Apesar dos progressos consideráveis na luta contra as doenças cardiovasculares estas continuam a ser a principal causa de morte na Europa. A alimentação inadequada é responsável por cerca de metade das mortes e incapacidade causada pelas doenças cardiovasculares e pode custar à economia da União Europeia 102 mil milhões de euros por ano.
Estes dados impressionantes foram publicados há poucos dias pela European Heart Network assinalando o Dia Mundial do Coração. Em Portugal, cerca de 35 mil portugueses morrem anualmente por doenças cardiovasculares, que continua a ser a principal causa de morte e representa um terço de toda a mortalidade da população em Portugal, embora muitas dessas mortes e sofrimento prolongado pudessem ser evitados por uma mudança simples nos hábitos alimentares.
Este documento apresenta uma revisão da evidência existente na relação entre os hábitos alimentares e as doenças cardiovasculares, demonstrado que apesar de tudo, esta evidência é cada vez mais forte, apesar de alguns estudos contraditórios. Particularmente, no que diz respeito ao sal e à gordura saturada a evidência é sólida para que as recomendações sejam no sentido de se limitar o consumo de sal, de substituir as gorduras saturadas por gorduras insaturadas e de se optar por hidratos de carbono complexos ricos em fibra.
Segundo o documento, produzido por diversos peritos de renome mundial, uma alimentação promotora da saúde cardiovascular deve incentivar o consumo diário de produtos alimentares de origem vegetal (nomeadamente hortícolas e fruta) em vez do consumo excessivo de produtos de origem animal.
Um documento orientador de grande importância e que pode consultar aqui.