Renovação da frota do INEM: Primeira ambulância entregue com novo modelo de financiamento

15/12/2017

O novo modelo de financiamento das ambulâncias do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que constituem posto de emergência já está em vigor. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis é o primeiro corpo de bombeiros a ter a ambulância adquirida e devidamente carroçada.

De acordo com este novo modelo, o INEM paga uma verba de 50 mil euros para a aquisição, manutenção e seguro de cada uma das ambulâncias. E a partir do primeiro ano de vida vai igualmente subsidiar as despesas de manutenção, reparações e seguro.

Trata-se de uma importante iniciativa do INEM, que marca também uma nova forma de aquisição das ambulâncias: ao invés de ser o instituto a comprar, a ambulância é adquirida diretamente pelo corpo de bombeiros.

As vantagens desta nova metodologia de financiamento das ambulâncias, acordada com a Liga dos Bombeiros Portugueses e com a Autoridade Nacional de Proteção Civil, são:

  • Aquisição mais rápida de ambulâncias, estimada em dois a três meses, garantindo-se a renovação mais célere da frota;
  • Racionalização de custos, dado que as entidades parceiras do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) podem adquirir ambulâncias por um custo menor, seja porque têm um regime de IVA mais baixo do que aquele que é aplicado ao INEM (atualmente 6 %, face à taxa de 23 % aplicada ao INEM), seja porque é expectável que tenham acesso a condições negociais mais favoráveis, pois conseguirão desenvolver o processo de aquisição mais rapidamente;
  • Reforço da cooperação com os parceiros do Sistema Integrado de Emergência Médica;
  • Aumento da responsabilização das entidades que operam os postos de emergência médica (PEM) na manutenção das ambulâncias, dado que as mesmas são propriedade dessa entidade.

Em 2017, o INEM procedeu já à assinatura de 40 protocolos com corpos de bombeiros para a aquisição de outras tantas ambulâncias de socorro, substituindo as ambulâncias mais antigas. O INEM investe assim mais de dois milhões de euros na frota PEM, subsidiando a 100 % a aquisição destas ambulâncias e respetivo equipamento.

O plano do INEM para a renovação da frota de ambulâncias dos PEM prevê ainda que se proceda à substituição de 75 ambulâncias em cada ano, entre 2018 e 2021, altura em que esta se encontrará totalmente renovada.

Os PEM funcionam em corpos de bombeiros ou delegações da Cruz Vermelha Portuguesa que têm protocolo com o INEM para dar resposta a emergências médicas pré-hospitalares. Para o efeito, dispõem de uma ambulância de socorro do instituto, disponível 24 horas por dia, para atender aos pedidos de ajuda de quem liga 112.

Visite:

Instituto Nacional de Emergência Médica – www.inem.pt/

Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos – Relatório 2017

Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos - Relatório 2017

Este documento apresenta os resultados das infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) referentes a 2016, medidas previstas para reduzir as infeções hospitalares e melhorar o uso dos antibióticos.

Dele contam um sumário das atividades realizadas em 2016/2017 e uma previsão do que se pretende fazer em 2018 relativamente à vigilância epidemiológica das IACS, do consumo dos antibióticos e resistências aos antimicrobianos, bem como das atividades planeadas a 2020.

As principais conclusões a retirar são:

  • As principais infeções associadas aos cuidados de saúde estão a diminuir;
  • O consumo de antibióticos tem vindo a diminuir, quer nos hospitais, quer na comunidade.

Metas a atingir em 2020:

  • Reduzir o consumo de antibióticos na comunidade para um valor abaixo das 19 doses diárias por 1000 habitantes;
  • Manter a prevalência de Klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenemos, em isolados invasivos, abaixo de 6%;
  • Reduzir para menos de 8% as infeções hospitalares;
  • Reduzir para menos de 10% as infeções nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI).

Consulte aqui o Relatório.

Relatório revela redução das infeções e do consumo de antibióticos

O Relatório 2017 do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos, apresentado no dia 15 de dezembro, no Porto, revela que as principais infeções associadas aos cuidados de saúde estão a diminuir. Outra conclusão em destaque é a redução do consumo de antibióticos, quer nos hospitais, quer na comunidade.

O documento divulga os resultados das infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) referentes a 2016, bem como as medidas previstas para reduzir as infeções hospitalares e melhorar o uso dos antibióticos.

Em cada 100 doentes internados em Portugal, 7,8 adquiriram uma infeção associada aos cuidados de saúde, o que representa uma descida de 2,7 pontos percentuais em relação a 2012. De acordo com o relatório, a prevalência de IACS foi de 7,8 % no ano passado (10,5 % em 2012).

A «higiene das mãos por parte dos profissionais é a medida mais eficaz, mais simples e mais económica de prevenir as IACS». Apesar de a monitorização das práticas de higiene das mãos ter vindo a aumentar, nas unidades de saúde, de forma gradual, mais de um quarto dos profissionais de saúde não aderem à higiene das mãos, tendo em conta que, em 2016, a taxa de adesão foi de 73%.

As IACS e o aumento da resistência dos microrganismos aos antimicrobianos (RAM) são «problemas relacionados e de importância crescente à escala mundial», pode ler-se no documento.

Em relação ao consumo de antibióticos, este tem-se mantido «abaixo da média da União Europeia, quer na comunidade, quer nos hospitais». De acordo com o relatório, «o consumo global de antibacterianos em Portugal nos cuidados de saúde primários mantém-se num nível ainda elevado (21,6), apesar de abaixo da média da Europa (21,9)».

Do relatório consta ainda um sumário das atividades realizadas em 2016/2017, uma previsão do que se pretende fazer em 2018 relativamente à vigilância epidemiológica das IACS e ao consumo dos antibióticos e resistências aos antimicrobianos e as atividades planeadas até 2020.

Relativamente às metas a atingir em 2020, o relatório destaca:

  • Reduzir o consumo de antibióticos na comunidade para um valor abaixo das 19 doses diárias por 1.000 habitantes;
  • Manter a prevalência de klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenemos, em isolados invasivos, abaixo de 6 %;
  • Reduzir para menos de 8 % as infeções hospitalares;
  • Reduzir para menos de 10 % as infeções nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados.

Para saber mais, consulte: