Novos resultados do SINAS@Hospitais – ERS

2017/05/23

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) divulga os resultados da primeira avaliação de 2017 do módulo SINAS@Hospitais do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), relativa à dimensão Excelência Clínica.

As restantes dimensões do SINAS@Hospitais, Segurança do Doente – Procedimentos de Segurança, Adequação e Conforto das Instalações, Focalização no Utente e Satisfação do Utente (1.º nível de avaliação), serão objeto de atualização de resultados no último trimestre de 2017, pelo que os resultados disponíveis no website da ERS, quanto a estas dimensões, correspondem à segunda avaliação de 2016.

Os resultados agora publicados são relativos a procedimentos e/ou diagnósticos nas áreas de Angiologia e Cirurgia Vascular (Cirurgia de Revascularização Arterial), Cardiologia (Enfarte Agudo do Miocárdio), Cirurgia de Ambulatório, Cirurgia Cardíaca (Cirurgia Valvular e outra Cirurgia Cardíaca não Coronária e Cirurgia de Revascularização do Miocárdio), Cirurgia Geral (Cirurgia do Cólon), Cuidados Intensivos (Unidade de Cuidados Intensivos), Cuidados Transversais (Avaliação da Dor Aguda e Tromboembolismo Venoso no Internamento), Ginecologia (Histerectomias), Neurologia (Acidente Vascular Cerebral), Obstetrícia (Partos e Cuidados Pré-Natais), Ortopedia (Artroplastias da Anca e Joelho e Correção Cirúrgica de Fraturas Proximais do Fémur) e Pediatria (Pneumonia e Cuidados Neonatais). A avaliação incidiu sobre episódios de internamento com alta entre 1 de julho de 2015 a 30 de junho de 2016, refletindo o desempenho anual dos prestadores, com base em informação fornecida pelos mesmos.

O SINAS é um sistema cuja participação dos prestadores de cuidados de saúde é voluntária. A avaliação e a classificação efetuadas processam-se em dois níveis. No primeiro, confirma-se o cumprimento dos critérios considerados essenciais para a prestação de cuidados de saúde com qualidade. A validação desse cumprimento, demonstrada pela atribuição de uma estrela, permite ao prestador o acesso ao segundo nível de avaliação, no qual se processa a classificação em rating, para cada uma das áreas em avaliação, num de três níveis de qualidade: nível de qualidade III, II ou I, conforme os prestadores estejam posicionados no nível de qualidade superior, no nível de qualidade intermédio ou no nível de qualidade de base.
Analisando os resultados agora publicados, destaca-se que dos 160 estabelecimentos atualmente abrangidos pelo SINAS@Hospitais – que representam praticamente todo o universo de prestadores de natureza hospitalar –, 126 (79%) obtiveram classificação na dimensão da Excelência Clínica, e 112 (89%) destes conseguiram a atribuição da estrela correspondente ao primeiro nível de avaliação.

De uma forma global, estes resultados evidenciam uma melhoria nos valores médios dos indicadores avaliados, a que corresponde uma melhoria do cumprimento de alguns dos indicadores de processo associados a diferentes áreas cirúrgicas (Ginecologia, Cirurgia do Cólon e Cirurgia Vascular), nomeadamente nos relacionados com a seleção, administração e interrupção da antibioterapia profilática. Também foi possível verificar uma melhoria dos valores de médios de alguns indicadores de processo específicos das áreas de Pediatria, Neurologia [relativos ao Acidente Vascular Cerebral], Cirurgia de Ambulatório, Cardiologia [referente ao Enfarte Agudo do Miocárdio], Unidade de Cuidados Intensivos e Cuidados Transversais [Avaliação da Dor Aguda e Tromboembolismo Venoso no Internamento].

Em algumas áreas, o aumento gradual do desempenho médio em indicadores de processo vem-se verificando há vários anos, registando-se patamares de cumprimento entre os 90% e os 100%.
Com o intuito de motivar a melhoria contínua, a ERS valida a informação submetida pelos prestadores através de auditorias periódicas e aleatórias.

Para mais informações:

Página SINAS
Resultados globais
Resultados individuais

Informação do Portal SNS:

Maioria dos hospitais obteve classificação de excelência clínica

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) divulgou os resultados referentes à primeira avaliação anual de 2017, no âmbito do módulo SINAS@Hospitais do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), na dimensão Excelência Clínica.

De acordo com aquela entidade, dos 160 estabelecimentos atualmente abrangidos pelo SINAS@Hospitais, 126 (79%) obtiveram classificação de excelência clínica, dos quais 112 (89%) conseguiram a atribuição da estrela correspondente ao primeiro nível de avaliação.

