Artigo: Ocorrência e Disseminação da Microalga Gonyostomum Semen em Albufeiras – INSA

Microalga Gonyostomum semen

Gonyostomum semen é uma microalga flagelada presente em lagos distróficos da Fenoscandinávia que nos últimos 40 anos tem vindo a expandir-se a lagos e a albufeiras não distróficos situados no norte e centro da Europa. Com a capacidade de dominar em pouco tempo a comunidade fitoplanctónica, a G. semen consegue produzir densas florescências principalmente durante a época estival.

A produção de florescências por parte desta microalga possui um impacto profundo na qualidade das águas para uso recreativo e para consumo humano. A G. semen presente em águas de uso recreativo produz filamentos de mucilagem que se agarram à pele dos banhistas, provocando prurido e irritações cutâneas. A presença de grandes quantidades de mucilagem na água para consumo humano afeta a eficiência das estações de tratamento, causando a colmatação dos sistemas de filtros e produzindo odor e sabor desagradáveis na água.

Com o intuito de descrever a deteção de G. semen em amostras de água doce colhidas em albufeiras portuguesas e de apresentar os dados preliminares relativos à sua distribuição geográfica em território continental, Sérgio Paulino, Arminda Vilares e Elisabete Valério, do Laboratório de Biologia e Ecotoxicologia, da Unidade de Água e Solo, Departamento de Saúde Ambiental, do Instituto Ricardo Jorge, elaboraram um artigo tendo como base as amostras analisadas entre os anos de 2009 e de 2014.

Veja aqui o artigo

Comunicado Conjunto Sobre Botulismo Alimentar – DGS / INSA / DGAV / ASAE

Comunicado Conjunto da Direção-Geral da Saúde, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária e da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.

Veja aqui o Comunicado

« O botulismo alimentar é uma doença grave, de evolução aguda, com sintomas digestivos e neurológicos, resultante da ingestão de diversos tipos de alimentos, contendo toxinas formadas pelo Clostridium botulinum no próprio alimento.

No mês de setembro de 2015 foram notificados três casos de botulismo alimentar, confirmados laboratorialmente, não tendo sido registado nenhum óbito.

Na sequência da investigação epidemiológica, ainda em curso, foi possível determinar que a origem destes casos de doença está associada à ingestão de produtos alimentares fumados (alheiras), comercializados apenas com a seguinte marca comercial:

Os produtos referidos podem ter sido distribuídos e comercializados em diversos pontos do país, podendo encontrar-se na posse dos consumidores, considerando que é frequente a congelação doméstica dos mesmos.

Como resultado da avaliação de risco efetuada pelas Direção-Geral da Saúde, Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, foi decidido à luz dos princípios da prevenção e precaução, bem como de defesa do consumidor:

  1. Retirada imediata dos produtos à base de carne e dos queijos, da marca comercial “Origem Transmontana”, dos circuitos de distribuição e comercialização;
  2. Informação à população para que os produtos adquiridos, à base de carne e os queijos, da marca comercial “Origem Transmontana”, não sejam consumidos.

As autoridades competentes mantêm-se atentas e em articulação na resolução desta situação.

Lisboa, 26 de setembro de 2015

Direção-Geral da Saúde
Direção-Geral de Alimentação e Veterinária
Autoridade de Segurança Alimentar e Económica
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge »

Veja aqui o Comunicado

Informação do Portal da Saúde:

DGS alerta que foram registados três casos de botulismo alimentar, em setembro. Produtos suspeitos retirados do mercado.

De acordo com o comunicado conjunto, emitido no sábado, 26 de setembro, da Direção-Geral da Saúde (DGS), Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, no mês de setembro de 2015 foram notificados três casos de botulismo alimentar, confirmados laboratorialmente, não tendo sido registado nenhum óbito.

O botulismo alimentar é uma doença grave, de evolução aguda, com sintomas digestivos e neurológicos, resultante da ingestão de diversos tipos de alimentos, contendo toxinas formadas pelo Clostridium botulinum no próprio alimento.

Na sequência da investigação epidemiológica ainda em curso, foi possível determinar que a origem destes casos de doença está associada à ingestão de produtos alimentares fumados (alheiras), comercializados apenas com a marca comercial: “Origem Transmontana”.

Os produtos referidos podem ter sido distribuídos e comercializados em diversos pontos do país, podendo encontrar-se na posse dos consumidores, considerando que é frequente a congelação doméstica dos mesmos.

