Saúde Sazonal: Verão & Saúde – DGS / INSA

Comunicado do Diretor-Geral da Saúde sobre Saúde Sazonal: Verão & Saúde

Transcrevemos:

«Saúde Sazonal: Verão & Saúde

No seguimento de notícias hoje publicadas a Direção-Geral da Saúde esclarece:

  • A mortalidade ocorre de forma cíclica e com expressão sazonal e acomoda ainda variabilidade aleatória diária, resultando em valores diferentes em cada dia, mês e ano.
  • As temperaturas extremas, quer no Inverno, quer no Verão, têm um potencial efeito negativo na saúde das populações.
  • Devido às variações das temperaturas, as comparações devem ser feitas com médias de vários anos, permitindo leituras dos resultados mais consistentes. Assim:
    • Nos primeiros seis meses de 2016 observou-se uma mortalidade 5,3% inferior à do período homólogo do ano anterior (menos 3.144 óbitos).
    • Em janeiro de 2016 observou-se menos 23% da mortalidade e em fevereiro menos 15% que em 2015.
    • Desde março os valores da mortalidade têm vindo a ser superiores aos de 2015.
    • O valor da mortalidade que se observou em junho 2016 pode corresponder apenas à variabilidade aleatória referida. Assim, numa perspetiva diária, o número de óbitos observado em junho está dentro dos valores esperados.
  • Quanto às temperaturas, de acordo com a informação do IPMA, a média das máximas observadas em junho de 2016, apesar de superior à média dos últimos 30 anos, foi inferior à verificada em 2015, quando ocorreram duas ondas de calor. Verificou-se o mesmo comportamento nas temperaturas mínimas.
  • Em 2016, não se verificou qualquer onda de calor e o IPMA apenas emitiu um aviso meteorológico amarelo, referente a temperaturas, nos dias 13 e 14 de junho para o distrito de Faro.
  • Durante todo o Verão importa considerar os cuidados adequados às temperaturas elevadas conforme recomendações em www.dgs.pt.

 

Francisco George

Diretor-Geral da Saúde»

Comunicado do Diretor-Geral da Saúde sobre Saúde Sazonal: Verão & Saúde

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Informação do INSA:

O Instituto Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Epidemiologia, está colaborar com a Direção-Geral da Saúde  (DGS) na elaboração da informação disponibilizada na Plataforma Saúde Sazonal, que pode ser consultada na área Saúde em Tempo Real do portal do Serviço Nacional de Saúde. Esta colaboração insere-se no âmbito do Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas, plano “Verão e Saúde”, ativado em Portugal Continental entre 15 de maio e 30 de setembro e, eventualmente, noutros períodos em função das condições meteorológicas.

O Plano “Verão e Saúde” tem como principal objetivo minimizar os potenciais efeitos do calor intenso na saúde da população. Para tal, baseia-se nos efeitos de fatores ambientais na saúde como, por exemplo, indicadores da procura dos serviços, de morbilidade e de mortalidade, atualmente disponíveis em tempo real.

Do conjunto de indicadores disponibilizados nesta plataforma, o Instituto Ricardo Jorge contribui com informação sobre o Índice Alerta ÍCARO Nacional (efeito do calor sobre a mortalidade) e sobre o sistema de Vigilância Diária da Mortalidade (VDM), que apresenta os desvios da mortalidade observada face à mortalidade esperada sem a influência de fatores habitualmente associados ao excesso de mortalidade.

O Índice Alerta ÍCARO é um indicador padronizado do impacto das temperaturas previstas para o próprio dia e os dois dias seguintes na mortalidade, que utiliza os seguintes níveis de alerta: Efeito nulo sobre a mortalidade; Efeito não significativo sobre a mortalidade; Provável efeito sobre a mortalidade; Possível alerta de onda de calor em avaliação; Alerta de onda de calor, esperadas consequências graves em termos de saúde mortalidade.

