Novas unidades de saúde em Cascais: ARSLVT aposta na modernização dos cuidados de saúde primários

22/08/2017

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e a Câmara Municipal de Cascais (CMC) vão assinar, no dia 22 de agosto, às 15h30, no salão nobre da CMC, um protocolo que visa modernizar os cuidados de saúde primários no município.

A cerimónia contará com as presenças da Presidente da ARSLVT, Rosa Valente de Matos, e do Presidente da CMC, Carlos Carreiras.

O protocolo visa a construção e requalificação de várias infraestruturas e equipamentos de Cuidados de Saúde Primários do Concelho de Cascais até 2020, a saber:

  • Instalações provisórias para a Equipa de Tratamento (ET) da Parede, do Eixo Oeiras/Cascais do Centro de Respostas Integradas (CRI) de Lisboa Ocidental até a abertura do novo Pólo de Saúde de Carcavelos;
  • Ampliação da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Carcavelos até à construção do novo pólo de saúde de Carcavelos;
  • Ampliação do Centro de Saúde de S. Domingos de Rana para a criação de uma nova USF;
  • Construção do novo Pólo de Saúde de Carcavelos:

– USF de Carcavelos;

– ET da Parede, do Eixo Oeiras/Cascais do CRI de Lisboa Ocidental;

– Serviço de Pedopsiquiatria do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental;

  • Construção da nova Unidade de Saúde de Cascais.

A assinatura deste protocolo representa um importante passo para a melhoria dos serviços prestados aos utentes, contribuindo assim para a modernização das infraestruturas de saúde e permitindo dar uma melhor e mais eficiente resposta aos cidadãos do concelho de Cascais.

Este investimento conjunto permitirá requalificar as condições de funcionamento das unidades de saúde do concelho e aumentar a capacidade de atração de novos profissionais para o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Cascais.

A ARSLVT, em parceria com a Câmara Municipal de Cascais, dá, assim, continuidade ao compromisso de melhorar a resposta assistencial à população. A missão desta Instituição passar por garantir, aos seus 3,6 milhões de utentes, o acesso à prestação de cuidados de saúde de qualidade, adequando os recursos disponíveis às necessidades em saúde.

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Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo  – http://www.arslvt.min-saude.pt/

ARSLVT | Rastreio da retinopatia diabética: Consulta atempada a 9,7% de rastreados num total de 32.333 rastreios

17/08/2017

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) realizou um total de 32.333 rastreios da retinopatia diabética, no primeiro semestre de 2017, tendo encaminhado precocemente para consulta 9,7% das pessoas rastreadas.

De acordo com a ARS, este valor revela um aumento da capacidade de rastreio em relação a 2016, ano em que no total foram rastreados 46.715 diabéticos, tendo sido atempadamente encaminhados para consulta de oftalmologia 12,5% desses utentes.

Desde fevereiro de 2016 que a ARSLVT tem implementado o Rastreio da Retinopatia Diabética (RRD). Nestes dois anos foram sujeitas à iniciativa 79.048 pessoas, parte delas em parceria com a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal.

A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira evitável na população entre os 20 e os 64 anos. Segundo dados da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, pelo menos 10% dos diabéticos têm perda significativa de visão e 5,2% estão cegos, sendo que cerca de 90% destes casos podem ser evitados se for feito um bom controlo metabólico e um tratamento atempado da doença.

O rastreio da doença ao nível dos cuidados de saúde primários permite uma maior e melhor acessibilidade e equidade no acesso dos utentes a uma consulta hospitalar para realização dos tratamentos.

Pelo facto de não ser necessária referenciação hospitalar para vigilância oftalmológica e por o custo do tratamento precoce ser inferior ao custo do tratamento em fases avançadas, «o rastreio da retinopatia diabética permite que a médio e a longo prazo se reduzam os custos globais do Serviço Nacional de Saúde e que se atinjam importantes ganhos de eficiência e evidentes ganhos em saúde», conclui a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

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Concurso para 152 Assistentes Técnicos em Mobilidade da ARSLVT: Lista de Admitidos e Excluídos

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«Aviso (extrato) n.º 8923/2017

Procedimento concursal comum para preenchimento de 152 postos de trabalho para a carreira geral de assistente técnico

