No próximo dia 26 de novembro será apresentada publicamente a obra “Alterações do Estado de Saúde Associadas à Alimentação: Contaminação Química – Micotoxinas”, que aborda as questões atuais consideradas mais relevantes no domínio das micotoxinas e suas implicações na saúde humana, da autoria de Paula Alvito, investigadora do Departamento de Alimentação e Nutrição do INSA, IP. O lançamento terá lugar na Fundação Calouste Gulbenkian às 13h45, no âmbito do 1º Simpósio Nacional “Promoção de uma Alimentação Saudável e Segura – Alimentação Infantil & Contaminantes Químicos”.
O livro encontra-se estruturado em seis partes:
- Na primeira é efetuada uma introdução geral sobre as micotoxinas assim como uma referência a importantes desafios futuros no domínio da micotoxicologia.
- Na segunda, referem-se as características dos principais grupos de micotoxinas e sintetizam-se os resultados de estudos desenvolvidos em Portugal.
- Na terceira, indicam-se as vias de exposição a estas toxinas naturais assim como os seus biomarcadores detetados nos fluidos biológicos (sangue, urina).
- Na quarta, descrevem-se os quadros clínicos e a abordagem diagnóstica das micotoxicoses (agudas e crónicas) focando, em particular, os efeitos na saúde das crianças.
- Nas partes cinco e seis referem-se, respetivamente, os aspetos regulamentares e métodos analíticos de determinação de micotoxinas e os efeitos das alterações climáticas no desenvolvimento de espécies de fungos toxigénicos e na produção de micotoxinas.
Para além da divulgação dos conhecimentos técnico-científicos disponível sobre a ocorrência destes contaminantes químicos nos alimentos e sobre as alterações do estado de saúde associadas à sua presença nos mesmos, a autora pretende alertar para a importância do tema e para o impacte que a exposição humana a micotoxinas e as alterações do estado de saúde associadas poderão vir a atingir num futuro próximo, em particular, no que se refere às populações mais vulneráveis como as crianças e os grupos sociais mais pobres. Por fim, a autora salienta o importante papel que os profissionais de saúde, investigadores, universitários, e público em geral, poderão desempenhar na vigilância e proteção da saúde pública.