Gratuito: 9.ª Reunião Anual PortFIR – Plataforma Portuguesa de Informação Alimentar a 28 de Outubro – INSA

65% das Crianças Fazem Escolhas Alimentares Demasiado Calóricas – Projeto Almoço Virtual – DGS

65% das crianças fazem escolhas alimentares demasiado calóricas

Os adolescentes e as crianças portuguesas fazem escolhas alimentares excessivamente calóricas? A resposta é sim e os resultados são revelados através do projeto Almoço Virtual, que já pôs à prova o espírito crítico de 14.620 crianças e adolescentes e 1.004 adultos, no que diz respeito à alimentação.

A iniciativa desenrola-se através da simulação de um self-service, disposto num autocarro, no qual se escolhem réplicas de silicone de alimentos comuns. Uma simulação que permitiu perceber que os jovens preferem carne a peixe. Para este almoço fictício, 82% dos jovens escolheu carne, em detrimento de peixe Quando falamos em bebidas, 33% destes jovens escolhe beber refrigerantes, face a 37% que opta pela água.

Em ambas as faixas etárias, os participantes do sexo masculino optam mais vezes por refeições demasiado calóricas do que o sexo feminino.

Após participar na iniciativa, 79% dos jovens consideram que ponderam alterar os seus hábitos alimentares e passar a fazer escolhas mais conscientes. Opinião partilhada por 96,7% dos professores que admitem que a atividade teve um impacto positivo nos seus alunos e 96% pretendem dar mais atenção à temática da alimentação.

De Lisboa rumo ao Norte e ao Sul
Com o feedback positivo recebido por alunos e professores entre as 43 escolas visitadas desde 2015, o projeto inicia agora uma nova fase aumentando a sua cobertura geográfica.

Após ter estado apenas presente na Grande Lisboa, o autocarro ruma agora a outras paragens e durante o próximo ano letivo passará pelo Porto, Coimbra, Évora e Beja.
O autocarro do Almoço Virtual esteve hoje junto à DGS onde foram apresentadas as novidades para este ano letivo, bem como os dados recolhidos durante o primeiro ano. Sobre o projeto Almoço Virtual.

Sobre o Almoço Virtual
O Almoço Virtual quer contribuir para a informação e o espírito crítico das crianças e adolescentes portugueses, mostrando-lhes que é possível fazer escolhas alimentares racionais, tendo em conta critérios como custo, valor nutricional, valor calórico ou valor proteico. Depois de constituírem o seu próprio prato através de uma simulação de um self-service, os participantes recebem, na caixa registadora, uma fatura onde consta o valor nutricional da refeição, recomendações e o custo estimado da refeição.

Depois de falarem sobre os resultados da sua “fatura nutricional”, as crianças são convidadas a conhecer diversas doenças relacionadas com a alimentação e estilos de vida. De forma interativa, explicam-se conceitos como o Índice de Massa Corporal, diabetes, obesidade, colesterol, hipertensão e outros problemas cardiovasculares.

O Almoço Virtual surge de uma preocupação partilhada pela Janssen, empresa farmacêutica do grupo Johnson & Johnson, a Direção-Geral da Saúde e a KeyPoint – Consultoria Científica relacionada com a educação para a saúde no âmbito da alimentação.

Manual Sobre Alimentação Nas Residências Universitárias – DGS

Com a entrada de um novo ano letivo, inicia-se a vida académica para muitos estudantes. Esta transição pode representar alterações significativas nos hábitos alimentares, pelo que muitos estudantes tendem a praticar estilos de vida menos saudáveis, colocando-os em risco de desenvolver problemas de saúde. Neste sentido torna-se fundamental a definição de uma estratégia alimentar e nutricional para as residências universitárias.

Para dar resposta a estas questões, a Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional para a Alimentação Saudável, com base no documento já publicado “ Linhas de Orientação para a Oferta Alimentar em Residências Universitárias”, divulga uma listagem de itens a verificar por parte dos Serviços de Ação Social e das Residências Universitárias.

