Boletim de vacinas digital: Conclusão do processo coincidirá com início do novo ano letivo

25/07/2017

A SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde divulga que já foram migrados para uma base de dados nacional os boletins de vacinas de mais de metade da população e espera ter concluído todo o processo até outubro. Os serviços estão a envidar esforços para que o processo esteja terminado ainda um pouco mais cedo, para coincidir com o início do novo ano letivo, 2017/2018.

Com o registo eletrónico da vacinação, o boletim de vacinas «eBoletim de Vacinas» passa a poder ser consultado online pelo cidadão, desde que esteja registado na Área do Cidadão do Portal do SNS. Até ao momento, há cerca de 1,6 milhões de utentes inscritos.

A desmaterialização do Boletim de Vacinas apresenta várias vantagens, nomeadamente, reduzir custos, evitar inconvenientes associados à perda do boletim em papel, facilitar a consulta do histórico de vacinação e melhorar a qualidade da informação.

Também médicos e enfermeiros podem aceder a esse registo eletrónico das vacinas em qualquer unidade do Serviço Nacional de Saúde. Numa urgência, por exemplo, pode ser fundamental um médico saber se o doente tem a vacina do tétano em dia.

A migração de todos os dados para uma base nacional é uma tarefa complexa, explica o Presidente dos SPMS, Henrique Martins, porque envolve muitos boletins de vacina, que estavam registados em sistemas antigos, ao que acresce o facto de muitos portugueses terem vacinas registadas em mais do que um centro de saúde, dado que ao longo da vida foram mudando de local de residência.

Visite:

SPMS –  Serviços Partilhados do Ministério da Saúde

IPO Porto | Cancro da Cabeça e Pescoço: Rastreio e curso sobre doença que atinge principalmente fumadores

25/07/2017

O Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (IPO Porto) promove quinta-feira, dia 27 de julho de 2017, rastreio gratuito ao cancro da cabeça e pescoço, lançando ao mesmo tempo ações de informação, sensibilização e alerta para a importância da prevenção e diagnóstico precoce deste tipo de cancro.

A iniciativa, a ter lugar na Clínica de Cabeça e Pescoço do IPO Porto, entre as 11 e as 14 horas, é essencialmente dirigida aqueles com fatores de risco, que refiram há pelo menos três semanas:

  • Nariz entupido ou hemorragia nasal;
  • Úlceras e/ou manchas brancas ou vermelhas da boca;
  • Dor de garganta ou rouquidão persistentes;
  • Nódulos do pescoço.

Ainda, durante a semana de 24 a 28 de julho, o IPO promove um minicurso de 25 horas sobre Cancro de Cabeça e Pescoço, dirigido a profissionais de saúde, nomeadamente: médicos de clínica geral, médicos dentistas, estudantes finalistas de medicina ou medicina dentária e enfermeiros.

As iniciativas, rastreio e curso, decorrem no âmbito do Dia Mundial do Cancro da Cabeça e Pescoço, que se assinala a 27 de julho.

A doença atinge principalmente fumadores e pessoas que consomem excessivamente álcool

Em Portugal, de acordo com os últimos dados (2012), a incidência de carcinoma da Cabeça e Pescoço foi de 48 novos casos na população masculina, por ano, e de 8 novos casos na população feminina, com taxas de mortalidade de 19 e 3, respetivamente. Anualmente há cerca de 2.500 novos casos da doença em Portugal, 85% dos quais em fumadores ou ex-fumadores, com taxas de incidência e mortalidade das mais elevadas na Europa.

A doença atinge principalmente fumadores e pessoas que consomem excessivamente álcool. Contudo, existe um número crescente de casos associados a outros fatores de risco como a infeção pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV).

O consumo de álcool e tabaco são ainda os principais fatores de risco do cancro da cavidade oral, laringe, orofaringe e hipofaringe que representam 75% do carcinoma da cabeça e pescoço, refere o IPO Porto.

