com a participação de investigadores de 23 países e terá início em junho de 2017.

Avaliação e aperfeiçoamento dos protocolos na deteção de toxinas (Ricina, Abrina, BoNT e SEB) e implementação de controlos de qualidade europeus no âmbito da resposta a emergências são alguns dos principais objetivos deste projeto. O EuroBioTox visa também o desenvolvimento de protocolos padronizados para a melhor prática em cenários reais, a realização de controlos de qualidade in situ e a coordenação entre os vários laboratórios na Europa.

Com a participação neste projeto, o Instituto Ricardo Jorge irá aumentar e melhorar a sua capacidade de resposta no âmbito da deteção de toxinas passíveis de serem utilizadas como armas biológicas e permitirá a transferência de know-how entre os vários laboratórios participantes. Entre 2012 e 2014, a UREB já tinha participado num projeto semelhante, o EQuATox (Establishment of Quality Assurance for the Detection of Biological Toxins of Potential Bioterrorism Risk).

A UREB é responsável pela coordenação da resposta laboratorial especializada, rápida e integrada, em situações de casos e surtos e que possam constituir um risco para a Saúde Pública, particularmente no contexto de casos de surtos de infeções por microrganismos emergentes e reemergentes, de disseminação natural ou deliberada. Dispõe de diagnóstico laboratorial para mais de vinte agentes infeciosos, entre bactérias, vírus hemorrágicos, orthopoxvirus e toxinas.

O EuroBioTox é um projeto financiado no âmbito do Programa H2020: SEC-03-DRS-2016 Validation of Biological Toxins Measurements after an Incident: Development of Tools and Procedures for Quality Control.

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Guiné-Bissau: Instituto Ricardo Jorge conclui fase de projeto de colaboração

O Instituto Ricardo Jorge concluiu mais uma fase do projeto de colaboração que está a desenvolver na Guiné-Bissau, desde março de 2016. Esta iniciativa teve como principal objetivo o reforço da capacidade do Instituto Nacional de Saúde Pública da Guiné-Bissau (INASA) de diagnóstico laboratorial e de vigilância epidemiológica de doenças infeciosas.

Entre os principais resultados obtidos nesta fase de cooperação, destacam-se, por exemplo, a reorganização de laboratórios, início da implementação do sistema de gestão pela qualidade, produção de protocolos e fluxogramas, assim como a facilitação do processo de aquisição de consumíveis e equipamentos que permitam otimizar o trabalho do Laboratório Nacional de Saúde Pública (LNSP) da Guiné-Bissau.

Outro dos principais aspetos resultantes do projeto está relacionado com a vertente da formação. Assim, nos últimos quatro meses de colaboração, foram ministradas quatro formações: Meningites bacterianas; Leishmaníase e Malária; Organização e funcionamento do laboratório de biologia molecular; Curso de transporte de substâncias.

As ações envolveram um total de 52 formandos provenientes de nove instituições (centros de saúde, hospitais e LNSP), tendo sido concedidos sete certificados de expedidores de substâncias infeciosas e três certificados de competência para trabalhar de forma autónoma no laboratório de biologia molecular.

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Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge – Notícias

Dia Mundial da Tuberculose – 24 de março – Alguns dados epidemiológicos – DGS

Dia Mundial da Tuberculose - 24 de março

A taxa de incidência (novos casos) de tuberculose em Portugal situou-se em 18 casos por 100 mil habitantes em 2016, segundo dados provisórios* apresentados pela Direção Geral da Saúde, através do Programa Nacional para a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose, numa sessão que assinala o Dia Mundial da Tuberculose.

Cerca de 18% dos casos de tuberculose notificados em 2016 ocorreram em doentes nascidos fora do país. O aumento desta proporção nos últimos anos levou o Programa Nacional a desenvolver estratégias em conjunto com o Alto Comissariado para as Migrações, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e ONG no sentido de reduzir este valor.

Em 2015, o teste VIH foi realizado em 88% dos doentes com Tuberculose, dos quais 12% foram positivos. Portugal continua a ter uma das mais altas taxas de co-infeção Tuberculose/VIH da Europa Ocidental que motiva o Programa a delinear estratégias que visem o rastreio da tuberculose em população VIH positiva e a identificar as barreiras ao tratamento preventivo nesta população.

Destaca-se, de igual forma, a redução dos casos de tuberculose entre a população prisional e a população consumidora de drogas, traduzindo já o trabalho efetuado nestes grupos.

