Relatório: Efetividade da Vacina Antigripal em Portugal – Época 2015/2016

No âmbito da 5ª Reunião da Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal, o Instituto Ricardo Jorge divulga o relatório anual Influenza vaccine effectiveness in Portugal: season 2015/2016, elaborado pelo Departamento de Epidemiologia e pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe do Departamento de Doenças Infeciosas deste Instituto.

A presente publicação divulga a descrição da componente portuguesa (EuroEVA) do projeto europeu I-MOVE (Monitoring the effectiveness of antiflu vaccine during seasonal epidemics and pandemics in the European Union).

As principais conclusões apresentadas são:

  • A efetividade da vacina antigripal para a população para a qual a vacina é recomendada (idosos, doentes crónicos, grávidas, profissionais de saúde e cuidadores de crianças com comorbilidade e idade inferior a 6 meses) foi 65,8%, valor ligeiramente superior em relação à efetividade estimada na população em geral (56,1,4%);
  • Estes resultados indicam que a vacina antigripal nesta época conferiu uma proteção moderada para a infeção pelo vírus da gripe.

Os resultados obtidos constituem informação útil para a orientação e planeamento de medidas de prevenção e controlo da gripe de forma precisa.

Veja aqui o Relatório

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Gratuito: II Workshop “Doenças Transmitidas por Vetores” em Lisboa a 19 de Outubro

Com o objetivo de desenvolver e promover conhecimento e a colaboração em investigação na área das doenças transmitidas por vetores, o Instituto Ricardo Jorge e a Universidade Nova de Lisboa organizam, dia 19 de outubro, o II Workshop “Doenças Transmitidas por Vetores”. O encontro terá lugar no auditório do Instituto de Higiene e Medicina tropical, em Lisboa, e tem como destinatários profissionais de saúde, investigadores e alunos interessados no tema.

A inscrição no evento é gratuita mas limitada à capacidade do auditório. Os interessados em participar devem efetuar a sua inscrição, até 17 de outubro, através do correio eletrónico novasaude@unl.pt ou através do preenchimento do seguinte formulário onlineO I Workshop “Doenças Transmitidas por Vetores” decorreu, dia 26 de setembro, nas instalações do Instituto Ricardo Jorge em Lisboa.

“Co-infeção de endossimbonte Francisela-like e Rickettsia aeschlimannii em Hyalomma marginatum”, “O complexo Anopheles maculipennis (Diptera, Culicidae) em Portugal: distribuição fatores ecológicos e importância como vetores” e “Novos flebovírus identificados em Portugal” são os títulos das três comunicações que serão apresentadas por investigadores do Instituto Ricardo Jorge. Para mais informações, consultar o programa do workshop.

Relatório: Vacinação Antigripal da População Portuguesa − Época 2015/2016

No âmbito da 5ª Reunião da Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal, o Instituto Ricardo Jorge divulga o relatório anual Vacinação antigripal da população portuguesa, elaborado pelo seu Departamento de Epidemiologia.

A presente publicação divulga a cobertura e caraterísticas do ato vacinal referente à época 2015/2016.

As principais conclusões apresentadas são:

  • As estimativas da cobertura da vacina antigripal na época 2015/2016 foram: 16,2% na população geral; 50,1% nos indivíduos com 65 e mais anos; 30,5% nos indivíduos portadores de doenças crónicas;
  • A estimativa pontual da taxa de cobertura da vacina antigripal na população em geral e na população com 65 e mais anos é equivalente à estimada na época anterior (2014/2015);
  • A maioria dos indivíduos com 65 e mais anos (64,3%) refere pretender vacinar-se na época 2016/2017.

Os resultados obtidos constituem informação útil para a orientação e planeamento de medidas de prevenção e controlo da gripe de forma precisa.

