Folheto Informativo da Campanha “Neste inverno… proteja-se!” – DGS / Infarmed

O Ministério da Saúde, através da Direção-Geral da Saúde e da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED), está a promover uma campanha informativa intitulada “Neste inverno… proteja-se!”. O objetivo é incentivar a utilização da Linha Saúde 24 para um acesso mais eficaz aos serviços de saúde e reforçar junto dos cidadãos o uso racional do medicamento, nomeadamente no que diz respeito à utilização de antibióticos sem receita médica.

“Neste inverno, se ficar doente não corra para as urgências nem tome antibióticos sem receita médica, ligue primeiro 808 24 24 24 – Linha Saúde 24” é a mensagem principal da campanha que está a ser divulgada desde 21 de dezembro, através de vários suportes de comunicação como, por exemplo, anúncios na imprensa e rádios nacionais e regionais, multibanco, autocarros e mupis

Dirigida à população em geral, as autoridades de saúde pretendem com esta campanha sublinhar a importância dos cidadãos confiarem na equipa que faz a triagem do seu estado de saúde na Linha Saúde 24, aconselhando ou encaminhando para o serviço mais adequado, evitando deslocações desnecessárias e a utilização indevida de antibióticos para tratar doenças virais, como é o caso da gripe.

Diferenças entre constipação ou gripe, formas de evitar o contágio ou o facto de a gripe ser uma doença que não necessita, na maior parte das vezes, de uma ida às urgências dos hospitais são algumas das outras mensagens que estão a ser transmitidas pela campanha.

Veja o folheto informativo “Neste inverno proteja-se!”

Artigo: Programa Nacional de Diagnóstico Precoce: 35 Anos de Atividade (1979-2014) – INSA

Os programas de rastreio neonatal são programas de saúde pública, com o objetivo de uma deteção precoce de recém-nascidos afetados por determinada patologia, com vista a um início atempado do tratamento, com vista a uma diminuição da morbilidade e mortalidade. Em 2014, comemoraram-se os 35 anos de existência do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDP), também conhecido como “teste do pezinho”.

Durante este período, foram rastreados para a fenilcetonúria e hipotiroidismo congénito cerca de 3.500.000 recémnascidos (mais de 30% da população atual), aproximadamente 900.000 dos quais foram também rastreados para as restantes doenças hereditárias do metabolismo, e ainda 80.000 para a Fibrose Quística. Desde o início do Programa, houve uma evolução da taxa de cobertura do mesmo sendo que nas últimas décadas foi aproximadamente 100% dos recém-nascidos.

Outro indicador importante do PNDP é a média da idade do recém-nascido na altura da comunicação de resultados positivos. O valor encontra-se atualmente nos 9,9 dias o que é um bom resultado, considerando que a colheita é realizada entre o 3º e o 6º dia de vida. Este indicador já se encontra estável nos últimos 10 anos.

Para conhecer melhor estes e outros indicadores relacionados com os 35 anos de atividade do PNDP, consulte aqui o artigo de Laura Vilarinho, Hugo Rocha, Carmen Sousa, Helena Fonseca, Lurdes Lopes, Ivone Carvalho, Ana Marcão e Paulo Pinho e Costa, publicado no último Boletim “Observações”.

A Gripe é “muitas vezes desvalorizada pela população em geral”, Raquel Guiomar – INSA

Raquel Guiomar, coordenadora do Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe 

O Programa Nacional de Vigilância da Gripe é coordenado pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe, que funciona no Instituto Ricardo Jorge. A coordenadora deste serviço, Raquel Guiomar, dá uma breve entrevista sobre a gripe, doença que, na sua opinião, é “muitas vezes desvalorizada pela população em geral”. A vacinação, alerta a especialista, é a forma mais eficaz de prevenir a doença.

Quais são as principais vantagens para o país de uma monitorização do vírus da gripe como a que é feita no âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe?