O sistema VDM visa a monitorização, diária e semanal, da mortalidade por todas as causas ocorrida em Portugal. Foi implementado no Departamento de Epidemiologia em 2004, tornando-se em 2007 um sistema automático com cobertura nacional. A mortalidade por todas as causas é um importante indicador de saúde pública e dessa forma a sua monitorização contínua e sistemática permite estimar o impacto atual de doenças, epidemias, fatores climatéricos e ainda a magnitude do impacto de epidemias futuras.

A Plataforma Saúde Sazonal disponibiliza ainda dados sobre o número de consultas não programadas nos cuidados de saúde primários por semana e o número de consultas em urgência hospitalar por semana. É ainda apresentada a amplitude semanal das temperaturas máxima e mínima calculada para Portugal Continental a cada 24 horas.

Artigo “Hospitalization Risk Due to Respiratory Illness Associated with Genetic Variation at IFITM3 in Patients with Influenza A(H1N1)pdm09 Infection: A Case-Control Study” – INSA

VARIANTE GENÉTICA ASSOCIADA A MAIOR RISCO DE HOSPITALIZAÇÃO POR INFEÇÕES RESPIRATÓRIAS

Ao contrário do tipicamente observado durante as epidemias de gripe sazonal, muitos dos casos graves de influenza A durante a pandemia de 2009 ocorreram em pessoas jovens e saudáveis, com a maioria dos óbitos registados em menores de 65 anos. Embora características como a idade, as comorbilidades e o grau de imunidade pré-existente influenciem a aquisição, progressão e resolução de infeções gripais, existem variantes genéticas no hospedeiro que afetam a especificidade da ligação do vírus e a eficácia da resposta imunitária.

Para tentar perceber porque é que alguns pacientes com síndroma gripal, durante a pandemia de 2009, apresentavam apenas sintomas ligeiros enquanto outros desenvolviam complicações graves, o Instituto Ricardo Jorge elaborou um estudo que investigou a associação entre a hospitalização e uma variante do gene IFITM3. As conclusões deste trabalho mostram que esta variante, que influencia a entrada e a replicação do vírus da gripe nas células humanas, está associada a um maior risco de hospitalização por infeções respiratórias não identificadas neste estudo.

“Verificou-se que o risco de ser hospitalizado, durante a pandemia de 2009, foi maior para os pacientes portadores desta variante, embora este risco não tenha sido específico para as situações de infeção pelo vírus da gripe”, refere o trabalho realizado pelos Departamentos de Epidemiologia e de Doenças Infeciosas. Esta investigação demonstra também que o “perfil genético dos pacientes pode revelar-se uma estratégia promissora com vista a identificar potenciais alvos terapêuticos, ajudando a avaliar e prever a gravidade da doença fornecendo assim informações críticas para a tomada de decisões durante o tratamento, evitando sofrimento e custos desnecessários”.

Da autoria de Vânia Gaio, Baltazar Nunes, Pedro Pechirra, Patrícia Conde, Raquel Guiomar, Carlos Matias Dias e Marta Barreto, o artigo “Hospitalization Risk Due to Respiratory Illness Associated with Genetic Variation at IFITM3 in Patients with Influenza A(H1N1)pdm09 Infection: A Case-Control Study” foi publicado, dia 28 de junho, na revista PLOS One, e pode ser consultado na íntegra aqui.

Veja aqui o Repositório do INSA para este artigo

Artigo: Estudo de Dislipidemias Familiares Monogénicas Raras – INSA

Com o objetivo de fazer uma revisão dos casos de dislipidemias familiares monogénicas raras em estudo no Instituto Ricardo Jorge, o Departamento de Promoção da Saúde e Doenças Crónicas, em colaboração com várias outras instituições, elaborou um trabalho onde apresenta os dados clínicos e moleculares mais relevantes destes doentes. Foram estudados, ou está em curso o estudo, 14 casos, sendo que em 8 destes doentes foi encontrada a causa genética da doença.

