Gratuito: 5ª Reunião Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal em Lisboa e Porto a 13 de Outubro

 

O Instituto Ricardo Jorge, em colaboração com a Direção-Geral da Saúde, promove dia 13 de outubro, no seu auditório em Lisboa, a 5ª Reunião da Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal. O encontro tem como objetivo fortalecer a comunicação entre todos os interessados nas questões da vigilância epidemiológica da gripe e no Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG), contribuindo para a melhoria contínua do PNVG nas suas múltiplas vertentes.

A reunião será transmitida por videoconferência no Centro de Saúde Pública Doutor Gonçalves Ferreira, no Porto, entre as 09:30 e as 16:00. Os interessados em participar devem efetuar a sua inscrição até 10 de outubro, através do preenchimento do respetivo formulário online: Inscrição – Lisboa; Inscrição – Porto (videoconferência).

“Resultados da vigilância epidemiológica da gripe na época 2015/2016”, “Vacinação antigripal” e “Novas perspetivas na vigilância da gripe e de outros vírus respiratórios” são os três principais temas que serão abordados no evento. Para mais informações, consultar o programa da 5ª Reunião Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal.

A Gripe é uma doença respiratória sazonal que afeta todos os invernos a população portuguesa, com especial importância nos grupos dos mais jovens e idosos e em doentes portadores de doença crónica onde pode originar complicações que conduzam ao internamento hospitalar. A vigilância da gripe a nível nacional é suportada pelo PNVG, que é reativado todos os anos a seguir ao verão.

O PNVG visa a recolha, análise e disseminação da informação sobre a atividade gripal, identificando e caracterizando de forma precoce os vírus da gripe em circulação em cada época bem como a identificação de vírus emergentes com potencial pandémico e que constituam um risco para a saúde pública. Compete ao Departamento de Doenças Infeciosas, através do seu Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe, a vigilância epidemiológica da gripe, em colaboração com o Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge.

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Gripe

Artigo: Caraterização In Vitro dos Efeitos Tóxicos da Patulina na Integridade do Epitélio Intestinal e Potenciais Efeitos Protetores da Cisteína

 

O trato gastrointestinal constitui uma importante barreira que separa o interior do corpo humano do ambiente externo, estando diretamente envolvido no metabolismo e transporte de substâncias endógenas e exógenas. A mucosa intestinal é a primeira barreira biológica encontrada pelas toxinas presentes na dieta, podendo assim ser exposta a teores elevados destes contaminantes presentes nos alimentos, nomeadamente, as micotoxinas (metabolitos secundários tóxicos de baixo peso molecular produzidos por fungos).

Com o objetivo de avaliar o efeito tóxico da exposição intestinal a patulina, bem como o potencial efeito protetor da coadministração de patulina e cisteína na membrana intestinal, o Departamento de Alimentação e Nutrição do Instituto Ricardo Jorge, em colaboração com outras instituições, efetuou um estudo onde determinou a integridade desta membrana após exposição a patulina. A integridade da membrana foi determinada pela medição da resistência elétrica transepitelial (TEER).

Os resultados deste trabalho evidenciam um decréscimo acentuado (80%) nos valores de TEER após 24 horas de exposição celular a 95 μM de patulina. De acordo com os autores do artigo, estes “resultados revelam-se concordantes” com outros estudos e sugerem “que a patulina altera a função da barreira do epitélio intestinal”.

Outra das conclusões mostra que a coadministração de patulina (95 μM) e cisteína (40 μM) revela um decréscimo nos valores de TEER, o que contrasta de “forma estatisticamente significativa, com os resultados obtidos aquando do tratamento com cisteína em concentração igual ou superior a 400 μM, nos quais não se observaram alterações nos valores de TEER”. O presente estudo sugere assim que “a exposição a patulina reduz a integridade da barreira da monocamada epitelial do intestino, o que poderá ser minimizado com a co-administração de 400 ou 4000 μM de cisteína”.

A patulina, uma micotoxina produzida por fungos do género Penicillium spp. durante o processo de deterioração da fruta, representa uma preocupação particular uma vez que a exposição humana a esta micotoxina pode resultar em toxicidade aguda ou crónica, descrevendo-se como potenciais efeitos de exposição os efeitos imunológicos, neurológicos e gastrointestinais. Os resultados deste trabalho “disponibilizam uma abordagem preliminar ao processo de absorção e transporte que ocorre após o processo de digestão de alimentos contaminados com micotoxinas, contribuindo para uma avaliação do risco mais precisa associada à exposição a contaminantes alimentares”.

“Caraterização in vitro dos efeitos tóxicos da patulina na integridade do epitélio intestinal e potenciais efeitos protetores da cisteína” foi publicado na última edição do Boletim Epidemiológico Observações, publicação científica do Instituto Ricardo Jorge que visa contribuir para o conhecimento da saúde da população, os fatores que a influenciam, a decisão e a intervenção em Saúde Pública, assim como a avaliação do seu impacte na população portuguesa. Para consultar o artigo de Ricardo Assunção, Carla Martins, Mariana Ferreira e Paula Alvito, clique aqui.