O SINAS é um sistema que afere a qualidade global dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, neste caso das unidades com internamento.

Na dimensão de excelência clínica são avaliadas as áreas de angiologia e cirurgia vascular, cardiologia, cirurgia de ambulatório, cirurgia cardíaca, cirurgia geral, cuidados intensivos, cuidados transversais, ginecologia, neurologia, obstetrícia, ortopedia e pediatria.

Para obter a estrela, os estabelecimentos de saúde têm de cumprir todos os parâmetros de qualidade exigidos.

No segundo nível de avaliação (rating), a que só acedem as unidades de saúde a quem é atribuída uma estrela na dimensão de excelência clínica, verificou-se, de uma forma global, a melhoria nos valores médios dos indicadores avaliados, a que corresponde uma melhoria do cumprimento de indicadores de processo associados a diferentes áreas cirúrgicas: ginecologia, cirurgia do cólon e cirurgia vascular, nomeadamente nos relacionados com a seleção, administração e interrupção da antibioterapia profilática.

Melhoraram igualmente os valores médios de alguns indicadores de processo das seguintes áreas: pediatria (pneumonias), neurologia (relativos ao acidente vascular cerebral), cirurgia de ambulatório, cardiologia (enfarte agudo do miocárdio), unidade de cuidados intensivos e cuidados transversais e tromboembolismo venoso no internamento.

De acordo com a ERS, ao longo dos anos, tem sido registado um aumento gradual do desempenho médio em indicadores de processo, alguns dos quais com patamares de cumprimento entre os 90% e os 100% em diferentes áreas como a ortopedia, a ginecologia, a cirurgia do cólon, a cirurgia de revascularização do miocárdio e a cirurgia cardíaca, a cirurgia de ambulatório, o enfarte agudo do miocárdio, o acidente vascular cerebral, a obstetrícia e a unidade de cuidados intensivos.

Com o intuito de motivar a melhoria contínua, a ERS valida a informação submetida pelos prestadores através de auditorias periódicas e aleatórias.

Para saber mais, consulte:

Entidade Reguladora da Saúde – SINAS

Livre acesso no SNS: Mais de 166 mil utentes escolhem hospital fora da área de residência

22/05/2017

O livre acesso e circulação de utentes no Serviço Nacional de Saúde (SNS), em vigor desde junho de 2016, já permitiu a mais de 166 mil utentes escolher um hospital diferente do da sua residência para terem uma primeira consulta de especialidade, o que representa 10,5% do total das primeiras consultas realizadas desde essa data.

Em declarações ao Diário de Notícias, o vogal da Administração Central do Sistema de Saúde, Ricardo Mestre, afirma que as especialidades com maior procura são aquelas que, habitualmente, têm uma maior dificuldade de resposta, como é o caso da oftalmologia, ortopedia, dermatologia e otorrinolaringologia. Verifica-se, também, que nas regiões do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo esta procura por hospitais alternativos é mais significativa, enquanto que no Centro se verifica a «capacidade de atrair mais pedidos do que os que deixa sair da região».

Esta medida faz parte do plano do Ministério da Saúde para melhorar a organização e rentabilização de resposta do SNS. Exemplo disso é a redução dos tempos máximos de resposta garantidos para primeiras consultas, que passa de 150 para 120 dias.

Este livre acesso está ainda relacionado com o reforço do investimento e maior articulação entre as unidades do SNS. De acordo com o vogal, «estão a ser feitos investimentos significativos nas instalações e equipamentos em quase todos os hospitais e centros de saúde, temos mais profissionais – mais mil médicos e mais dois mil enfermeiros no primeiro trimestre de 2017 em comparação com 2016 – e estamos a avançar com a implementação da plataforma eletrónica de gestão partilhada de recursos, em que quem tem coloca o que pode oferecer e quem não tem pode recorrer a uma destas unidades», sendo o principal objetivo «partilhar atividade – consultas, cirurgias, exames – e equipamentos». Está previsto que todas as instituições do SNS estejam ligadas a essa plataforma até ao final de Setembro.

Fonte: Diário de Notícias

Para saber mais, consulte:

Administração Central do Sistema de Saúde > Livre acesso e circulação

Extensão do Prazo de Candidatura – 11.ª edição anual do Prémio de Boas Práticas em Saúde

imagem do post do APDH alarga prazo de candidaturas ao 11º Prémio de Boas Práticas em Saúde

Informação nº 004/2017 DGS de 22/04/2017

Extensão do Prazo de Candidatura – 11.ª edição anual do Prémio de Boas Práticas em Saúde®

Veja todas as relacionadas e edições anteriores em:

Informação da ACSS:
APDH alarga prazo de candidaturas ao 11º Prémio de Boas Práticas em Saúde

O prazo para a apresentação de candidaturas à 11ª edição do Prémio Boas Práticas em Saúde foi prolongado até 31 de maio.