Como resultado da avaliação de risco efetuada pelas DGS, Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, foi decidido à luz dos princípios da prevenção e precaução, bem como de defesa do consumidor:

1. Retirada imediata dos produtos à base de carne e dos queijos, da marca comercial “Origem Transmontana”, dos circuitos de distribuição e comercialização;

2. Informação à população para que os produtos adquiridos, à base de carne e os queijos, da marca comercial “Origem Transmontana”, não sejam consumidos.

As autoridades competentes mantêm-se atentas e em articulação na resolução desta situação.

Hipercolesterolemia Familiar (FH) – Perguntas Frequentes – INSA

Mafalda Bourbon, investigadora Instituto Ricardo Jorge

O que é a Hipercolesterolemia familiar (FH)?

A FH é uma doença genética do metabolismo do colesterol. Doentes com FH apresentam valores muito altos de colesterol (nas crianças acima dos 260mg/dl e nos adultos acima dos 290mg/dl). Os outros parâmetros ligados às gorduras do sangue, nomeadamente os triglicéridos, encontram se dentro dos valores normais (menores que 150 mg/dl). Faz parte do diagnostico clínico destes doentes perguntar se na família há outras pessoas com níveis muito elevados de colesterol, pois sendo uma doença genética, ou seja familiar, só existindo história familiar de hipercolesterolemia é que se dá o diagnostico clínico de FH (pelo menos um dos pais deve ter colesterol muito alto sem medicação).

Qual o modo de transmissão da FH?

A FH é transmitida de pais para filhos. A FH é uma doença autossómica dominante, o que quer dizer que basta herdar a doença do pai ou da mãe para ter a doença.

Cada filho de uma pessoa com FH tem 50% de probabilidade de ter FH, ou seja, tem 50% de probabilidade de herdar o gene com a mesma mutação do pai ou mãe afetado. Quando se herda uma mutação do pai ou da mãe diz-se que essa pessoa tem FH heterozigótica.

Quando ambos os pais têm FH, os filhos deste casal têm 25% de probabilidade de herdar uma mutação do pai e outra da mãe e ter FH homozigótica, a forma mais grave doença. Um casal com FH deve ir a uma consulta de aconselhamento genético antes de pensar em ter filhos. Como a FH homozigótica é rara, normalmente quando se fala de FH refere-se quase sempre à forma heterozigótica.

Qual o tratamento mais adequado para alguém que tenha esta doença?

Os especialistas recomendam que haja um cuidado especial com a alimentação, nomeadamente uma redução de todos os alimentos que contenham gorduras, e aumento do exercício físico a partir dos dois anos de idade. Nas crianças há medicamentos chamados “resinas” que são indicados para crianças pequenas, mas que não são geralmente bem tolerados.

O tratamento mais utilizado na FH é a prescrição de uma classe de medicamentos chamada estatinas. O tratamento farmacológico com estatinas, se for necessário, é recomendado a partir dos oito anos de idade para doentes com FH.

Qual a importância da identificação precoce da FH?

Apesar de ser uma doença grave, a FH tem tratamento. Assim quanto mais precocemente for identificada, mais cedo se inicia a alteração nos estilos de vida e o tratamento farmacológico logo que seja indicado.

Desta forma é possível  reduzir o elevado risco cardiovascular destes doentes. Ou seja, é possível ao manter os níveis de colesterol dentro da normalidade evita-se o desenvolvimento da doença cardiovascular, prevenindo o Enfarte Agudo do Miocárdio, que é a pior consequência desta doença.

Onde se realiza o teste genético?

Em Portugal o teste genético realiza-se no Instituto Ricardo Jorge, pioneiro neste campo e o qual mantém uma equipa de investigação dedicada ao estudo desta doença. Há também, naturalmente, laboratórios privados que realizam este teste.

Bolsa de Investigação Científica: Projeto “National Serological Survey in Portugal 2015-2016” – INSA

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge), Departamento de Epidemiologia e Departamento de Doenças Infeciosas, abre Concurso para a atribuição de uma Bolsa de Investigação Científica – 1 vaga – a candidatos (M/F), no âmbito do Projeto “National Serological Survey in Portugal 2015-2016”, designado por “ISN 2015-16”, cofinanciado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu 2009-2014.