O Programa Nacional de Vigilância da Gripe permite descrever em cada inverno a atividade gripal em Portugal com elevado rigor, integrando informação proveniente das componentes clínica e laboratorial. A componente clínica permite monitorizar a intensidade, dispersão geográfica e evolução da epidemia de gripe. A componente laboratorial deteta e carateriza os vírus da gripe em circulação durante os meses de inverno, permitindo avaliar as semelhanças com os vírus da gripe que circulam a nível mundial e com os vírus da gripe que integram a composição da vacina antigripal sazonal, bem como monitorizar a suscetibilidade do vírus aos antivirais.

Que papel assume o Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe neste Programa?

O Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe coordena, em Portugal, o Programa Nacional de Vigilância da Gripe, em estreita colaboração com o Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge e a Direção-Geral da Saúde. Este Laboratório é, desde 1954, o mais antigo ponto de contato nacional com a Rede Europeia de Vigilância da Gripe coordenada pela Organização Mundial da Saúde. O laboratório tem como papel fundamental a deteção dos vírus da gripe sazonais, que normalmente infetam o Homem, bem como a deteção de novos vírus da gripe com origem zoonótica de elevado potencial pandémico que representem uma ameaça para a saúde pública.

Considera que a gripe é uma doença que é devidamente valorizada pela população?

A Gripe é ainda hoje uma doença muitas vezes desvalorizada pela população em geral. É crucial continuar a sensibilização da população para os riscos e complicações da infeção respiratória provocada pelo vírus da gripe, especialmente nos grupos de risco, que incluem os indivíduos com idade superior a 65 anos, os doentes crónicos, imunodeprimidos e as grávidas. Neste seguimento, tem vindo a ser recomendada a vacina antigripal sazonal para os grupos anteriormente referidos, sabendo ser esta a forma mais eficaz de prevenir a doença e evitar as complicações.

Que conselhos deixa aos cidadãos sobre a melhor forma de prevenir o contágio por este vírus?

O vírus da gripe transmite-se pessoa a pessoa através de gotículas de secreções respiratórias que são emitidas através da tosse ou espirros. A inalação destas gotículas permite que o vírus penetre na mucosa do trato respiratório onde se multiplica provocando a infeção e a doença – a Gripe. Para evitar a transmissão deste vírus e de outros vírus respiratórios é importante respeitar a etiqueta respiratória utilizando lenços descartáveis quando se espirra ou tosse, efetuar a lavagem frequente das mãos, limpar objetos que possam estar contaminados, evitar o contacto com pessoas com gripe e se estiver doente evitar contactos próximos com outros indivíduos e espaços fechados com elevado número de pessoas.

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Bolsa de Investigação do Projeto “De pequenas moléculas bioativas a uma abordagem ÓMICA integrada” – INSA

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, Departamento de Saúde Ambiental, abre Concurso para atribuição de uma Bolsa de Investigação (BI), a candidatos (F/M), com o grau de Mestre, no âmbito do Projeto “De pequenas moléculas bioativas a uma abordagem ÓMICA integrada: Ferramentas de Espectrometria de Massa para a compreensão mecanística de propriedades farmacológicas e funcionais, toxicidade e respostas ao stress”, com a referência RECI/QEQ-MED/330/2012, com o apoio financeiro da FCT/MEC através de fundos nacionais (PIDDAC).

 BOLSA DE INVESTIGAÇÃO PROJETO “DE PEQUENAS MOLÉCULAS BIOACTIVAS A UMA ABORDAGEM ÓMICA INTEGRADA”
Data Limite : 24-12-2015

Anúncio para atribuição de Bolsa de Investigação

no âmbito do Projeto “De pequenas moléculas bioativas a uma abordagem ÓMICA integrada: Ferramentas de Espectrometria de Massa para a compreensão mecanística de propriedades farmacológicas e funcionais, toxicidade e respostas ao stress”
Ref.ª RECI/QEQ-MED/330/2012

EDITAL

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, Departamento de Saúde Ambiental, abre Concurso para atribuição de uma Bolsa de Investigação (BI), a candidatos (F/M), com o grau de Mestre, no âmbito do Projeto com a referência RECI/QEQ-MED/330/2012, com o apoio financeiro da FCT/MEC através de fundos nacionais (PIDDAC), nas seguintes condições:

Área Cientifica: Biologia Celular

Requisitos de admissão: Mestrado em Ciências Farmacêuticas, Biologia, Química, Engenharia Química, Engenharia Biológica, ou área afim, com classificação de 2º ciclo igual ou superior a 15 valores.