A extensão do prazo surge na sequência da implementação de medidas excecionais de cibersegurança, que resultaram em limitações ao nível da utilização dos sistemas de informação em todas as instituições do Serviço Nacional de Saúde.

As candidaturas deverão ser efetuadas através da plataforma online disponível na página do Prémio de Boas Práticas em Saúde.

Publicado em 22/5/2017

Informação do Portal SNS:

Extensão do prazo de candidaturas até 31 de maio

O prazo para apresentação de candidaturas à 11.ª edição do Prémio Boas Práticas em Saúde foi prolongado até 31 de maio de 2017. A extensão do prazo surge na sequência da implementação de medidas excecionais de cibersegurança, que resultaram em limitações ao nível da utilização dos sistemas de informação em todas as instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

As candidaturas deverão ser submetidas online, em formulário disponível para o efeito, no site do Prémio Boas Práticas em Saúde.

Organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar (APDH), a Direção-Geral da Saúde (DGS), a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e as Administrações Regionais de Saúde (ARS), o prémio pretende dar a conhecer as boas práticas, com vista a replicar as mais-valias para o bom desempenho do sistema de saúde. Pretende-se suscitar o desenvolvimento de ações de mudança, reunindo as condições mais favoráveis, a fim de poderem constituir-se em casos de excelência, ilustrando boas práticas a generalizar.

Para saber mais, consulte:

Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar > Prémio Boas Práticas em Saúde

Veja todas as relacionadas e edições anteriores em:

Doar leite é doar vida: CHLC assinala Dia Mundial da Doação de Leite Materno

No dia 19 de maio comemora-se o Dia Mundial da Doação de Leite Materno. O Banco de Leite Humano (BLH) do Centro Hospitalar de Lisboa Central – Maternidade Dr. Alfredo da Costa (CHLC-MAC) associa-se aos bancos de leite humano espalhados pelos vários continentes na promoção e divulgação desta causa.

O leite humano é extremamente importante para os recém-nascidos de termo, mas particularmente para os prematuros, contribuindo para a sua saúde a médio e longo prazo. Como as mães dos prematuros têm ocasionalmente quantidade insuficiente de leite para os seus filhos, a doação de leite de dadoras saudáveis é fundamental para suprir estas carências.

O Banco de Leite Humano (BLH) funciona no CHLC-MAC desde o ano de 2009, coincidindo com a acreditação como Hospital Amigo dos Bebés, com a inerente política de promoção do aleitamento materno. Este leite humano é fundamental na prevenção das complicações da grande prematuridade, nomeadamente a enterocolite necrotisante  e a infeção nosocomial.

Doar leite para estes bebés prematuros é mais do que doar um alimento, é contribuir para a sua sobrevivência com qualidade. Ser dadora é um ato de generosidade para com o seu próprio filho, mas também para com os bebés prematuros e seus pais.

Visite:

Centro Hospitalar Lisboa Central  – Banco de Leite Humano

Iniciativa Água Pública e o Combate à Obesidade – DGS

Iniciativa Água Pública

O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde lança na antecipação do Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade, que se comemora no próximo sábado dia 20 de maio, a iniciativa Água Pública através da qual se promove o consumo de água pública e o seu fácil acesso em locais públicos.

As pessoas que consomem quantidades adequadas de água diariamente em substituição de bebidas com excesso de açúcar conseguem atingir mais facilmente um padrão alimentar saudável.

A água da rede pública em Portugal é de boa qualidade e pode ser uma forma adequada e acessível de promover a saúde e bem-estar dos cidadãos. Mas para que tal aconteça, é necessário que existam pontos de água acessíveis e a funcionar nos locais públicos. Desde passeios e recintos escolares até locais públicos como estações de comboio e metro, aeroportos ou centros comerciais.

Quando a água não está disponível no espaço público, há uma tendência natural para a substituirmos por outras bebidas. Muitas vezes a oferta alternativa é constituída por bebidas mais caras, ricas em açúcares e com um impacto ambiental muito maior.

Através desta iniciativa pretende-se dar a conhecer locais em Portugal que mereciam ter água potável disponível, com a ajuda dos cidadãos. Assim, o desafio consiste na partilha de imagens de locais com bebedouro funcionais, locais onde estes não funcionam, ou locais onde faria sentido que existisse um bebedouro público, através da hashtag #aguapublica nas redes sociais, especialmente no twitter e no instagram.