Saiba mais…

17-09-2015 
 BOLSA DE INVESTIGAÇÃO NO ÂMBITO DO PROJETO “INQUÉRITO SEROLÓGICO NACIONAL”
Data Limite : 30-09-2015

Anúncio para atribuição de uma Bolsa de Investigação
no âmbito do Projeto Inquérito Serológico Nacional
Refª: ISN/2015/BIC/05

EDITAL

 

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge), Departamento de Epidemiologia e Departamento de Doenças Infeciosas, abre Concurso para a atribuição de uma Bolsa de Investigação Científica – 1 vaga – a candidatos (M/F), no âmbito do Projeto “National Serological Survey in Portugal 2015-2016”, designado por “ISN 2015-16”, cofinanciado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu 2009-2014.

Fase de Candidatura: 17.09.2015 a 30.09.2015

As condições de Abertura da Bolsa são as seguintes:

Área Cientifica: Estatística

Requisitos de Admissão: Licenciatura em Estatística (obrigatório);

Requisitos Preferenciais:

  • Experiência comprovada no desenvolvimento de bases de dados;
  • Experiência comprovada no desenvolvimento de sistemas de colheita de dados (eg RedCAP);
  • Experiência comprovada no planeamento e execução da análise de dados de estudos epidemiológicos;
  • Excelente domínio dos programas estatísticos R e STATA ou SPSS;
  • Excelentes conhecimentos da língua Inglesa (escritos e orais) e língua Portuguesa nativa (prioridade elevada);
  • Bons conhecimentos de informática na ótica do utilizador, nomeadamente Microsoft Office incluindo Access;
  • Facilidade de comunicação de conceitos e metodologias da área a outras áreas disciplinares (a não Estatistas);
  • Elevado sentido de responsabilidade;
  • Facilidade de relacionamento, comunicação e trabalho em equipa;
  • Disponibilidade imediata;
  • Disponibilidade para viajar no âmbito de atividades inerentes e financeiramente suportadas pelo projeto.

Plano de trabalhos: Desenho da base de dados e seu desenvolvimento; desenvolvimento de um sistema de colheita de dados em RedCAP; desenvolvimento do plano de análise de dados; validação das bases de dados; análise estatística; colaboração na elaboração dos relatórios de progresso e científicos, comunicações e artigos científicos.

Legislação e regulamentação aplicável: O Estatuto do Bolseiro de Investigação, aprovado pela Lei nº 40/2004, de 18 de Agosto, na redação dada pela Lei n.º 12/2013, de 29 de janeiro e do Regulamento de Bolsas Ricardo Jorge, publicado no Diário da República – II Série, aviso n.º 7344/2005, de 17 de agosto, e ainda subsidiariamente é aplicável o Regulamento de Bolsas de Investigação da Fundação para a Ciência e Tecnologia, I.P. (FCT I.P.), aprovado pelo Regulamento nº 234/2012, publicado na II Série do Diário da República de 25 de junho de 2012, alterado e republicado pelo Regulamento nº 326/2013, publicado na II Série do Diário da República de 27 de julho de 2013 e alterado pelo Regulamento nº 339/2015, publicado na II Série do Diário da República de 17 de junho de 2015, sem prejuízo de outra legislação em vigor e das regras de funcionamento interno da Instituição.

Ainda, de acordo com o Regulamento n.º 234/2012, de  25 de Junho, artigo 38.º, em cada entidade de acolhimento deve existir um núcleo de acompanhamento dos bolseiros, sendo que no INSA, I.P., é a DGRH-Bolsas que assume as competências do Núcleo do Bolseiro, e cujas regras básicas de funcionamento são: a responsabilidade de prestar aos bolseiros toda a informação relativa ao seu Estatuto, servir de elo de ligação entre os bolseiros e a Instituição acolhendo e tratando os processos dos bolseiros. A DGRH-Bolsas pode ser contatada nos dias úteis, no horário de atendimento ao público regulamentado nesta Instituição.

Local de trabalho: O trabalho será desenvolvido no Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge – Sede, havendo a necessidade de realizar deslocações frequentes a qualquer ponto do país no âmbito do projeto.

Orientação Científica: O trabalho será efetuado sob a orientação cientifica do Doutor Baltazar Nunes do Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge.

Duração da bolsa: A bolsa será atribuída pelo prazo de 6 meses, com inicio previsto a 1 de novembro de 2015, em regime de exclusividade, eventualmente renovável até ao limite de duração do projeto cuja data de término se prevê a 30.04.2016, conforme regulamentação supramencionada, nomeadamente o Estatuto do Bolseiro de Investigação (Lei n,º 40/2004, de 18 de Agosto).