Foi, igualmente, realçada a importância dos determinantes sócio económicos, em particular a sobrelotação e comportamentos de risco como álcool e tabaco.
Nesta sessão, são também apresentados os principais objetivos e estratégias para 2017 e 2018, com vista a diminuir a incidência da doença nos grupos de risco e nos grandes centros urbanos onde continua a verificar-se uma concentração dos casos notificados.

*Trata-se de uma estimativa com base nos resultados provisórios.

Informação do Portal SNS:

DGS assinala data, com sessão comemorativa, a 24 de março

A Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional para a Infeção VIH, Sida e Tuberculose, assinala o Dia Mundial da Tuberculose, dia 24 de março, sexta-feira, com uma sessão comemorativa, que terá início às 15h30, na sede do Ministério da Saúde, na Av. João Crisóstomo, 3.º piso, em Lisboa.

Nesta sessão serão apresentados os dados provisórios de 2016 e discutidos os objetivos e estratégias para 2017 e 2018.

A sessão contará com a presença do Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e de Jorge Sampaio, que foi Presidente da República entre 1996 e 2006 e se dedicou à luta contra a tuberculose, como Enviado Especial das Nações Unidas.

Programa

  • 15h30 Sessão de Abertura
    Francisco George, Direção-Geral da Saúde
  • 15h30 Apresentação dos dados provisórios de 2016
    Raquel Duarte, Programa Nacional para a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose
  • 16h00 Objetivos e estratégias para 2017 e 2018
    Raquel Duarte e Isabel Aldir, Programa Nacional para a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose
  • 17h00 Discussão e Encerramento
    Jorge Sampaio
    Adalberto Campos Fernandes, Ministro da Saúde

Sobre o Dia Mundial da Tuberculose

O Dia Mundial da Tuberculose, assinalado a 24 de março, foi definido em 1982, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em homenagem aos 100 anos do anúncio da descoberta do bacilo causador da tuberculose, em 1882, por Robert Koch.

Este ano, com o tema “Leave no one behind. Unite to end TB” (Não deixe ninguém para trás. Unidos para erradicar a tuberculose), recorda-se que esta doença é a segunda principal causa de morte no mundo, depois do VIH/Sida (Vírus da Imunodeficiência Humana).

Dados provisórios de tuberculose em Portugal

Em Portugal, segundo dados provisórios que serão divulgados pela DGS, na sessão comemorativa do Dia Mundial da Tuberculose, a taxa de incidência (novos casos) de tuberculose em Portugal situou-se em 18 por 100 mil habitantes em 2016.

Através do Programa Nacional para a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose, a DGS indica que cerca de 18% dos casos de tuberculose notificados em 2016 ocorreram em doentes nascidos fora do país.

O aumento desta proporção nos últimos anos levou o Programa Nacional a desenvolver estratégias em conjunto com o Alto Comissariado para as Migrações, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e ONG no sentido de reduzir este valor.

Em 2015, último ano com dados definitivos conhecidos, o teste VIH foi realizado em 88% dos doentes com tuberculose, dos quais 12% foram positivos.

Portugal continua a ter uma das mais altas taxas de coinfecção tuberculose/VIH da Europa Ocidental que motiva o Programa a delinear estratégias que visem o rastreio da tuberculose em população VIH positiva e a identificar as barreiras ao tratamento preventivo nesta população, de acordo com informação da DGS.

A DGS destaca a redução dos casos de tuberculose entre a população prisional e a população consumidora de drogas, traduzindo já o trabalho efetuado nestes grupos.

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Informação do INSA:

Tuberculose voltou a descer em Portugal em 2016

24-03-2017

A taxa de incidência de tuberculose em Portugal situou-se em 18 casos por 100 mil habitantes em 2016, segundo dados provisórios apresentados, dia 24 de março, pela Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional para a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose. Cerca de 18% dos casos de tuberculose notificados em 2016 ocorreram em doentes nascidos fora do país.

O aumento desta proporção nos últimos anos levou o Programa Nacional a desenvolver estratégias em conjunto com o Alto Comissariado para as Migrações, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e ONG no sentido de reduzir este valor. A tuberculose é a segunda principal causa de morte no mundo, depois do VIH/Sida (Vírus da Imunodeficiência Humana).

Em 2015, último ano com dados definitivos conhecidos, “o teste VIH foi realizado em 88% dos doentes com tuberculose, dos quais 12% foram positivos. Portugal continua a ter uma das mais altas taxas de coinfecção tuberculose/VIH da Europa Ocidental que motiva o Programa a delinear estratégias que visem o rastreio da tuberculose em população VIH positiva e a identificar as barreiras ao tratamento preventivo nesta população”.