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Entrada Livre: Seminário “25 by 25 – The WHO NCD Indicators in Portugal and Norway” em Lisboa a 10 de Outubro – INSA

Heidi Lyshol, Instituto Norueguês de Saúde Pública

O auditório do Instituto Ricardo Jorge, em Lisboa, recebe, dia 10 de outubro, a partir das 11:00, o seminário “25 by 25 – the WHO NCD indicators in Portugal and Norway”, que será apresentado por Heidi Lyshol, consultora sénior do Instituto Norueguês de Saúde Pública. O evento tem entrada livre.

Em 2011, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma declaração política sobre doenças não transmissíveis. Entre 2012 e 2014, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu uma estrutura de acompanhamento para permitir a monitorização global dos progressos na prevenção e controlo destas doenças – doenças cardiovasculares, diabetes, cancro e doença pulmonar crónica. Ao todo, a OMS apresentou nove metas globais para o ano de 2025, através de 25 indicadores, que se encontram divididos entre os campos de mortalidade e morbidade, fatores de risco e resposta dos sistemas nacionais.

“25 by 25 – the WHO NCD indicators in Portugal and Norway” tem como objetivo descrever as metas e os indicadores, além de mostrar como os registos da Noruega são usados para monitorizar alguns destes indicadores e como o Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) pode ser usado para monitorizar outros indicadores. No final da sessão, haverá uma discussão sobre se e como Portugal pode monitorizar alguns desses 25 indicadores, bem como da disponibilidade de fontes de dados.

Heidi Lyshol tem como principais interesses de investigação as desigualdades sociais em saúde e os indicadores de saúde. Durante os últimos anos, tem trabalhado diretamente com a equipa do Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge responsável pelo INSEF.

O INSEF tem como finalidade contribuir para a melhoria da saúde dos portugueses, apoiando as atividades nacionais e regionais de observação e monitorização do estado de saúde da população, avaliação dos programas de saúde e a investigação em saúde pública. Tem como mais-valia o facto de conjugar informação colhida por entrevista direta ao indivíduo (sobre o seu estado de saúde, determinantes de saúde e utilização de cuidados de saúde, incluindo preventivos) com dados de uma componente objetiva de exame físico e recolha de sangue.

Os resultados gerais do INSEF, promovido e coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge, através do Departamento de Epidemiologia, foram apresentados publicamente, no dia 31 de maio, em Lisboa. Os primeiros resultados divulgados incidiram sobre as desigualdades sociodemográficas da distribuição do estado de saúde, dos determinantes de saúde e dos cuidados de saúde preventivos da população residente em Portugal, em 2015, entre os 25 e os 74 anos de idade.

Gratuito: 5ª Reunião Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal em Lisboa e Porto a 13 de Outubro

 

O Instituto Ricardo Jorge, em colaboração com a Direção-Geral da Saúde, promove dia 13 de outubro, no seu auditório em Lisboa, a 5ª Reunião da Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal. O encontro tem como objetivo fortalecer a comunicação entre todos os interessados nas questões da vigilância epidemiológica da gripe e no Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG), contribuindo para a melhoria contínua do PNVG nas suas múltiplas vertentes.

A reunião será transmitida por videoconferência no Centro de Saúde Pública Doutor Gonçalves Ferreira, no Porto, entre as 09:30 e as 16:00. Os interessados em participar devem efetuar a sua inscrição até 10 de outubro, através do preenchimento do respetivo formulário online: Inscrição – Lisboa; Inscrição – Porto (videoconferência).

“Resultados da vigilância epidemiológica da gripe na época 2015/2016”, “Vacinação antigripal” e “Novas perspetivas na vigilância da gripe e de outros vírus respiratórios” são os três principais temas que serão abordados no evento. Para mais informações, consultar o programa da 5ª Reunião Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal.

A Gripe é uma doença respiratória sazonal que afeta todos os invernos a população portuguesa, com especial importância nos grupos dos mais jovens e idosos e em doentes portadores de doença crónica onde pode originar complicações que conduzam ao internamento hospitalar. A vigilância da gripe a nível nacional é suportada pelo PNVG, que é reativado todos os anos a seguir ao verão.