Requisitos Preferenciais:

  • Dois ou mais anos de experiência pós-graduada em biologia celular (Cultura celular, Ensaios de citotoxicidade, Microscopia, Fracionamento de componentes celulares; Citometria de fluxo; Western-Blot);
  • Comprovado interesse e capacidade para seguir uma abordagem multidisciplinar;
  • Bom domínio da língua inglesa oral e escrita;
  • Disponibilidade imediata.

Plano de trabalhos: Avaliação dos mecanismos envolvidos na citotoxicidade de hidrocarbonetos policilicos aromáticos (PAHs) em linhas celulares humanas. O papel desempenhado pela morte celular induzida por necrose e apoptose serão investigados utilizando técnicas de microscopia de fluorescência, citometria de fluxo e western blot. A distribuição intracelular de reguladores destes processos será avaliada por técnicas de marcação antigénio-anticorpo analisadas por microscopia. A quantificação da concentração intracelular dos PAHs, e seus metabolitos, em geral ou em compartimentos celulares específicos (p.e. mitocôndrias) será efetuada por LC-MS/MS.  Apoio à elaboração de artigos e/ou comunicações científicas para divulgação dos resultados obtidos.

Legislação e regulamentação aplicável: Estatuto do Bolseiro de Investigação, aprovado pela Lei Nº. 40/2004, de 18 de Agosto, na redação dada pela Lei n.º 12/2013, de 29 de janeiro. O Regulamento de Bolsas de Investigação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P. (aprovado pelo Regulamento n.º 234/2012, de 25 de junho, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 12, devidamente atualizado), e ainda o Regulamento de Bolsas Ricardo Jorge, publicado no Diário da República – II Série, aviso n.º 7344/2005 (2ª série), de 17 de agosto de 2005.

A DGRH-Bolsas assume as competências do Núcleo do Bolseiro, cujas regras básicas de funcionamento, são entre outras: a responsabilidade de prestar aos bolseiros toda a informação relativa ao seu Estatuto, servir de elo de ligação entre os bolseiros e a Instituição acolhendo e tratando os processos dos bolseiros. A DGRH-Bolsas funciona, nos dias úteis, no horário de atendimento ao público regulamentado, nesta Instituição. Os Bolseiros devem ainda respeitar e sem prejuízo de outra legislação em vigor, as regras de funcionamento interno da Instituição.

Duração e Regime da Atividade: A bolsa terá a duração de 5 meses com início previsto para Janeiro de 2016, eventualmente renovável, conforme regulamentação supramencionada, nomeadamente o Estatuto do Bolseiro de Investigação (Lei n,º 40/2004, de 18 de Agosto) e decorrerá em regime de exclusividade.

Local de trabalho: As atividades serão desenvolvidas, maioritariamente, na Unidade de  Investigação & Desenvolvimento, do Departamento de Saúde Ambiental na sede do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, podendo haver necessidade de deslocações no âmbito do projeto.

Orientação Científica: O trabalho será coordenado pela Doutora Luísa Jordão, Investigadora Auxiliar Convidada, Departamento de Saúde Ambiental do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Método de seleção: Serão excluídos os candidatos que não cumpram os requisitos obrigatórios e que não apresentem a documentação necessária. Os métodos e critérios de seleção e sua valoração são os seguintes:  Avaliação curricular (Formação académica) 50%; Experiência profissional e formação complementar até 25%; Experiência em investigação científica nas áreas relevantes para o projeto até 25%.  Em situação de empate os  candidatos/as poderão ser chamados a uma entrevista presencial, que não constitui um método de seleção e não é classificada, destinando-se apenas à obtenção de esclarecimentos sobre os currículos.