Esta situação permitiu, segundo os autores do trabalho, “uma melhor e mais personalizada abordagem terapêutica com melhoria do prognóstico do doente, assim como também, um aconselhamento genético adequado, com identificação de outros familiares em risco”. “Doentes com as várias dislipidemias raras apresentadas têm um risco acrescido de ter outras doenças graves como pancreatite, doença cardiovascular ou complicações neurológicas e devem, por esta razão, ser identificados o mais precocemente possível, de forma a minimizar ou prevenir os efeitos nefastos destas condições”, refere o artigo.

Os investigadores alertam ainda para a necessidade de cumprimento da circular normativa da Direção-Geral da Saúde que recomenda que todas as crianças antes dos 10 anos de idade realizem a caraterização do seu perfil lipídico, já que em todos os casos apresentados neste trabalho a dislipidemia apresenta-se desde a infância. A identificação da etiologia de cada dislipidemia é importante para a implementação da correta abordagem terapêutica uma vez que a mesma depende da via metabólica afetada.

A dislipidemia é um distúrbio do perfil lipídico, seja por elevação ou diminuição de partículas lipídicas, usualmente associadas aos triglicéridos (TGs), colesterol LDL (C-LDL) ou colesterol HDL (C-HDL) (1–3). Uma dislipidemia para ser considerada rara, deve estar presente em menos de 1 em 2 000 pessoas, embora algumas doenças raras tenham frequentemente uma prevalência mais baixa, estimada em menos de 1 em 100 000 indivíduos.

Para consultar na íntegra o artigo de Ana Catarina Alves, Sílvia Sequeira, Oana Moldovan, Goreti Lobarinhas, Helena Mansilha, Sequeira Duarte, Ana Gaspar, António Guerra e Mafalda Bourbon, clique aqui.

Artigo: Estudo Mutacional em Tumor de Wilms Por Sequenciação de Nova Geração – INSA

A Unidade de Tecnologia e Inovação do Departamento de Genética Humana do Instituto Ricardo Jorge efetuou um estudo com o objetivo de descrever a utilização da tecnologia de sequenciação total do genoma aplicada à deteção de mutações somáticas em indivíduos com Tumor de  Wilms (TW). Resultados demonstram que esta tecnologia de ponta associada ao uso de um painel de genes é uma ferramenta eficaz na deteção de variantes somáticas em doentes com esta patologia rara.

Neste estudo foram incluídas amostras de tumor e sangue periférico de 36 doentes portugueses com TW, diagnosticados no Instituto Português de Oncologia de Francisco Gentil (Lisboa), Hospital Dona Estefânia e Hospital de Santa Maria, entre 1988 e 2001. O painel de genes estudados foi constituído pelos genes WT1, CTNNB1, TP53 e/ou AMER1, responsáveis por um terço das mutações somáticas verificadas nestes doentes.

Segundo os autores deste trabalho, publicado numa edição especial do Boletim Epidemiológico Observações dedicado às Doenças Raras, “a experiência agora adquirida permitirá alargar este painel a novos genes recentemente identificados em TW, possibilitando, num futuro próximo, estudar indivíduos com TW para os quais falta uma caracterização molecular”. Para consultar na íntegra o artigo de Catarina Silva, Dina Carpinteiro e Luís Vieira, clique aqui.

O Tumor de Wilms é o tumor renal mais comum da infância, com uma incidência de 1 em ~10000 crianças. Esta patologia é de etiologia genética complexa e diversificada, manifestando-se, normalmente, em menores de 5 anos, embora de vez em quando apareça em crianças mais velhas e raramente em adultos.

Documento: ZIKA – Plano Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças Transmitidas por Vetores – 1ª versão – DGS

ZIKA - Plano Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças Transmitidas por Vetores - 1ª versão

A principal finalidade deste Plano é minimizar o impacto do vírus Zika em Portugal. O seu objetivo geral é impedir ou minimizar a ocorrência de casos autóctones ou secundários e detetar precocemente casos importados, principalmente em áreas onde o mosquito Aedes aegypti está presente, assim como minimizar a disfunção social e económica eventualmente decorrentes desta infeção.

Este Plano aplica-se a todo o território nacional, incluindo o Continente e as Regiões Autónomas (RA) dos Açores e Madeira.

Veja o Documento ZIKA – Plano Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças Transmitidas por Vetores – 1ª versão

Informação do INSA:

ZIKA: PLANO NACIONAL DE PREVENÇÃO E CONTROLO DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR VETORES

Com o objetivo de reduzir o impacto do vírus Zika em Portugal, impedindo ou minimizando a ocorrência de casos autóctones ou secundários e detetar precocemente casos importados, principalmente em áreas onde o mosquito Aedes aegypti está presente, assim como minimizar a disfunção social e económica eventualmente decorrentes desta infeção, a Direção-Geral de Saúde, em articulação com o Instituto Ricardo Jorge, elaborou, no âmbito do Plano Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças Transmitidas por Vetores, um documento orientado exclusivamente para o Zika. Este Plano aplica-se a todo o território nacional, incluindo o Continente e as Regiões Autónomas (RA) dos Açores e Madeira.

O Plano tem como objetivos específicos reduzir a densidade populacional de mosquitos Aedes aegypti na RA Madeira, minimizar a possibilidade dos mosquitos Aedes aegypti na RA Madeira serem infetados pelo vírus Zika e impedir o estabelecimento de mosquitos do género Aedes no Continente e na RA Açores. Promover a investigação sobre a infeção por Zika e vetores responsáveis pela transmissão da infeção e desenvolver articulação intersetorial entre o sistema de saúde, a comunidade científica, ambiente, veterinária, autarquias e sociedade civil são outros dos objetivos do Plano.

A implementação do Plano é coordenada pelo Diretor-Geral da Saúde, com o apoio da Subdiretora-Geral da Saúde e da Unidade de Apoio à Autoridade de Saúde Nacional e à Gestão de Emergências em Saúde Pública (UESP), em estreita colaboração com a Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde. A nível regional, os Departamentos de Saúde Pública são parceiros essenciais de apoio a esta coordenação, devendo replicar a mesma estrutura de “comando e controlo” nas respetivas regiões.

Ao nível da vigilância vetorial, o Plano prevê, por exemplo, que a deteção de possíveis espécies invasoras de mosquitos é notificada a nível nacional através da Rede Nacional de Vigilância de Vetores (REVIVE), coordenada pelo Instituto Ricardo Jorge, e que em termos de vigilância epidemiológica devem ser notificados precocemente casos de microcefalia no Registo Nacional de Anomalias Congénitas (RENAC), também coordenado por este Instituto.

Já em relação ao diagnóstico laboratorial, o Plano refere que a capacidade de efetuar o diagnóstico laboratorial direto (deteção e identificação do vírus) e indireto (testes serológicos) está implementada no Instituto Ricardo Jorge, o laboratório nacional de referência. No Hospital Nélio Mendonça (RA Madeira) está disponível o diagnóstico direto e eventualmente noutros laboratórios, se necessário, tendo em conta a evolução da situação epidemiológica, poderão ser implementados meios de diagnóstico laboratorial.

Para consultar “Zika – Plano Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças Transmitidas por Vetores – 1ª versão”, clique aqui.

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Gratuito: Evento “Ciência e cultura mas que mistura” a 6 de Julho em Lisboa – INSA

O Instituto Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição e em colaboração com a Associação dos Armadores de Pesca Local e Artesanal do Centro Sul e a Docapesca, organiza, dia 6 de julho, nas suas instalações em Lisboa, a primeira edição de “Ciência e cultura mas que mistura”. O evento pretende contribuir para a capacitação dos cidadãos em relação ao conhecimento do valor nutricional da sua alimentação, através da utilização da Tabela da Composição de Alimentos (TCA).

A primeira edição desta iniciativa é dedicada ao grupo do pescado, alimento chave no padrão de alimentação mediterrânico. Além de aspetos históricos relativos à sua utilização, será abordado o funcionamento da TCA para consulta do valor nutricional do pescado e realizada uma demonstração culinária com degustação de receitas de duas espécies de peixe com importante valor nutricional, mas geralmente subvalorizadas.