Dia Mundial do Médico de Família 19 de Maio

“Vencer o Sedentarismo… Adeus Depressão!” é o lema de 2017

O Dia Mundial do Médico de Família assinala-se a 19 de maio, desde 2010, promovido pela Organização Mundial de Médicos de Família (World Organization of Family Doctors – WONCA), tornando-se um dia para destacar o papel e o contributo dos médicos de família nos sistemas de saúde em todo o mundo e celebrar os progressos em medicina familiar.

“Vencer o Sedentarismo… Adeus Depressão!” é o lema do Dia Mundial do Médico de Família escolhido para 2017.

A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar celebra este dia com várias iniciativas centradas na promoção da atividade física regular, dentro das unidades de saúde onde trabalham e na comunidade.

Sempre com a tónica no aconselhamento para a redução do sedentarismo e procurando explicar que uma vida ativa e feliz é o antídoto por excelência contra a depressão, a perturbação mental mais prevalente entre os portugueses – atinge quase 10% da população, segundo dados do Relatório «Portugal Saúde Mental em Números, 2015» – e com um impacto significativo no consumo de psicofármacos.

No âmbito das comemorações do Dia Mundial do Médico de Família, a Direção-Geral da Saúde recorda, através do Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física, que o médico de família pode aconselhar a prática de exercício físico para prevenir e tratar doenças, tal como prescreve medicamentos.

A prática regular de exercício pode ajudar a prevenir o aparecimento de algumas doenças crónicas e ser um importante coadjuvante no seu tratamento.

Para saber mais, consulte:

Criado grupo de trabalho para a análise do enquadramento da atividade do médico dentista nos cuidados de saúde primários


«Despacho n.º 4326/2017

O XXI Governo Constitucional, no seu Programa para a Saúde, estabelece como prioridade expandir e melhorar a capacidade da rede dos cuidados de saúde primários, através designadamente da ampliação da cobertura do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na área da saúde oral.

No mesmo sentido, o Plano Nacional de Saúde 2012-2016 (alargado até 2020) define como um dos seus eixos prioritários a equidade e o acesso adequado aos cuidados de saúde, propondo recomendações estratégicas, designadamente no reforço do acesso das populações mais vulneráveis aos serviços de saúde.

Neste contexto, foi implementado o Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral (abreviadamente designado por PNPSO) que tem proporcionado intervenções em termos de promoção de hábitos de vida saudáveis e prevenção da doença oral, nomeadamente nas abordagens da saúde escolar, bem como um acesso crescente a tratamentos a diversos grupos-alvo por intermédio do programa cheque-dentista.

Os cuidados de saúde primários constituem a base do SNS, pelo que o Ministério da Saúde investiu na progressiva capacitação em matéria de promoção da saúde oral e na prevenção da doença ao longo do ciclo de vida e nos diversos contextos, através da promoção da saúde numa intervenção robusta e crescente em termos da prevenção e tratamento, nas suas diversas fases, bem como na reabilitação oral, atendendo ao sistema nuclear da atuação das equipas de saúde familiar e portanto da possível integração dos médicos dentistas nestas equipas.

Deste modo, para além do acesso a cuidados através de uma política ativa de promoção da saúde e de prevenção da doença oral, e da atribuição de cheques-dentista nos termos da Portaria n.º 301/2009, de 24 de março, e respetivos despachos de alargamento, iniciou-se a implementação de consultas de medicina dentária, nos cuidados de saúde primários, de forma faseada, mediante experiências-piloto, através do Despacho n.º 8591-B/2016, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 125, de 1 de julho de 2016.

Considerando o sucesso desta iniciativa, a necessidade de disseminar estas experiências por todo o país e de dotar estes profissionais de um incremento na estabilidade laboral e perspetivas de carreira como fatores essenciais para a prestação de melhores cuidados de saúde, cumpre aferir sobre o enquadramento dos profissionais que desenvolvem tais funções no âmbito do SNS, incluindo a possível criação de uma carreira que integre e regulamente a atividade de médico dentista.

Trata-se de uma nova etapa, num processo planeado e assumido pelo Ministério da Saúde em estreita colaboração com a Ordem dos Médicos Dentistas, e que se segue ao sucesso da constituição das 13 experiências-piloto, que se iniciaram em 2016, e com a introdução, no ano em curso, de novos locais e estandardização de outros, para alargar esta visão a cerca de 50 unidades de saúde integradas em agrupamentos de centros de saúde das cinco regiões do País.