«Quando chegam ao instituto, muitos doentes já estão em estado avançado da doença, o que representa um indício claro de falta de informação e de desconhecimento na identificação dos sinais de alerta», explica o Coordenador da Clínica de Cabeça e Pescoço do IPO Porto, Jorge Guimarães.

O médico frisa que o diagnóstico precoce é fundamental porque numa fase inicial o tratamento deste cancro tem uma taxa de sucesso de 80%.

Para Jorge Guimarães estes rastreios são «importantíssimos», sublinhando que o curso dirigido aos profissionais de saúde é uma «iniciativa inédita e inovadora» porque desafia-os a conhecerem a realidade do instituto, do modelo de consulta de grupo multidisciplinar e o processo de diagnóstico e terapêutico subjacente.

«Mas, acima de tudo, permite construir pontes, estabelecer laços e contactos que facilitam o diagnóstico precoce e a referenciação para um centro oncológico credenciado», conclui o responsável.

Visite:

IPO Porto  – http://www.ipoporto.pt/

Ecoendoscopia digestiva no CHL: novo equipamento permite resposta mais eficaz e mais segurança

25/07/2017

Os utentes do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) já podem realizar o exame de ecoendoscopia digestiva na unidade de Leiria, Hospital de Santo André.

De acordo com o centro hospitalar, a aquisição do novo endoscópio, instalado no Serviço de Gastrenterologia, permite efetuar mais exames e intervenções, com mais eficácia e segurança para os utentes, e assume cada vez maior relevância na prática clínica, na caracterização e estadiamento de tumores do tubo digestivo, bem como na avaliação da patologia do pâncreas e vias biliares, no âmbito do Centro de Referência para a Área de Oncologia de Adultos – Centro Hepatobilio-pancreático e do Reto.

A Diretora do Serviço de Gastrenterologia do CHL, Helena Vasconcelos, refere que aquele serviço « já dispõe de todos os meios técnicos necessários à realização de ecoendoscopia digestiva alta e baixa, permitindo dar resposta à maioria das indicações mais recentes da técnica».

A responsável explica ainda que numa primeira fase o serviço contará com a colaboração semanal do especialista Eduardo Pereira, da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, «com vasta experiência em ecoendoscopia diagnóstica e terapêutica, o que contribuirá para a formação de vários especialistas do Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar de Leiria».

Visite:

Centro Hospitalar de Leiria – http://www.chleiria.pt/

Acesso a serviços farmacêuticos: Projeto assegura acesso e prevê novos modelos de serviço

25/07/2017

O Governo está a trabalhar no sentido de ajustar o atual regime que regula os turnos e o número de farmácias em serviço permanente e de disponibilidade. Para esse efeito apresentou um projeto de alteração ao Decreto-Lei nº 53/2007, que está em fase de aprovação, e que assegura o respeito pelo acesso aos serviços farmacêuticos disponíveis por habitante.

O que se pretende é garantir que o sistema de turnos está adaptado à realidade, ou seja, o regime vem possibilitar que se considerem as farmácias abertas durante 24 horas, numa determinada distância, e do concelho limítrofe, para a definição de turnos de serviço permanente e de disponibilidade das outras farmácias da mesma área.

Esta alteração é complementada com um novo regime de turnos de complementaridade, o qual se aplicará  de acordo com as especificidades demográficas e geográficas de cada município, permitindo um maior ajustamento das escalas de turnos às necessidades locais, mediante acordo entre as administrações regionais de saúde e as associações representativas das farmácias, devendo obrigatoriamente ser obtida a concordância dos respetivos municípios.

Oferta de novos serviços

A proposta de alteração legislativa prevê ainda a possibilidade de as farmácias promoverem um serviço de assistência farmacêutica de âmbito nacional com vista à implementação de novos modelos de cobertura e acesso a medicamentos.

Um exemplo de serviço, que irá ter em breve um piloto em Bragança, irá permitir que o utente tenha acesso aos medicamentos em casa, em situações de urgência.