Valor do subsídio de manutenção mensal: De acordo com a tabela de valores para bolsas nacionais atribuídas pela FCT constante no regulamento de bolsas de investigação. Excecionalmente poderá ser atribuída majoração. O Bolseiro usufrui, ainda, de Seguro Social Voluntário (1º escalão) e de um Seguro de Acidentes Pessoais ou equivalente.

Métodos de seleção: O processo de avaliação inclui duas fases: avaliação curricular (caráter eliminatório) e entrevista, parte da qual desenvolvida em inglês. À avaliação curricular será atribuída classificação numa escala de 0 a 20 valores. Só serão chamados a entrevista, através da comunicação por email, os candidatos que obtiverem uma pontuação igual ou superior a 12 valores na avaliação curricular. A ponderação para a avaliação final é de 60% e 40% para a avaliação curricular e entrevista, respetivamente.

Composição do Júri de Seleção: O Júri é constituído pelo Doutor Baltazar Nunes, investigador auxiliar do Instituto Ricardo Jorge (presidente do Júri), pela Doutora Maria José Borrego, investigadora auxiliar do Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto Ricardo Jorge e pela Doutora Sónia Namorado, bolseira do Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge (vogais efetivos). A Doutora Ana Paula Gil e a Doutora Marta Barreto, bolseiras do Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge, serão vogais suplentes.

Prazo e forma de apresentação das candidaturas: As candidaturas devem ser formalizadas, obrigatoriamente, através do envio de carta de candidatura acompanhada dos seguintes documentos: Curriculum Vitae detalhado, certificado de habilitações e outros documentos comprovativos considerados relevantes. Tanto a carta de candidatura como o Curriculum Vitae devem ser apresentados em inglês.

As candidaturas deverão ser enviadas por e-mail ou por correio (até à data limite de 30.09.2015) para o seguinte endereço:

Baltazar Nunes
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
Departamento de Epidemiologia
Avenida Padre Cruz | 1649-016 Lisboa | Portugal
Email: baltazar.nunes@insa.min-saude.pt

Os candidatos que enviem as candidaturas por email devem conservar o recibo de entrega e/ou leitura como comprovativo de receção.

Forma de publicitação/notificação dos resultados: Comunicação dos resultados aos candidatos e outras informações: Os resultados do concurso serão comunicados aos candidatos através de correio eletrónico, com recibo de entrega. Após o envio do resultado da candidatura, considerar-se-á automaticamente notificado para consultar o processo se assim o desejar e pronunciar-se em sede de audiência prévia no prazo máximo de 10 dias úteis. O candidato selecionado deve declarar, por escrito, a sua aceitação e comunicar a data de início efetivo da bolsa. Salvo apresentação de justificação atendível, a falta de declaração dentro do prazo requerido (10 dias) equivale à renúncia da bolsa. Em caso de impedimento de aceitação da bolsa pelo primeiro candidato selecionado, a opção será o segundo qualificado (e assim sucessivamente) de acordo com a lista ordenada pelo Júri do concurso, a constar em Ata. A lista final de classificação será afixada em local visível, na Ala da Direção de Gestão de Recursos Humanos, piso 2, deste Instituto.

Artigo: O Papel dos Estrogénios e Vias de Sinalização do Recetor de Estrogénio no Cancro e Infertilidade Associados a Schistosomose

A schistosomose é uma doença tropical transmitida através de água doce, causada por um parasita do género Schistosoma. Com altas taxas de morbilidade e mortalidade, em todo o mundo existem pelo menos 76 países afetados por schistosomose com uma prevalência superior a 200 milhões de pessoas. Destes, 20 milhões têm doença grave e 120 milhões são considerados assintomáticos. O risco de infeção afeta cerca de 600 milhões de indivíduos, incluindo viajantes provenientes de países desenvolvidos.

Os três principais agentes da schistosomose humana são a Schistosoma japonicum e a S. mansoni que causam a schistosomose intestinal nos países do Leste da Ásia, da África, da América do Sul e do Caribe, e a S. haematobium que ocorre em toda a África e no Médio Oriente, causando a schistosomose urogenital. Dos três agentes da schistosomose humana, a S. haematobium é a que infeta mais indivíduos.

Este tipo de schistosomose apresenta-se patologicamente sob a forma de hematúria, mucosa da bexiga e hidronefrose levando a lesões graves nos rins. A S. haematobium pode ser encontrada, também, nos genitais femininos podendo aumentar a susceptibilidade da mulher ao HIV e a diminuição da fertilidade. A deposição de ovos de S. haematobium na mucosa da bexiga pode levar ao aparecimento de carcinoma de células escamosas da bexiga. Por essa razão, o S. haematobium foi classificado, pela Agência Internacional do Cancro (IARC), como cancerígeno do Grupo 1.

Mónica Botelho, da Unidade de Promoção da Saúde do Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis do Instituto Ricardo Jorge, desenvolveu um trabalho onde foram discutidos novos dados sobre o papel dos estrogénios e recetores de estrogénio tanto na carcinogénese como na infertilidade associadas a schistosomose urogenital.

Aceda aqui ao trabalho realizado.

Simpósio Segurança e Saúde no Trabalho a 27 de Outubro em Lisboa – INSA

Sensibilizar os profissionais para a necessidade do cumprimento das boas práticas no local de trabalho e aprofundar a discussão em torno de aspetos críticos essenciais à promoção da qualidade de vida no trabalho e ao bem-estar do indivíduo. São estes os principais objetivos do simpósio  que o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do seu serviço de Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho, vai realizar, dia 27 de outubro, nas suas instalações em Lisboa.

Intitulado “As condições de trabalho e a qualidade de vida no quotidiano: o contributo da Segurança e Saúde no Trabalho”, o evento tem como destinatários profissionais de saúde e outros interessados na temática da Higiene, Segurança e Saúde no trabalho. Os interessados em participar devem efetuar a sua inscrição, no valor de 40€, até 12 de outubro, através do preenchimento de formulário de inscrição online.

programa do simpósio encontra-se divido em quatro painéis: Painel 1 – Risco no local de trabalho; Painel 2 – Avaliação e gestão do risco em contexto laboratorial; Painel 3 – Controlo de infeção; Painel 4 – Condições de trabalho: stress no dia-a-dia. Para mais informações, consultar aplataforma de e-Learning do Instituto  Ricardo Jorge ou utilizar os seguintes contactos:(+351) 217 508 133 / 42 ou formamais@insa.min-saude.pt

Relatório OMS: Childhood Obesity Surveillance Initiative – COSI Portugal 2013

O Childhood Obesity Surveillance Initiative (COSI)/World Health Organization Regional Office for Europe é o sistema europeu de vigilância nutricional infantil coordenado pelo Gabinete Regional Europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Tem como principal objetivo criar uma rede sistemática de recolha, análise, interpretação e divulgação de informação descritiva sobre as caraterísticas do estado nutricional infantil de crianças dos 6 aos 8 anos, que se traduz num sistema de vigilância que produz dados comparáveis entre países da Europa e que permite a monitorização da obesidade infantil a cada 2-3 anos.

Veja aqui o Relatório Childhood Obesity Surveillance Initiative – COSI Portugal 2013

Informação do INSA:

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge) divulga o relatório COSI Portugal 2013, relativo à 3ª ronda de dados sobre o estado nutricional infantil de crianças portuguesas dos 6 aos 8 anos. Este estudo integra-se no Childhood Obesity Surveillance Initiative, sistema europeu de vigilância nutricional infantil coordenado pelo Gabinete Europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Deste relatório, desenvolvido pelo Departamento de Alimentação e Nutrição do Instituto  Ricardo Jorge e no âmbito do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde, destacam-se as seguintes conclusões:

  • A prevalência de baixo peso das 5935 crianças portuguesas dos 6 aos 8 anos de idade das 196 escolas do 1.º ciclo do Ensino Básico das sete Regiões de Portugal participantes do estudo foi de 2,7% (IMC<P3),  31,6%  apresentava  excesso  de  peso (IMC≥P85)  e 13,9% tinha obesidade (IMC≥P97) tendo sido maior nas raparigas do que nos rapazes;
  • As amostras representativas de escolas ao nível regional mostraram que maior prevalência de baixo peso (5,0%), de excesso de peso (incluindo obesidade) (38%) e obesidade infantil (17,8%) foi observada na região Centro. A região que apresentou menor prevalência de baixo peso foi o Alentejo (0,6%), e a região dos Açores foi a que apresentou menor prevalência de excesso de peso e obesidade, 24,0% e 10,0%, respetivamente;
  • Ao longo dos anos evidencia-se uma ligeira e progressiva diminuição do excesso de peso (2008: 37,9%; 2010: 35,7% e 2013: 31,6%) e obesidade infantil (2008: 15,8%; 2010: 14,7% e 2013: 13,9%) acompanhado de um aumento na prevalência de baixo peso (2008: 1,0%; 2010: 0,8% e 2013: 2,7%).

Relatório COSI Portugal 2013

Fact Sheet COSI Portugal 2013