Com o trabalho desenvolvido e a desenvolver, pretende-se estabelecer as bases técnico-científicas e jurídicas para a criação de algo inovador e que definitivamente consagre os médicos dentistas como profissionais de elevado valor no SNS, nomeadamente no âmbito das equipas de saúde familiar, nos cuidados de saúde primários.

Esta evolução permitirá seguramente contribuir para a diferenciação e para a melhoria da qualidade na prestação de cuidados de saúde oral aos cidadãos, bem como aumentar a segurança e estabilidade dos profissionais e das equipas onde se encontram inseridos.

Assim, e em face de tudo quanto antecede, determina-se o seguinte:

1 – É criado um grupo de trabalho para a análise do enquadramento da atividade do médico dentista no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, no contexto dos cuidados de saúde primários, com o propósito de, face às necessidades sentidas, proceder à definição do conteúdo funcional da atividade de médico dentista no que atenda à especificidade do serviço em contexto de vínculo de emprego público, e à ponderação sobre a forma de integração destes profissionais em carreira da Administração Pública.

2 – O grupo de trabalho, que funciona na dependência do meu Gabinete, é constituído por:

a) Um representante da Administração Central do Sistema de Saúde, I. P. (ACSS, I. P.), que coordena;

b) Um representante da Ordem dos Médicos Dentistas;

c) Um representante da Direção-Geral da Saúde;

d) Um representante da Coordenação Nacional para a Reforma do Serviço Nacional de Saúde, na área dos cuidados de saúde primários.

3 – O grupo de trabalho pode ainda obter a colaboração de técnicos, cujo contributo entenda necessário para desenvolvimento dos trabalhos.

4 – O grupo de trabalho deve, no prazo de 180 dias, contados a partir da data da publicação do presente despacho, apresentar um relatório sobre os objetivos previstos no n.º 1, bem como anteprojetos de diploma que sejam adequados às propostas constantes do relatório.

5 – Os elementos que constituem o grupo de trabalho não auferem qualquer remuneração no exercício desta tarefa, sendo todo o apoio logístico e administrativo disponibilizado pela ACSS, I. P.

6 – O presente despacho entra em vigor no primeiro dia útil seguinte ao da sua publicação.

7 de maio de 2017. – O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Manuel Ferreira Araújo.»


Informação do Portal SNS:

Grupo vai estudar a criação da carreira de médico dentista no SNS

O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, presidiu à sessão de abertura do 2.º Encontro Nacional de Medicina Dentária no Serviço Nacional de Saúde (SNS), no dia 19 de maio, no Centro de Saúde de Sete Rios, em Lisboa, onde anunciou a criação de um grupo de trabalho para a análise do enquadramento da atividade do médico dentista no âmbito do SNS, no contexto dos cuidados de saúde primários.

De acordo com o Despacho n.º 4326/2017, publicado em Diário da República, este grupo deverá proceder à definição do conteúdo funcional da atividade de médico dentista, no que atenda à especificidade do serviço em contexto de vínculo de emprego público e à ponderação sobre a forma de integração destes profissionais em carreira da Administração Pública.

No ano passado começaram treze experiências-piloto com médicos dentistas em centros de saúde, iniciativas que vão ser alargadas a cerca de 50 unidades integradas em agrupamentos de centros de saúde das cinco regiões do país.

O Ministério da Saúde considera que é necessário enquadrar estes profissionais de saúde oral no SNS e admite criar uma carreira que integre e regulamente a atividade de médico dentista.

“Pretende-se estabelecer as bases técnico-científicas e jurídicas para a criação de algo inovador e que definitivamente consagre os médicos dentistas como profissionais de elevado valor no SNS, nomeadamente nos cuidados primários”, refere o despacho, publicado no dia 19 de maio e assinado pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo.

Integram esta estrutura de trabalho:

  1. Um representante da Administração Central do Sistema de Saúde, IP (ACSS, IP), que coordena;
  2. Um representante da Ordem dos Médicos Dentistas;
  3. Um representante da Direção-Geral da Saúde;
  4. Um representante da Coordenação Nacional para a Reforma do Serviço Nacional de Saúde, na área dos Cuidados de Saúde Primários.

O XXI Governo Constitucional, no seu Programa para a Saúde, estabelece como prioridade expandir e melhorar a capacidade da rede dos cuidados de saúde primários, através da ampliação da cobertura do SNS na área da saúde oral.

O diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Para saber mais, consulte:

Administração Central do Sistema de Saúde, IP – http://www.acss.min-saude.pt

Despacho n.º 4326/2017 – Diário da República n.º 97/2017, Série II de 2017-05-19
Saúde – Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde
Cria um grupo de trabalho para a análise do enquadramento da atividade do médico dentista no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, no contexto dos cuidados de saúde primários