Constituição do Júri: Doutora Maria Luísa Forte Marques Jordão, Investigadora Auxiliar Convidada do Instituto Ricardo Jorge (presidente); Professora Doutora Maria Matilde Marques, Professora Associada do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa (vogal efetiva); Doutora Maria João Aleixo da Silva, Investigadora Auxiliar da Carreira de Investigação Científica do Instituto Ricardo Jorge (vogal efetiva); Doutora  Maria Henriqueta Dias Lourenço Garcia Louro (vogal suplente) e Mestre Maria Helena Cunha Cardoso Vaz Rebelo (vogal suplente).

Remuneração: De acordo com a tabela de valores para bolsas nacionais atribuídas pela FCT constante no regulamento de bolsas de investigação. O Bolseiro usufrui, ainda, de Seguro Social Voluntário e de um Seguro de Acidentes Pessoais ou equivalente.

Apresentação das candidaturas: As candidaturas devem ser formalizadas, obrigatoriamente por correio eletrónico, através do envio de carta de motivação acompanhada dos seguintes documentos: identificação do(a) candidato(a) (nome completo, cartão de cidadão ou passaporte, morada, contacto de e-mail), Curriculum Vitae detalhado (Europass ou similar), certificados de habilitações com discriminação de disciplinas e classificações, comprovativos de estágios e/ou outras atividades desenvolvidas e ainda, pelo menos, um contato para obtenção de referências. Poderão ser também enviados outros documentos considerados relevantes pelo(a) candidato(a).

As candidaturas deverão ser enviadas por e-mail para:

Maria Luísa Jordão
E-Mail: maria.jordao@insa.min-saude.pt

Os(As) candidato(a)s devem conservar o recibo de entrega e/ou leitura como comprovativo de receção.

Data de início e de conclusão do prazo do Concurso: 11-12-2015 a 24-12-2015

Forma de publicitação/notificação dos resultados e outras informações: Os resultados do concurso serão comunicados aos candidatos através de correio eletrónico, com recibo de entrega. Após o envio do resultado da candidatura, considerar-se-á automaticamente notificado para consultar o processo se assim o desejar e pronunciar-se em sede de audiência prévia no prazo máximo de 10 dias úteis, a contar da data de receção do email. O candidato selecionado deve declarar, por escrito, a sua aceitação. Salvo apresentação de justificação atendível, a falta de declaração dentro do prazo requerido (10 dias) equivale à renúncia da bolsa. Em caso de impedimento de aceitação da bolsa pelo primeiro candidato selecionado, a opção será o segundo qualificado (e assim sucessivamente) de acordo com a lista ordenada pelo Júri do concurso, a constar em Ata. O Júri do concurso reserva o direito de não atribuir a bolsa caso nenhum dos candidatos demonstre ter o perfil adequado para desenvolver o trabalho proposto.  A lista final de classificação será afixada em local visível, na Ala da Direção de Gestão de Recursos Humanos, piso 2, deste Instituto.

Folhetos Informativos – Perguntas Frequentes Sobre Gripe Sazonal, Cuidados a Ter, O Que Fazer

A gripe é uma doença aguda viral que afeta predominantemente as vias respiratórias e ocorre, geralmente, entre novembro e março, no hemisfério Norte, e entre abril e setembro, no hemisfério Sul, pelo que é designada por sazonal. Aqui ficam algumas das principais informações sobre uma das medidas mais eficazes para reduzir o risco de contrair esta doença: a vacinação.

A vacina contra a gripe funciona?
Sim. A vacinação reduz muito o risco de contrair a infeção e se a pessoa vacinada for infetada terá uma doença mais ligeira.

A vacina pode provocar a gripe?
Não. A vacina contra a gripe não contém vírus vivos, pelo que não pode provocar a doença. No entanto, as pessoas vacinadas podem contrair outras infeções respiratórias virais que ocorrem durante a época de gripe.

A vacina dá proteção a longo prazo?
Não, porque o vírus muda constantemente, surgindo novos tipos de vírus para os quais as pessoas não têm imunidade e a vacina anterior não confere proteção adequada. Além disso a imunidade conferida pela vacina não é duradoura.