O utente poderá telefonar para o Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde (SNS24) a dar conta de que está a sair de uma urgência noturna e de que precisa de determinado medicamento, com urgência. As farmácias encarregar-se-ão de fazer chegar esse medicamento, em duas horas, ao utente em causa.

Visite:

INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde  –  www.infarmed.pt

Consulte:

Decreto-Lei n.º 53/2007 – Diário da República n.º 48/2007, Série I de 2007-03-08
Ministério da Saúde
Regula o horário de funcionamento das farmácias de oficina

SNS | Hepatite C: Aprovados mais de 17 mil tratamentos em quase 2 anos

25/07/2017

O Serviço Nacional de Saúde aprovou 17 591 tratamentos a doentes com hepatite C em quase dois anos e meio. De acordo com os dados do INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, já foram iniciados 11 792 tratamentos, até à data de 18 de julho de 2017.

Em relação ao sucesso dos tratamentos, a taxa de cura situa-se nos 96,5%, já que, dos 6 680 tratamentos concluídos, apenas 241 doentes não ficaram curados.

Este ano, 2017, somaram-se mais duas alternativas aos medicamentos que eram utilizados e que são financiados de forma centralizada.

Recorda-se que o programa para o tratamento da hepatite C foi anunciado a 6 de fevereiro de 2015, após meses de negociações entre o INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde  e a indústria farmacêutica.

O contrato – assinado por dois anos – prevê o pagamento por doente tratado e não por tempo de tratamento ou quantidade de medicamentos. A comparticipação do Estado português nos medicamentos abrangidos é de 100%.

Sobre a Hepatite

A hepatite é uma inflamação do fígado. Esta inflamação pode desaparecer espontaneamente ou progredir para fibrose (cicatrizes), cirrose ou cancro do fígado. Os vírus da hepatite são a causa mais comum de hepatite no mundo. Pode, também, ser causada por substâncias tóxicas (por exemplo, álcool, certos medicamentos) e doenças autoimunes.

A hepatite viral consiste num grupo de doenças infeciosas que compreende as hepatites A, B, C, D e E.

A hepatite representa um elevado risco para a saúde global, uma vez que existem cerca de 240 milhões de pessoas com infeções crónicas por hepatite B e cerca de 130-150 milhões de pessoas infetadas pelo vírus da hepatite C.

As hepatites A e E são geralmente causadas por ingestão de alimentos ou de água contaminados, enquanto que as hepatites B, C e D derivam do contacto com fluidos corporais infetados. A transmissão mais comum destes últimos tipos é através de transfusão de sangue, produtos sanguíneos contaminados e procedimentos médicos invasivos em que se utilizaram equipamentos contaminados. A transmissão da hepatite B pode ocorrer também através do contacto sexual.

Embora muitas vezes assintomática ou acompanhada de poucos sintomas, a infeção pode manifestar-se através de icterícia, urina escura, cansaço intenso, náuseas, vómitos e dor abdominal. O vírus da hepatite pode causar infeções agudas e crónicas, como, por exemplo, a inflamação do fígado, que pode levar o paciente a desenvolver cirrose e cancro hepático.

Trata-se, geralmente, de uma doença com cura, pelo que se apela ao diagnóstico precoce e consequente tratamento.

Para saber mais, consulte:

INFARMED > Hepatite C – Monitorização dos tratamentos

Veja todas as relacionadas em:

Hepatite C

Manual: Recomendações gerais para a Alimentação dos Bombeiros – DGS

Novo manual inclui recomendações para situações de emergência

A Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, lançou, no dia 21 de julho, o manual «Recomendações gerais para a alimentação dos Bombeiros», que vem colmatar uma lacuna nesta área.

Trata-se de um conjunto de recomendações alimentares para um desempenho ótimo dos bombeiros e, adicionalmente, um contributo para melhorar o estado de saúde destes profissionais ao longo do ano.

Para além das recomendações gerais para uma alimentação saudável, que devem fazer parte do dia-a-dia destes profissionais, é apresentado um conjunto de recomendações nutricionais e alimentares específicas para os períodos de atividade intensa, em particular o combate a incêndios. Integra, também, uma proposta de um kit alimentar individual para bombeiros em situações de emergência.