Os Serviços de Ação Social possuem:

  • Uma estratégia alimentar/nutricional definida para os estudantes, tendo em atenção as suas necessidades de uma alimentação promotora de saúde;
  • Uma estratégia de comunicação sobre promoção de hábitos alimentares saudáveis que facilite a interação dos estudantes com os serviços na área;

Técnicos qualificados, nomeadamente, Nutricionistas ou outros, que apoiem a tomada de decisão e intervenção nesta área

As residências universitárias apresentam e promovem:

  • Local que permita a preparação/confeção de refeições, bem como um local para o seu consumo;
  • Existência de um espaço devidamente funcional que permita o armazenamento, preparação, confeção e consumo de alimentos;
  • A disponibilização de água através de bebedouros públicos nas residências e instalações da universidade;
  • Informação acerca das recomendações alimentares e nutricionais para os estudantes (ex.: panfletos, posters, site,…);
  • A confeção saudável por parte dos estudantes (ex.: promover workshops, disponibilizar livros de receitas,…);
  • A não discriminação alimentar em função de diferenças culturais ou religiosas ou ainda de necessidades especiais decorrentes de problemas de saúde.

 

Para mais ideias sobre alimentação saudável, consulte o Blog do Programa Nacional Promoção Alimentação Saudável.

Veja aqui o Manual

Artigo: Como Identificar Uma Escola Amiga da Boa Alimentação – Alimentação Saudável no Regresso às Aulas – DGS

Alimentação saudável no regresso às aulas

Com o ano letivo está prestes a se iniciar, o que deve uma escola disponibilizar do ponto de vista alimentar, para a tornar exemplar? Saiba quais as sugestões do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde para identificar quando uma escola se torna amiga da saúde alimentar do seu educando.

Leia no Nutrimento o artigo completo “Como identificar uma escola amiga da boa alimentação“:

AGORA QUE O ANO LETIVO ESTÁ PRESTES A SE INICIAR, O QUE DEVE UMA ESCOLA DISPONIBILIZAR DO PONTO DE VISTA ALIMENTAR, PARA A TORNAR EXEMPLAR?

Deixamos algumas sugestões para identificar quando uma escola se torna amiga da saúde alimentar do seu educando. Ou então, em que áreas poderá fazer sugestões para a melhoria do serviço alimentar, dado que a oferta alimentar escolar é determinante no desempenho intelectual e físico das crianças, bem como na sua vida futura.

1- As EMENTAS da escola devem estar sempre afixadas, semanalmente, em locais visíveis e descrever com algum detalhe o que será servido. Em certos casos, as ementas podem até ser enviadas ou afixados em formatos digitais na internet.

2- Da DESCRIÇÃO DAS EMENTAS é possível perceber o que vai ser servido? Ou nomes como “Salada colorida” ou “Arroz à moda da tia Rosa” impedem uma fácil perceção dos alimentos a serem servidos nesse dia ?

3- A escola promove a utilização do REFEITÓRIO?

4- O REFEITÓRIO e os outros espaços dedicados à alimentação são agradáveis, confortáveis, com mobiliário adequado e decorados com temáticas do agrado dos alunos (e de preferência da autoria dos mesmos)?

5- O ESPAÇO para o número de alunos previsível parece-lhe adequado?

6- Existe algum esforço ou investimento para a REDUÇÃO DO RUÍDO no refeitório?

7- Existe alguma ESTRATÉGIA pensada ou comunicada para ao longo do ano, existir envolvimento dos alunos, dos encarregados de educação ou da comunidade, nos momentos da refeição ou em torno dos temas da alimentação saudável?

8- A escola promove atividades que permitem aAPRENDIZAGEM sobre alimentos e hábitos saudáveis como: degustação de alimentos e aprendizagem de novos sabores, hortas escolares/pedagógicas, participação em visitas de estudo a locais agrícolas e de produção de alimentos locais?

9- Existem atividades que promovem a capacitação dos estudantes para a CONFEÇÃO SAUDÁVEL de alimentos (competências básicas), de preferência, utilizando as instalações da escola ?

10- Existem algumas RECOMENDAÇÕES ou trabalho previsto com os encarregados de educação para a entrada (ou não) de determinados alimentos, provenientes do exterior, na escola ?

11- A ÁGUA POTÁVEL está disponível em todo o recinto escolar (bebedouros bem distribuídos pela escola e em bom estado, jarros de água nos bufetes, jarros de água abundantemente distribuídos ao longo das mesas do refeitório e sempre com água disponível) ?