Quem deve ser vacinado contra a gripe?
Devem ser vacinadas as pessoas que têm maior risco de sofrer complicações depois da gripe:

  • Pessoas com 65 e mais anos de idade, principalmente se residirem em instituições;
  • As pessoas com mais de 6 meses de idade que sofram de:
    • Doenças crónicas dos pulmões, do coração, dos rins ou do fígado;
    • Diabetes em tratamento (comprimidos ou insulina);
    • Outras doenças que diminuam a resistência às infeções.

Quem não deve ser vacinado contra a gripe?
As pessoas com alergia grave ao ovo ou que tenham tido uma reação alérgica grave a uma dose anterior de vacina contra a gripe.

Quando deve ser feita a vacinação?
A vacinação deve ser feita, preferencialmente até ao final do ano, podendo, no entanto, decorrer durante todo o Outono e Inverno.

Quem pode fazer a vacina gratuitamente?
As pessoas com 65 anos ou mais podem fazer a vacina gratuitamente nos centros de saúde, sem receita médica, guia de tratamento e sem pagar taxa moderadora. As pessoas pertencentes a grupos de risco residentes em instituições ou internadas também podem vacinar-se gratuitamente.

Onde se compra a vacina?
As pessoas com menos de 65 anos podem comprar a vacina nas farmácias com receita médica e é comparticipada.

Como se deve guardar a vacina?
Depois de comprada, a vacina deve ser administrada logo que possível. Se a levar para casa para administração posterior, a vacina deve ser conservada dentro da embalagem, no frigorífico, entre +2º e +8ºC (nas prateleiras do meio do frigorífico e não na porta).

Para saber mais sobre a gripe, consulte ainda os seguintes materiais informativos:

Folheto Informativo – Perguntas frequentes sobre gripe sazonal
Folheto Informativo – Cuidados a ter, o que fazer, perguntas e respostas

Fonte: Direção-Geral da Saúde / Microsite da Gripe

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Gripe: Perguntas Mais Frequentes – DGS / INSA

A gripe é, habitualmente, uma doença de curta duração (até 3 a 4 dias) com sintomas de intensidade ligeira ou moderada, evolução benigna e recupera­ção completa em uma ou duas semanas. Numa altura em que Portugal atravessa o habitual período sazonal desta doença, o Instituto Ricardo Jorge deixa-lhe algumas das perguntas e respostas mais frequentes sobre a gripe.

O que é a gripe?
A gripe é uma doença aguda viral. Afeta predominantemente as vias respiratórias.

Quais os sintomas/sinais da gripe?
No adulto, a gripe manifesta¬-se por início súbito de mal-estar, febre alta, dores musculares e articulares, dores de cabeça e tosse seca. Pode também ocorrer inflamação dos olhos.

Nas crianças, os sintomas dependem da idade. Nos bebés, a febre e prostração são as manifestações mais comuns. Os sintomas gastrintestinais (náuseas, vómitos, diarreia) e respiratórios (laringite, bronquiolite) são frequentes. A otite média pode ser uma complicação frequente no grupo etário até aos 3 anos. Na criança maior os sintomas são semelhantes aos do adulto.

Como se transmite a gripe?
O vírus é transmitido através de partículas de saliva de uma pessoa infetada, expelidas sobretudo através da tosse e dos espirros, mas também por contacto direto, por exemplo, através das mãos.

Qual a gravidade da gripe?
A gripe é, habitualmente, uma doença de curta duração (até 3 a 4 dias) com sintomas de intensidade ligeira ou moderada, evolução benigna e recuperação completa em 1 ou 2 semanas.

Nas pessoas idosas e nos doentes crónicos a recuperação pode ser mais longa e o risco de complicações é também maior, nomeadamente, pneumonia e/ou descompensação da doença de base (asma, diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal).

Qual o período de incubação?
O período de incubação (tempo que decorre entre o momento em que uma pessoa é infetada e o aparecimento dos primeiros sintomas) é, geralmente, de 2 dias, mas pode variar entre 1 e 5 dias.