Gratuito: 9.ª Reunião Anual PortFIR – Plataforma Portuguesa de Informação Alimentar a 28 de Outubro – INSA

Gratuito: Workshop “Doenças Transmitidas Por Vetores” em Lisboa a 26 de Setembro

O Instituto Ricardo Jorge e a Universidade Nova de Lisboa promovem, dia 26 de setembro, um workshop subordinado ao tema doenças transmitidas por vetores. A iniciativa terá lugar no auditório do Instituto em Lisboa, entre as 14:00 e as 18:00.

Destinado a profissionais de saúde, investigadores e alunos da Universidade Nova de Lisboa, a ação  visa desenvolver e promover conhecimento e a colaboração em investigação na área das doenças transmitidas por vetores. Para mais informações, consultar o programa do workshop.

A inscrição no evento é gratuita mas limitada à capacidade do auditório. Os interessados em participar devem efetuar a sua inscrição através do seguinte endereço de correio eletrónico:novasaude@unl.pt.

MySNS: SNS em Nova Aplicação Móvel

Informação da DGS:

SNS em nova aplicação móvel

MySNS é o nome da nova aplicação móvel que permite aceder, de forma fácil e intuitiva, aos serviços digitais da saúde nos dispositivos móveis. Para acompanhar o progresso tecnológico foi desenvolvida uma nova ferramenta comunicacional, que agrega toda a informação de saúde e disponibiliza um vasto conjunto de serviços e informações úteis para o utente, acessíveis em qualquer lugar.

Esta primeira versão permite acompanhar as notícias do Serviço Nacional de Saúde, aceder a informações úteis para o utente e receber notificações gerais, incluindo questões de saúde pública. Disponibiliza, ainda, um acesso rápido à Linha de Saúde 24 onde, diariamente, poderá contactar com profissionais de saúde qualificados e habilitados, que fornecem os melhores conselhos sobre a forma de lidar com a sua situação de saúde, em particular.

Saiba mais como descarregar a nova aplicação em MySNS.

Informação do INSA:

APLICAÇÃO MYSNS DISPONIBILIZA CONTEÚDOS DO MUSEU DA SAÚDE

MySNS é o nome da nova aplicação móvel que permite aceder, de forma fácil e intuitiva, aos serviços digitais da saúde nos dispositivos móveis. Para acompanhar o progresso tecnológico, foi desenvolvida uma nova ferramenta comunicacional, que agrega toda a informação de saúde e disponibiliza um vasto conjunto de serviços e informações úteis para o utente, acessíveis em qualquer lugar.

Lançada dia 15 de setembro, por ocasião do 37º aniversário do Serviço Nacional de Saúde (SNS), esta primeira versão permite acompanhar as notícias do SNS, aceder a informações úteis para o utente e receber notificações gerais, incluindo questões de saúde pública. Nas próximas versões, será possível receber notificações personalizadas, tendo em conta a idade e sexo dos utilizadores, assim como o acesso a mais informação útil e relevante.

A app MySNS disponibiliza também informação sobre o Museu da Saúde, gerido e promovido pelo Instituto Ricardo Jorge no âmbito das suas competências na área da formação e difusão da cultura científica. Qual o campo de atuação do Museu da Saúde, o seu acervo museológico, inventário online ou a peça do mês são alguns dos conteúdos disponibilizados na nova aplicação e que podem ser acedidos através do menu “Saúde+”.

A curto prazo, será disponibilizada uma nova app de saúde, a CeS – Carteira eletrónica da Saúde. As apps da família MySNS são desenvolvidas pela Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) ou por instituições do SNS.

Entretanto, foi também disponibilizada uma nova funcionalidade na área do Cidadão do Portal SNS, que permite conhecer o valor individual e personalizado dos benefícios que o SNS presta, em cuidados de saúde, a cada cidadão. Denominada “Benefícios SNS”, esta funcionalidade está disponível na área autenticada do “Cidadão”.

Para descarregar a nova aplicação MySNS, clique numa das seguintes ligações: iOSAndroid.

Artigo: Histoplasmose em Portugal – Infeção Rara? – INSA

Histoplasma capsulatum

A Unidade de Infeções Parasitárias e Fúngicas do Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto Ricardo Jorge, efetuou um estudo com o objetivo de analisar o número de casos de histoplasmose registados em Portugal. Resultados mostram que, entre 2009 e 2015, foram descritos na literatura 10 casos de histoplasmose em Portugal, a maioria diagnosticados na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Este trabalho foi realizado através de um levantamento bibliográfico exaustivo, com recurso à base de dados PubMed e ao portal português B-on. A investigação teve também em conta a base de dados de Grupos de Diagnóstico Homogéneo (GDH), disponibilizada pela Administração Central do Sistema de Saúde, sobre os episódios de internamento hospitalar do Sistema Nacional de Saúde, durante o período de 2009 a 2014.