12- A escola conhece e cumpre a legislação que proíbe oMARKETING DE ALIMENTOS E BEBIDAS dentro do recinto escolar (cartazes, livros, brinquedos associados a marcas,…) ?

13- Na eventualidade de dinamizar FESTAS DE ANIVERSÁRIO e outros eventos escolares, a escola recorre a alimentos e bebidas saudáveis (Consultar recomendações para festas de aniversário mais saudáveis) ou existem regras sobre este assunto nos regulamentos internos da escola ?

14- A escola RECOMPENSA os alunos pelo bom desempenho sem recurso a géneros alimentícios (pouco saudáveis), como por exemplo: mais tempo de intervalo, diploma, lápis, livros para colorir, autocolantes, dançar, ver um filme, jogos (puzzles,..) ?

15- Existe algum compromisso para que os Professores, Diretores, Assistentes operacionais e restantes funcionários que colaboram com a escola sejam um EXEMPLO DE HÁBITOS SAUDÁVEIS ? A escola tem alguma estratégia nesse sentido? Exemplos simples como a presença de uma cesta de fruta na sala de Professores, água como bebida sobretudo na sala de aula, participação nos momentos das refeições com opções saudáveis…?

16- No caso de possuir bufete (2.º e 3.º ciclos e secundário), a escola CUMPRE COM AS ORIENTAÇÕES emanadas pela Direção-Geral da Educação (documento disponível aqui)?

Pedro Graça

Sofia Mendes de Sousa

Rui Matias Lima

Artigo Científico: Programas de promoção da alimentação saudável em Portugal: uma primeira proposta de avaliação – DGS

Programas de promoção da alimentação saudável em Portugal

Com o apoio da DGS avaliaram-se  29 programas de promoção de alimentação saudável e/ou atividade física realizados entre 2001 e 2015 em Portugal.

Foi assim possível reunir, pela primeira vez, neste formato, um conjunto de informação sobre a realidade nacional ao nível dos projetos na área da prevenção e controlo da obesidade infantil, permitindo a sua caracterização e eventual melhoria no futuro.

As investigadores Jessica Filipe e Cristina Godinho em parceria e com o apoio do PNPAS/DGS descreveram e observaram  29 programas de promoção de alimentação saudável e/ou atividade física realizados entre 2001 e 2015 em Portugal. Foi assim possível reunir, pela primeira vez, neste formato, um conjunto de informação sobre a realidade nacional ao nível dos projetos na área da prevenção e controlo da obesidade infantil, permitindo a sua caracterização.

Os autores concluem que existem vários obstáculos à melhoria e replicação futura destes projetos. Entre eles estão:
  1. a insuficiente quantidade de informação disponibilizada;
  2. a utilização de terminologia inconsistente para descrever o conteúdo das intervenções;
  3. a ausência frequente de uma fundamentação teórica e empírica das atividades e metodologias selecionadas;
  4. a utilização de desenhos e processos de avaliação não otimizados.
Outro obstáculo a ter em conta é a insuficiência de recursos financeiros disponíveis. Esta fragilidade torna a sua manutenção difícil, prejudicando a alocação de recursos materiais vitais para o seu desenvolvimento, assim como o envolvimento desejável de todas as partes, com graves repercussões para a sua sustentabilidade a médio e longo prazo. Assim, a a probabilidade de existência de projetos curtos e sem continuidade aumenta e acarreta outras repercussões, como a falta de avaliação e de reporte dos resultados de modo conclusivo.

Muito trabalho ainda por fazer e muito apoio a dar a todos os profissionais de saúde e da educação que obstinadamente teimam em realizar estas atividades de serviço público, muitas vezes sem quaisquer condições e com horas pessoais de trabalho extra dado em prol de uma sociedade melhor e com mais saúde para as crianças portuguesas.

Pode ler o trabalho na íntegra ou descarregar aqui.