Qual o período em que uma pessoa infetada pode contagiar outras?
O período de contágio começa 1 a 2 dias antes do início dos sintomas e vai até 7 dias depois; nas crianças pode ser maior.

Se estiver com gripe, o que devo fazer?

  • Fique em casa, em repouso;
  • Não se agasalhe demasiado;
  • Meça a temperatura ao longo do dia;
  • Se tiver febre pode tomar paracetamol (mesmo as crianças). Não dê ácido acetilsalicílico às crianças;
  • Se está grávida ou amamenta não tome medicamentos sem falar com o seu médico;
  • Utilize soro fisiológico para a obstrução nasal;
  • Não tome antibióticos sem recomendação médica. Não atuam nas infeções virais, não melhoram os sintomas nem aceleram a cura;
  • Beba muitos líquidos: água e sumos de fruta;
  • Se viver sozinho, especialmente se for idoso, deve pedir a alguém que lhe telefone regularmente para saber como está.

Em que altura do ano é que surge a gripe?
A gripe ocorre, geralmente, entre Novembro e Março, no hemisfério Norte, e entre Abril e Setembro, no hemisfério Sul (meses frios locais), pelo que é designada por sazonal (relacionada com a estação do ano).

Só há gripe quando chove e está frio?
Não. Mesmo durante os Invernos mais amenos, menos frios e menos chuvosos, pode haver gripe.

O que é uma epidemia de gripe?
É a ocorrência de casos de gripe em número superior ao esperado numa determinada comunidade ou região.

A gripe e a constipação são a mesma doença?
Não. Os vírus que as causam são diferentes e, ao contrário da gripe, os sintomas/sinais da constipação são limitados às vias respiratórias superiores: nariz entupido, espirros, olhos húmidos, irritação da garganta e dor de cabeça. Raramente ocorre febre alta ou dores no corpo. Os sintomas e sinais da constipação surgem de forma gradual.

Como se diagnostica a gripe?
O diagnóstico é essencialmente clínico, através da identificação dos sintomas e sinais.

Como se evita a gripe?
A gripe pode ser evitada através da vacinação anual. Evitar o contacto com pessoas com a doença e lavar frequentemente as mãos ajudam a diminuir a probabilidade de contágio.

A vacina contra a gripe funciona?
Sim. A vacinação reduz muito o risco de contrair a infeção e se a pessoa vacinada for infetada terá uma doença mais ligeira.

Fonte: Direção-Geral da Saúde / Microsite da Gripe

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Instituto Ricardo Jorge Assegura Vigilância Epidemiológica da gripe Através de Programa Nacional

A gripe ocorre geralmente entre Novembro e Março, no hemisfério Norte, pelo que é designada por sazonal. Portugal está dentro do período sazonal atrás referido, pelo que se regista já atividade gripal, embora ainda sem grande significado e dentro de padrões considerados normais.

O Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG) assegura a vigilância epidemiológica da gripe em Portugal, através da integração da informação das componentes clínica e virológica, providenciando informação detalhada relativamente à atividade gripal que pretende suportar as entidades com poder de decisão em saúde pública. Este Programa é coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge), através do seu Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe (LNRVG) e em estreita colaboração com o Departamento de Epidemiologia (DEP) do Instituto, envolvendo também e a Direção-Geral da Saúde (DGS).

O PNVG integra as atividades do Programa Europeu de Vigilância da Gripe e outros Vírus Respiratórios, coordenado pelo ECDC, que cobre as áreas da vigilância da gripe sazonal humana, gripe pandémica e gripe de origem animal, assim como a vigilância de outros vírus respiratórios. O Programa tem como objetivos a recolha, análise e disseminação da informação sobre a atividade gripal, identificando e caraterizando de forma precoce os vírus da gripe em circulação em cada época bem como a identificação de vírus emergentes com potencial pandémico e que constituam um risco para a saúde pública.