O manual contempla, ainda, algumas recomendações para a alimentação a fornecer nos dias de combate a incêndio, quando estas são disponibilizadas por restaurantes, instituições ou pelas próprias corporações de bombeiros.

Para saber mais, consulte:

Direção-Geral da Saúde – www.dgs.pt

Blogue Nutrimento

Estudo | Doenças cardiovasculares: Descoberto método inovador para formação de novos vasos sanguíneos

24/07/2017

Uma investigação internacional, liderada por Henrique Girão, da Faculdade de Medicina de Coimbra, «permitiu descobrir como induzir a formação de novos vasos sanguíneos no coração, usando exossomas produzidos por células em cultura».

De acordo com uma nota enviada à Lusa, a descoberta poderá abrir caminho para «abordagens terapêuticas inovadoras no tratamento de doenças cardiovasculares».

Os exossomas «pequenas vesículas sinalizadoras que permitem a comunicação e partilha de informação entre células, órgãos e tecidos» – podem ser encontrados na maioria dos fluidos biológicos, incluindo sangue, urina e saliva, circunstância que tem merecido grande atenção por parte dos cientistas, dado o seu «enorme potencial terapêutico e de diagnóstico».

A Universidade de Coimbra explica que, no estudo, os investigadores demonstraram que o ‘conteúdo’ destas pequenas vesículas varia com as condições a que o coração é sujeito, isto é, a informação veiculada pelos exossomas é determinada pelos estímulos, ou danos, induzidos no coração, como é o caso da isquemia, que leva ao enfarte do miocárdio.

A partir desta informação, a equipa de especialistas descobriu que exossomas libertados por células do músculo cardíaco sujeitas a isquemia têm a capacidade de libertar sinais que promovem o crescimento de novos vasos sanguíneos no coração.

As células do músculo cardíaco «quando deixam de ser devidamente alimentadas, por privação de nutrientes e oxigénio, devido à obstrução de um vaso sanguíneo, emitem pedidos de ajuda com o objetivo de estimular o crescimento de novos vasos sanguíneos que possam compensar os que se encontram bloqueados ou disfuncionais, permitindo restabelecer a circulação sanguínea e a função cardíaca», adianta Henrique Girão, citado pela Universidade de Coimbra.

Os especialistas começaram, assim, por «identificar o tipo de mensagem que é emitido pelas células do músculo cardíaco, quando expostas a condições adversas». Depois, acrescenta o investigador da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, foi demonstrado que são «exossomas ricos em determinadas moléculas reguladoras, denominadas miRNA, os responsáveis por induzir os mecanismos que levam ao crescimento de novos vasos sanguíneos, num processo designado como angiogénese».

Ensaios realizados, no âmbito do mesmo estudo, com ratinhos de laboratório, aos quais foram aplicados, através de uma injeção intracardíaca, exossomas libertados pelas células danificadas, permitiram verificar que, ao fim de um mês, os corações dos animais sujeitos ao tratamento apresentavam mais vasos sanguíneos e registavam uma melhoria da função cardíaca.

A descoberta, já publicada na revista científica Cardiovascular Research, pode «abrir portas a abordagens terapêuticas inovadoras para tratar doenças do coração provocadas por disfunção vascular como, por exemplo, no caso do enfarte do miocárdio, a principal causa de morbilidade e mortalidade em todo o mundo», salienta Henrique Girão.

«Para além de doenças cardíacas, esta abordagem poderá ser útil em outras patologias em que a terapia passe pela promoção do crescimento de novos vasos», observa o investigador.

Financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e por fundos europeus, o estudo teve a participação de investigadores do Centro de Estudos de Doenças Crónicas da Universidade de Nova de Lisboa, do Instituto de Medicina Molecular, do Imperial College London e da Faculty of Medicine – University of Geneva.

Fonte: Lusa