A causa da tuberculose foi detetada a 24 de março de 1882 pelo médico Robert Koch, data que passou a ser assinalada anualmente. Para marcar o Dia Mundial da Tuberculose deste ano, a Organização Mundial da Saúde escolheu como tema ‘Leave no one behind. Unite to end TB’ (não deixe ninguém para trás. Unidos para erradicar a tuberculose).

Cerca de 7,8 milhões de portugueses apresentam ingestão elevada de sódio

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16-03-2017

Cerca de 3,5 milhões de mulheres (65,5%) e 4,3 milhões de homens (85,9%) em Portugal apresentam uma ingestão de sódio acima do nível tolerado. Esta é uma das conclusões do Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF) 2015-2016, cujos resultados foram apresentados, dia 16 de março, no salão nobre da Reitoria da Universidade do Porto.

A ingestão média de sódio é de 2848 mg/dia (equivalente a 7,3 g de sal), superior no sexo masculino. Os alimentos que mais contribuem para o aporte de sódio são o pão e tostas, a charcutaria e a sopa, revelam os resultados deste projeto coordenado pela Universidade do Porto e no qual o Instituto Ricardo Jorge participou através do seus departamentos de Promoção da Saúde e de Prevenção de Doenças Não Transmissíveis e de Alimentação e Nutrição.

Outra das conclusões deste estudo indica que o consumo de carne vermelha, associado a risco de cancro do cólon (mais de 100 gramas por dia), é realizado por mais de 3,5 milhões de portugueses, 34% da população (8,3% nas crianças, 43,0% nos adolescentes, 45,8% nos adultos e 22,9% nos idosos).

Comparando com as recomendações da Roda dos Alimentos, os portugueses estão a consumir proporcionalmente mais 10% de carne, pescado e ovos e 2% de laticínios, e pelo contrário menos fruta (-6%) e produtos hortícolas (-12%), bem como cereais (-12%). Por outro lado, mais de metade da população portuguesa não cumpre a recomendação da Organização Mundial da Saúde de consumir mais de 400g/dia de fruta e produtos hortícolas (equivalente a 5 ou mais porções diárias).

A inadequação é superior nas crianças e nos adolescentes, dos quais 69% e 66% não cumprem as recomendações. As regiões com maior incumprimento das recomendações são os Açores (69%) e a Madeira (60%), sendo o Algarve a região com menor prevalência de inadequação (47%).

O consumo elevado de álcool foi também verificado neste inquérito, em particular nos idosos, registando-se em 5% desse grupo a ingestão de um litro de bebida alcoólica por dia, sendo o vinho o produto mais frequentemente consumido. Na população com mais de 15 anos, 5,4% das mulheres e 24,3% dos homens consome álcool excessivamente.

O IAN-AF permitiu a criação de uma base descritiva com informação de representatividade nacional e regional sobre três grandes domínios: a alimentação e nutrição, a atividade física e o estado nutricional da população portuguesa. O primeiro Inquérito Alimentar Nacional (IAN) foi realizado, em 1980, pelo Centro de Estudos de Nutrição do Instituto Ricardo Jorge, com a colaboração do então Ministério da Agricultura e Pescas.

O IAN-AF foi financiado pelo Programa Iniciativas em Saúde Pública, EEA-Grants. Este programa resulta do Memorando de Entendimento celebrado entre o Estado Português e os países doadores (Islândia, Liechtenstein e Noruega) do Mecanismo Financeiro do Espaço Europeu. Para consultar a apresentação Sumária de resultados do IAN-AF 2015-2016, clique aqui.

Artigo: O sal na alimentação dos portugueses – INSA

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14-03-2017

O Departamento de Alimentação e Nutrição (DAN) do Instituto Ricardo Jorge realizou um estudo com o objetivo de determinar o teor de sal em alimentos representativos da dieta portuguesa. Os resultados observados permitem concluir que em Portugal o sal em excesso na alimentação é uma realidade identificada.

De acordo com o trabalho do DAN, o grupo do peixe, produtos da pesca e invertebrados foi o que apresentou alimentos com um valor médio de sal mais elevado (2,4-2,6) g/100 g de alimento. Nos restantes grupos de alimentos, os valores médios de sal mais elevados situaram-se entre 1,0-1,8 g/100 g de alimento.

Tendo em conta as recomendações da Organização Mundial da Saúde, de 2 g de sódio/dia (5 g de sal/dia), verifica-se que o consumo de 100 g de um prato composto ou de um produto à base de cereais (pão/bolacha de água e sal) pode representar cerca de 30% da ingestão diária de sal e o consumo de 100 g de produtos da pesca e invertebrados (conquilhas/ameijoas/caracóis) pode representar cerca 50% da ingestão diária de sal.