O PNVG visa a recolha, análise e disseminação da informação sobre a atividade gripal, identificando e caracterizando de forma precoce os vírus da gripe em circulação em cada época bem como a identificação de vírus emergentes com potencial pandémico e que constituam um risco para a saúde pública. Compete ao Departamento de Doenças Infeciosas, através do seu Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe, a vigilância epidemiológica da gripe, em colaboração com o Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge.

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Artigo: Caraterização In Vitro dos Efeitos Tóxicos da Patulina na Integridade do Epitélio Intestinal e Potenciais Efeitos Protetores da Cisteína

 

O trato gastrointestinal constitui uma importante barreira que separa o interior do corpo humano do ambiente externo, estando diretamente envolvido no metabolismo e transporte de substâncias endógenas e exógenas. A mucosa intestinal é a primeira barreira biológica encontrada pelas toxinas presentes na dieta, podendo assim ser exposta a teores elevados destes contaminantes presentes nos alimentos, nomeadamente, as micotoxinas (metabolitos secundários tóxicos de baixo peso molecular produzidos por fungos).

Com o objetivo de avaliar o efeito tóxico da exposição intestinal a patulina, bem como o potencial efeito protetor da coadministração de patulina e cisteína na membrana intestinal, o Departamento de Alimentação e Nutrição do Instituto Ricardo Jorge, em colaboração com outras instituições, efetuou um estudo onde determinou a integridade desta membrana após exposição a patulina. A integridade da membrana foi determinada pela medição da resistência elétrica transepitelial (TEER).

Os resultados deste trabalho evidenciam um decréscimo acentuado (80%) nos valores de TEER após 24 horas de exposição celular a 95 μM de patulina. De acordo com os autores do artigo, estes “resultados revelam-se concordantes” com outros estudos e sugerem “que a patulina altera a função da barreira do epitélio intestinal”.

Outra das conclusões mostra que a coadministração de patulina (95 μM) e cisteína (40 μM) revela um decréscimo nos valores de TEER, o que contrasta de “forma estatisticamente significativa, com os resultados obtidos aquando do tratamento com cisteína em concentração igual ou superior a 400 μM, nos quais não se observaram alterações nos valores de TEER”. O presente estudo sugere assim que “a exposição a patulina reduz a integridade da barreira da monocamada epitelial do intestino, o que poderá ser minimizado com a co-administração de 400 ou 4000 μM de cisteína”.

A patulina, uma micotoxina produzida por fungos do género Penicillium spp. durante o processo de deterioração da fruta, representa uma preocupação particular uma vez que a exposição humana a esta micotoxina pode resultar em toxicidade aguda ou crónica, descrevendo-se como potenciais efeitos de exposição os efeitos imunológicos, neurológicos e gastrointestinais. Os resultados deste trabalho “disponibilizam uma abordagem preliminar ao processo de absorção e transporte que ocorre após o processo de digestão de alimentos contaminados com micotoxinas, contribuindo para uma avaliação do risco mais precisa associada à exposição a contaminantes alimentares”.

“Caraterização in vitro dos efeitos tóxicos da patulina na integridade do epitélio intestinal e potenciais efeitos protetores da cisteína” foi publicado na última edição do Boletim Epidemiológico Observações, publicação científica do Instituto Ricardo Jorge que visa contribuir para o conhecimento da saúde da população, os fatores que a influenciam, a decisão e a intervenção em Saúde Pública, assim como a avaliação do seu impacte na população portuguesa. Para consultar o artigo de Ricardo Assunção, Carla Martins, Mariana Ferreira e Paula Alvito, clique aqui.

Gratuito: 9.ª Reunião Anual PortFIR – Plataforma Portuguesa de Informação Alimentar a 28 de Outubro – INSA