Nomeações da DGS para os Programas de Saúde Prioritários nas Áreas de Prevenção e Controlo do Tabagismo, Promoção da Alimentação Saudável, Promoção da Atividade Física, Diabetes, Doenças Cérebro-cardiovasculares, Doenças Oncológicas, Doenças Respiratórias, Hepatites Virais, Infeção VIH/Sida e Tuberculose, Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos e Saúde Mental

Atualização de 10/12/2019 – estes diplomas foram revogados e substituídos, veja:

Nomeação de elementos para coadjuvarem os diretores dos programas prioritários das respetivas áreas – DGS

«Direção-Geral da Saúde

Despacho n.º 9631/2016

No seguimento do Despacho n.º 6401/2016, do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, de 11 de maio, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 94, de 16 de maio, e ao abrigo do disposto no n.º 3, nomeio os seguintes elementos, para coadjuvarem os Diretores das respetivas áreas:

a) Prevenção e Controlo do Tabagismo: Dr. Nuno Filipe Ambrósio Lopes (ACES Loures-Odivelas) e Enf. Miguel Ângelo Faria Gomes Narigão (em cedência de interesse público na DGS).

b) Promoção da Alimentação Saudável: Prof. Maria João Gregório, nutricionista, (FCNAUP), Dr. José Camolas, Nutricionista (CHLN) e Dra. Sofia Mendes de Sousa, nutricionista.

c) Promoção da Atividade Física: Professores Joana Carvalho (Faculdade de Desporto da Universidade do Porto), Adilson Marques (Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade de Lisboa), Profª. Marlene Nunes Silva, Psicóloga Clínica, e Dra. Rita Tomás, Especialista em Medicina Física e Reabilitação, Mestre em Exercício e Saúde e Pós-Graduada em Medicina Desportiva.

d) Diabetes: Dra Joana Varela Costa (médica endocrinologista) e Enf.ª Ana Matilde Cabral (enfermeira do HBA).

e) Doenças Cérebro-cardiovasculares: Prof. Mário Espiga de Macedo (médico, Professor Aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto) e Dra. Fátima Pinto (médica, Diretora de Serviço de Cardiologia Pediátrica do Hospital de Santa Marta).

f) Doenças Oncológicas: Margarida Brito Gonçalves (assistente hospitalar de oncologia médica).

g) Doenças Respiratórias: Dra. Paula Simão (médica) e Dra. Elisabete Melo Gomes (médica aposentada);

h) Hepatites Virais: Dr Jorge Rodrigues (farmacêutico).

i) Infeção VIH/SIDA e Tuberculose: Profª. Raquel Duarte (especialista em pneumologia); Dr.ª Benvinda Santos (médica especialista em saúde pública).

j) Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos: Dr. Pedro Pacheco (ACES Almada -Seixal), Dr. Carlos Palos (médico internista e intensivista, HBA), Dra. Isabel Neves (médica, ULS Matosinhos) e Enf.ª Margarida Valente (enfermeira, CHLC).

k) Saúde Mental: Prof. Miguel Xavier, médico especialista e chefe de serviço em psiquiatria, Professor Catedrático de Psiquiatria da FCM/ UNL, assessor do PNSM (epidemiologia e organização de serviços); Dra. Paula Domingos, assistente social, Assessora do PNSM (articulação intersectorial, direitos humanos, combate ao estigma e grupos vulneráveis); Doutor Pedro Mateus, psicopedagogo, doutorado em SM pela FCM/UNL, Assessor do PNSM (relações Internacionais e formação); Dra. Conceição Tavares de Almeida, psicóloga clínica, Assessora do PNSM (infância e adolescência); Prof. Jorge Costa Santos, médico especialista em medicina legal, com formação em psiquiatria, pós-graduado em psiquiatria forense e criminologia, Professor Associado na FML (prevenção do suicídio).

18 de julho de 2016. — O Diretor -Geral da Saúde, Francisco George.»

Atualização de 10/12/2019 – estes diplomas foram revogados e substituídos, veja:

Nomeação de elementos para coadjuvarem os diretores dos programas prioritários das respetivas áreas – DGS

Veja as publicações relacionadas:

Despacho do Diretor-Geral da Saúde Sobre Nomeação dos Diretores dos Programas de Saúde Prioritários

Desenvolvimento de Programas de Saúde Prioritários nas Áreas de Prevenção e Controlo do Tabagismo, Promoção da Alimentação Saudável, Promoção da Atividade Física, Diabetes, Doenças Cérebro-cardiovasculares, Doenças Oncológicas, Doenças Respiratórias, Hepatites Virais, Infeção VIH/Sida e Tuberculose, Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos e Saúde Mental

Assistência dos Estados Membros à Comissão Europeia e Sua Cooperação na Análise Científica de Questões Relacionadas com os Produtos Alimentares