A participação no evento, que contará com a participação da arqueóloga Inês Vaz Pinto (, responsável das Ruínas Romanas de Tróia, e do Chef João Antunes, da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, é gratuita mas está sujeita à capacidade da sala, pelo que é necessário efetuar o registo prévio através do preenchimento do seguinte formulário online.

A TCA é um documento de referência nacional para a composição dos alimentos consumidos em Portugal, que reúne informação sobre o teor de 42 componentes/nutrientes (Energia, Macroconstituintes, Ácidos Gordos, Colesterol, Vitaminas e Minerais). A versão atual da TCA inclui 1094 alimentos (crus, cozinhados e processados).

Vacina BCG Deixa de Ser Universal e só Será Dada a Crianças de Grupos de Risco

A partir do próximo ano, apenas serão vacinadas com a BCG as crianças que pertencem a famílias com risco acrescido para a tuberculose ou as que vivem numa determinada região com uma taxa da doença superior à do país (como nos distritos de Lisboa e Porto). A transição da vacinação universal para a proteção de grupos de risco é “um momento histórico”, considera Graça Freitas, subdiretora geral da Saúde.

Esta alteração foi proposta por um subgrupo, criado no âmbito da Comissão Técnica de Vacinação, e contou com o contributo de dezenas de peritos de várias áreas, entre estes especialistas em doenças infeciosas do Instituto Ricardo Jorge. Pesou igualmente na decisão a evolução da tuberculose, hoje com valores muito inferiores dos registados no passado. Em 2015, Portugal atingiu o número mais baixo de sempre de casos de tuberculose, com uma incidência de 20 casos por 100 mil habitantes.

Além das alterações na vacinação contra a tuberculose, o novo Programa Nacional de Vacinação (PNV), que entra em vigor a 1 de janeiro de 2017 e será apresentado dia 20 de junho, no Auditório da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, apresenta outras novidades, nomeadamente na vacina contra a tosse convulsa, que passará a ser administradas às grávidas, com vista à proteção do seu filho até aos dois meses de idade, altura em que este receberá a vacina.

Outras das novidades do novo PNV tem a ver com a vacina contra a meningite B, que passará a ser administrada gratuitamente a crianças que, por razões clínicas, têm défices de imunidade. Será também introduzida no PNV uma nova e mais abrangente vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV), com uma eficácia superior a 90 por cento contra o cancro do colo do útero, que será administrada às raparigas mais cedo, aos 10 anos.

A administração da vacina contra o tétano também vai sofrer alterações, com maiores intervalos, passando a ser tomadas aos dez, 25, 45 e 65 anos. Após os 65 anos, os intervalos entre tomas voltam aos 10 anos. A alteração do PNV, que resulta de uma revisão iniciada em 2013, vai aumentar os seus custos, que se situam atualmente nos 30 milhões de euros anuais.

INQUÉRITO SEROLÓGICO NACIONAL 2015-2016

Ao longo do tempo o PNV sofreu várias alterações contendo atualmente vacinas contra 13 doenças, sendo que a última foi introduzida em 2015. Por rotina, a avaliação do PNV é feita através do cálculo das coberturas vacinais e da monitorização da incidência das doenças evitáveis pela vacinação.

Contudo é importante que estas avaliações sejam complementadas periodicamente com estudos serológicos de base populacional os quais permitem conhecer a imunidade a título individual. Para isso, é necessário fazer uma análise ao sangue e verificar se existem determinados anticorpos, processo que se denomina de “avaliação do estado imunitário”. Este conhecimento é essencial para escolher quais as vacinas que devem fazer parte do PNV bem como a idade e o número de doses que devem ser administradas.

Atualmente encontra-se a decorrer o Inquérito Serológico Nacional (ISN) 2015-2016, iniciativa promovida pelo Instituto Ricardo Jorge, através do Departamento de Doenças Infeciosas e do Departamento de Epidemiologia, em parceria com outras entidades. O INS 2015-2016 é o 3º inquérito a ser realizado em Portugal e o primeiro que abrange todo o território nacional (continente e regiões autónomas).

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