Não sendo a histoplasmose uma doença de declaração obrigatória em Portugal, os episódios de internamento registados nos GDH dão informação apenas sobre as situações graves da doença, resultante de infeções primárias ou de comorbilidade. De acordo com as autoras do estudo, “apesar dos GDH registarem episódios de internamento e não doentes e de existir alguma heterogeneidade na codificação dos mesmos entre hospitais, podemos assumir que o número de episódios de internamento em Portugal se tem mantido constante entre 2009 e 2015, observando um ligeiro decréscimo ao longo dos anos”.

“Com o aumento da mobilidade intercontinental das populações aumenta também o número de indivíduos em risco para a infeção por fungos endémicos em alguns países do globo. Assim, e apesar de ser considerada uma doença rara na Europa, a suspeita clínica e consequente diagnóstico da histoplasmose começa a ser mais frequente pelo que devem ser desenvolvidos sistemas de monitorização e vigilância desta infeção”, sublinham ainda as investigadores. “Clínicos e microbiologistas devem estar em alerta e aumentar o seu conhecimento sobre a patogenicidade, os métodos de diagnóstico diferencial, o tratamento e a evolução do padrão epidemiológico desta e de outras infeções fúngicas”, acrescentam.

O Histoplasma capsulatum é o agente etiológico da histoplasmose, apresentando duas variedades com caraterísticas epidemiológicas diferentes. A infeção ocorre sobretudo por inalação de esporos em locais contaminados por Histoplasma, dando origem a um quadro assintomático ou a manifestações clínicas moderadas ou graves, semelhantes a pneumonia ou outras infeções respiratórias. Na maioria das situações, a cura é espontânea, sendo as formas mais graves da infeção consideradas raras nos indivíduos imunocompetentes.

Histoplasmose em Portugal – infeção rara?” foi publicado na última edição do Boletim Epidemiológico Observações, publicação científica do Instituto Ricardo Jorge que visa contribuir para o conhecimento da saúde da população, os fatores que a influenciam, a decisão e a intervenção em Saúde Pública, assim como a avaliação do seu impacte na população portuguesa.Para consultar o artigo de Cristina Veríssimo, Helena Simões e Raquel Sabino, clique aqui.

Artigo: Quantificação de Iodo em Alimentos Consumidos em Portugal – Resultados Preliminares – INSA

Com o objetivo de caracterizar o teor de iodo em alimentos representativos da dieta portuguesa, o Departamento de Alimentação e Nutrição do Instituto Ricardo Jorge efetuou um estudo onde analisou os seguintes seis grupos de alimentos: peixes, mariscos e bivalves, leite e derivados, vegetais, fruta e refeições compostas. Os resultados preliminares deste trabalho mostram que uma alimentação rica em peixe e laticínios supre a dose diária adequada (150 μg/dia) para adultos saudáveis, não gestantes.

Para a realização deste estudo, foram analisados 480 alimentos, tendo o teor de iodo sido determinado através da técnica de espectrometria de massa com plasma indutivo acoplado (ICP-MS). De acordo com os autores deste trabalho, “quantificar iodo em alimentos como consumidos, permite estimar o seu aporte diário com dados reais, revelando-se muito útil por não existirem, na literatura científica tabelas com dados de retenção de iodo em alimentos quando cozinhados”.

O pescado, compreendendo todos os alimentos provenientes do mar, é o grupo mais rico em iodo, variando entre um máximo de 114 μg/100g (mariscos e bivalves) e um mínimo de
32 μg/100g (peixe). Entre os alimentos estudados, no grupo dos laticínios, constatou-se semelhança entre o teor de iodo no leite (16±1 μg/100g) e no iogurte (18±0,2 μg/100g).

O iodo é um elemento vestigial essencial na dieta humana e animal, sendo indispensável para a síntese das hormonas da tiroide, tiroxina e triiodotironina, cujo principal papel está relacionado com o crescimento e desenvolvimento dos órgãos, em particular do cérebro. A fonte natural de iodo são os alimentos. A deficiência crónica de iodo pode levar a distúrbios que incluem alterações cognitivas com diminuição das capacidades de aprendizagem, bócio, mortalidade infantil e hipotiroidismo.

Estes dados são apresentados no artigo “Quantificação de iodo em alimentos consumidos em Portugal: resultados preliminares”, publicado na última edição do Boletim Epidemiológico Observações. Para consultar o artigo de Inês Delgado, Inês Coelho, Pedro Andrade, Carolina Antunes, Isabel Castanheira e Maria Antónia Calhau, clique aqui.