O PNVG tem ainda os seguintes objetivos específicos:

  • Descrição da epidemiologia da gripe;
  • Monitorização da intensidade, dispersão geográfica e evolução da epidemia de gripe;
  • Identificar os tipos e subtipos do vírus da gripe em circulação, determinação do fenótipo e genótipo, suscetibilidade aos antivirais, semelhanças com as estirpes vacinais recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS);
  • Monitorização da suscetibilidade da população (seroepidemiologia);
  • Monitorização do impacto da doença provocada pelo vírus da gripe e fatores de risco associados.

A integração das componentes de vigilância clínica e laboratorial assume uma elevada importância para o conhecimento da epidemiologia da gripe devido à natureza não específica da doença, uma vez que esta apresenta sinais e sintomas comuns a infeções respiratórias provocadas por outros agentes respiratórios virais. Desta forma é através da reunião da informação clínica e laboratorial que se obtém o verdadeiro retrato da epidemia gripal em cada época.

A componente laboratorial constitui um indicador precoce do início de circulação dos vírus influenza em cada época de vigilância e assegura a especificidade do sistema de vigilância. A informação da atividade gripal decorrente das atividades do PNVG é disponibilizada semanalmente através do Boletim de Vigilância da Gripe. No site da DGS, pode igualmente ser consultada a informação semanal atualizada sobre a atividade gripal.

PERÍODO DE VIGILÂNCIA
A vigilância da síndroma gripal, baseada exclusivamente no diagnóstico clínico, mantém-se ativa ao longo de todo o ano, sendo este aspeto especialmente relevante na eventualidade, da ocorrência de um surto fora da época, considerada habitual, para a atividade gripal (outubro a maio do ano seguinte). A vigilância virológica, e de base laboratorial, está ativa de outubro (semana 40) a maio (semana 20) do ano seguinte, sendo no entanto possível efetuar o diagnóstico do vírus da gripe em qualquer altura do ano.

O PNVG integra as componentes clínica e virológica para a descrição da atividade gripal em cada inverno. Para avaliar o impacto e severidade da epidemia de gripe estão igualmente associadas ao Programa as componentes de vigilância da gripe em unidades de cuidados intensivos e a vigilância da mortalidade por todas as causas.

Vigilância clínica: a componente clínica do PNVG, baseada exclusivamente no diagnóstico clínico, é suportada pela Rede Médicos-Sentinela e tem um papel especialmente relevante por possibilitar o cálculo de taxas de incidência permitindo descrever a intensidade e evolução da epidemia no tempo. Os Médicos-Sentinela notificam semanalmente ao Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge todos os novos casos de doença que ocorreram nos utentes inscritos nas respetivas listas, o que permite o cálculo das taxas de incidência.

Vigilância virológica: A componente virológica tem por base o diagnóstico laboratorial do vírus da gripe. Constitui um indicador precoce do início de circulação dos vírus influenza em cada época de vigilância e assegura a especificidade deste sistema. Tem como objetivos a deteção e caraterização dos vírus da gripe em circulação através da análise laboratorial utilizando métodos clássicos de diagnóstico virológico e de biologia molecular.

Atualmente é operacionalizada pela Rede Médicos-Sentinela, pela Rede de Serviços de Urgência (SU), Serviços de Obstetrícia (GG) e pelo projeto EuroEVA (EE) que notificam casos de síndroma gripal e realizam igualmente a colheita de exsudado da nasofaringe que enviam ao Instituto Ricardo Jorge para análise laboratorial.

A Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe colabora, desde 2009, de forma ativa para a vigilância da gripe em Portugal através do diagnóstico, notificação de casos e envio de vírus para caraterização fenotipica e genotipica.

O constante aperfeiçoamento do Sistema de Vigilância no âmbito do PNVG, resultante do empenho de todos os seus intervenientes, tem contribuído para uma melhor caraterização das epidemias de gripe que ocorrem no nosso País. Tal permite a emissão atempada de alertas à população e a disponibilização de informação de apoio à decisão das autoridades de saúde com vista a uma melhor gestão da procura dos serviços de saúde.

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