A definição da amostragem deste estudo, recolha e preparação das amostras seguiu as metodologias harmonizadas a nível europeu no âmbito do projeto “TDS EXPOSURE – Total Diet Study Exposure”. A amostragem e seleção de alimentos basearam-se nos dados de consumo alimentar, por forma a serem representativas do consumo e da forma como os alimentos são consumidos no país em questão.

O consumo excessivo de sal pela população é um dos maiores perigos para a saúde pública em Portugal, tornando-se urgente propor medidas para a sua redução. Relativamente ao conteúdo de sal na alimentação, sabe-se que 75% do sódio necessário provém dos próprios alimentos e que a adição de sal de mesa às refeições já confecionadas deverá ser um dos principais pontos de intervenção, uma vez que o sal de mesa contém 30% de sódio.

“O sal na alimentação dos portugueses” foi publicado na última edição do Boletim Epidemiológico Observações, dedicado em exclusivo à Alimentação e Nutrição, em particular às áreas da Promoção de uma Alimentação saudável e da Segurança alimentar. Para consultar o artigo de Mariana Santos, Ana Cláudia Nascimento, Susana Santiago, Ana Carolina Gama e Maria Antónia Calhau, clique aqui.

Informação do Portal SNS:

Consumo excessivo de sal é uma realidade identificada

O Departamento de Alimentação e Nutrição (DAN) do Instituto Ricardo Jorge realizou um estudo com o objetivo de determinar o teor de sal em alimentos representativos da dieta portuguesa. Os resultados observados permitem concluir que em Portugal o sal em excesso na alimentação é uma realidade identificada.

De acordo com os autores deste artigo, o grupo do peixe, produtos da pesca e invertebrados foi o que apresentou alimentos com um valor médio de sal mais elevado (2,4-2,6) g/100 g de alimento. Nos restantes grupos de alimentos, os valores médios de sal mais elevados situaram-se entre 1,0-1,8 g/100 g de alimento.

Tendo em conta as recomendações da Organização Mundial da Saúde, de 2 g de sódio/dia (5 g de sal/dia), verifica-se que o consumo de 100 g de um prato composto ou de um produto à base de cereais (pão/bolacha de água e sal) pode representar cerca de 30% da ingestão diária de sal e o consumo de 100 g de produtos da pesca e invertebrados (conquilhas/ameijoas/caracóis) pode representar cerca de 50% da ingestão diária de sal.

A definição da amostragem deste estudo, recolha e preparação das amostras seguiu as metodologias harmonizadas a nível europeu no âmbito do projeto “TDS EXPOSURE – Total Diet Study Exposure”. A amostragem e a seleção de alimentos basearam-se nos dados de consumo alimentar, por forma a serem representativas do consumo e da forma como os alimentos são consumidos no país em questão.

O consumo excessivo de sal pela população é um dos maiores perigos para a saúde pública, em Portugal, tornando-se urgente propor medidas para a sua redução. Relativamente ao conteúdo de sal na alimentação, sabe-se que 75% do sódio necessário provêm dos próprios alimentos e que a adição de sal de mesa às refeições já confecionadas deverá ser um dos principais pontos de intervenção, uma vez que o sal de mesa contém 30% de sódio.

O artigo “O sal na alimentação dos portugueses ” foi realizado por Mariana Santos, Ana Cláudia Nascimento, Susana Santiago, Ana Carolina Gama e Maria Antónia Calhau, e publicado na última edição do Boletim Epidemiológico Observações, dedicado em exclusivo à alimentação e nutrição, em particular às áreas da promoção de uma alimentação saudável e da segurança alimentar.

Observações é uma publicação trimestral que visa contribuir para o conhecimento da saúde da população, os fatores que a influenciam, a decisão e a intervenção em saúde pública, assim como a avaliação do seu impacte na população portuguesa.

Para saber mais, consulte:

Instituto Ricardo Jorge > Artigo

Aberta Bolsa de Gestão de Ciência e Tecnologia Processo de Levantamento do Património Cultural da Saúde – INSA

13-03-2017

O Instituto Ricardo Jorge, Museu da Saúde, abre concurso para a atribuição de uma Bolsa de Gestão de Ciência e Tecnologia – 1 vaga –  a candidatos (M/F), no âmbito do processo de instalação do Museu da Saúde. Os interessados devem apresentar a sua candidatura, preferencialmente por e-mail, entre 13 e 27 de março.

O plano de trabalhos da referida bolsa prevê as seguintes funções:

  • Apoio no processo de levantamento sistemático e exaustivo dos bens móveis na área da saúde que sejam propriedade do Estado ou de outras pessoas colectivas públicas, no âmbito do cumprimento da missão do Museu da Saúde;
  • Coordenação do processo de inventário de todo o material considerado de valor histórico-cultural em base de dados In-Arte Premium;
  • Prestar apoio na preparação da proposta de medidas necessárias à salvaguarda dos bens culturais móveis da saúde;
  • Garantir a seleção de peças para cedências, para depósito ou que se destiem a exposições no âmbito das atividades de divulgação do património histórico da saúde;
  • Colaborar na articulação com as várias entidades participantes neste processo e, em particular, com a DGPC.

A bolsa é atribuída por um ano, eventualmente renovável até quatro anos, com início previsto para 8 de maio de 2017. Serão excluídos os candidatos que não cumpram todos os seis requisitos obrigatórios, assim como os candidatos que não apresentem os certificados de habilitações da licenciatura pré-Bolonha ou mestrado integrado (pós-Bolonha) e dos cursos de pós-graduação com especificação das respetivas médias finais.

Para mais informações, consultar aviso de abertura do concurso.

Cerca de 1,7 milhões de pessoas desenvolvem anualmente uma infeção fúngica em Portugal – INSA

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10-03-2017

Cerca de 1 milhão e 700 mil pessoas desenvolvem anualmente uma infeção fúngica em Portugal. Esta é uma das principais conclusões de um estudo do Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto Ricardo Jorge que acaba de ser publicado, no âmbito de um projeto internacional que tem como objetivo estimar a incidência das infeções fúngicas a nível mundial.

“Como não são doenças de declaração obrigatória, foram utilizados dados publicados e outros estimados. Muitos destes dados foram baseados em diferentes populações de risco de forma a conseguir estimar a incidência ou prevalência das infeções fúngicas em Portugal”, explica Raquel Sabino, uma das autoras deste estudo e representante portuguesa da rede Fundo Global de Ação para Infeções Fúngicas (GAFFI).

De acordo com este trabalho do Instituto Ricardo Jorge, do total de pessoas afetadas por uma infeção fúngica em Portugal, 1,5 milhões desenvolvem uma infeção fúngica cutânea. A segunda infeção fúngica mais frequente é a candidose vaginal, afetando anualmente mais de 150 mil mulheres com idades compreendidas entre os 15 e os 50 anos.

Outras das conclusões deste estudo, indica que, “quando comparado com outros estudos europeus, Portugal apresenta a mais elevada incidência anual de meningite criptococica, mas uma das mais baixas incidências de pneumonia por Pneumocystis”. “Uma vez que a asma afeta cerca de 10% da população adulta, estima-se que cerca de 17 mil pessoas sofram de asma severa por sensibilização fúngica e 13 mil sofram de aspergilose broncopulmonar alérgica”, referem os autores deste estudo.

Publicado em conjunto com parceiros nacionais e internacionais, “Serious fungal infections in Portugal” integra o número temático da revista European Journal of Clinical Microbiology & Infectious Diseases, onde são apresentadas estimativas da incidência de infeções fúngicas em 14 países da Ásia, Américas, Europa e África do Norte. Estas estimativas apontam para 832 milhões o número de pessoas afetadas por doenças fúngicas graves.

Ainda segundo Raquel Sabino, a metodologia usada neste estudo “tem vindo a ser aplicada em mais 65 países por todo o mundo, cobrindo cerca de 5,6 mil milhões de pessoas até agora”. As estimativas globais mostram que mais de 300 milhões de pessoas são afetadas por infeções fúngicas, afetando entre 1,8-3% da população de cada país. Estima-se ainda que ocorram anualmente mais de 1 milhão e meio de mortes causadas por infeção fúngica grave.

“Este e outros estudos que possamos vir a fazer como forma de alerta e sensibilização são de extrema importância, uma vez que as infeções fúngicas são ainda muito negligenciadas e são responsáveis, anualmente, por mais mortes que, por exemplo, a tuberculose. O conhecimento da epidemiologia das infeções fúngicas em todo o mundo, uma maior sensibilização dos profissionais de saúde para este tipo de infeções e a disponibilização de antifúngicos para o tratamento das infeções fúngicas são algumas das medidas essenciais para reduzir a incidência das infeções fúngicas, sendo que em muitos países desfavorecidos os antifúngicos ainda não estejam disponíveis”, conclui a investigadora.