1 – Nos termos da alínea d) do n.º 3 do artigo 30.º da Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de janeiro, alterada pela Portaria n.º 145-A/2011, de 6 de abril, informamos os interessados que a lista de candidatos admitidos e excluídos, no âmbito do procedimento concursal comum aberto através do Aviso n.º 5551/2017, publicado no Diário da República, 2.ª série n.º 96, de 18 de maio, para o preenchimento de 152 postos de trabalho da carreira e categoria de assistente técnico do mapa de pessoal da ARSLVT, I. P., se encontra divulgada na página eletrónica da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I. P. em www.arslvt.min-saude.pt/pages/484, e ficará também afixada nos serviços centrais das instalações da ARSLVT, I. P., na Av. dos Estados Unidos da América n.º 75, em Lisboa.

2 – Nos termos do artigo 30.º da Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de janeiro, alterada pela Portaria n.º 145-A/2011, de 6 de abril, e para efeitos de audiência de interessados os candidatos excluídos dispõem do prazo de 10 dias úteis para alegarem o que entenderem por conveniente, de acordo com o estabelecido nos artigos 121.º e 122.º do Código do Procedimento Administrativo.

3 – A data, hora e local da realização da Prova de Conhecimentos, serão divulgados oportunamente nos termos definidos no artigo 30.º da Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de janeiro, alterada pela Portaria n.º 145-A/2011, de 6 de abril.

28 de julho de 2017. – O Vogal do Conselho Diretivo, Nuno Ribeiro de Matos Venade.»


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Investimento nos Cuidados de Saúde Primários 2015-2019 – ARSLVT

O reforço da prestação integrada de cuidados de saúde aos cidadãos é uma prioridade da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT). Tendo como objetivo primordial aprofundar o trabalho de qualidade nas unidades de saúde, a ARSLVT encontra-se a concretizar um vasto conjunto de investimentos em instalações e outros projetos que já estão no terreno e que, na sua maioria, ficarão concluídos até 2019.

  • Investimento global: novos centros de saúde e parque informático

A aposta da ARSLVT na renovação e requalificação total das instalações dos cuidados de saúde primários (CSP) na região, num esforço concertado com os municípios e com recurso a fundos comunitários, vai permitir a abertura, até 2019, de 53 novos centros de saúde e a renovação ou remodelação de cerca de 30 unidades, que se juntam às já 40 intervencionadas em 2016.

Uma parte deste investimento é feita em conjunto com as autarquias e com financiamento de fundos comunitários. Esta iniciativa vai melhorar as condições de trabalho para os profissionais de saúde e proporcionar cuidados de qualidade aos cidadãos dos concelhos de Lisboa, Oeiras, Cascais, Amadora, Sintra, Loures, Odivelas, Benavente, Vila Franca de Xira, Seixal, Moita, Palmela, Sesimbra, Setúbal, Caldas da Rainha, Nazaré, Alcobaça, Peniche, Cadaval, Mafra, Torres Vedras, Abrantes, Ourém, Torres Novas e Chamusca. Em particular, a colaboração com os municípios de Lisboa, Sintra e Cascais permitirá a eliminação, até 2019, de praticamente todas as instalações que funcionam atualmente em edifícios de habitação nestes concelhos.

Para garantir mais conforto nos espaços de saúde, a ARSLVT vai renovar os sistemas de climatização das unidades que apresentam maiores carências.

Com o objetivo de agilizar a prestação de cuidados, todo o parque informático está a ser renovado com a instalação de mais de 6.000 computadores e dezenas de quiosques de atendimento informatizado. O investimento em hardware mais do que triplicou entre 2015 e 2017.

Este trabalho de requalificação e modernização das unidades de saúde vai proporcionar melhores cuidados de saúde a mais de 1,4 milhões de pessoas desta região de saúde e melhores condições de trabalho aos mais de 8.500 trabalhadores da ARSLVT, num investimento global de cerca de 64 milhões de euros.

Na área dos cuidados domiciliários, uma candidatura bem-sucedida a Fundos Comunitários da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo permitiu dotar o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo com 11 novas viaturas elétricas, o que ajuda a garantir cuidados de proximidade às populações mais vulneráveis, ao mesmo tempo que se dá resposta a preocupações de uma mobilidade ambientalmente sustentável. Outras candidaturas aprovadas permitem que a ARSLVT disponha de uma nova unidade de radiorrastreio e de três novas unidades móveis de saúde para os ACES do Estuário do Tejo, do Oeste Norte e do Oeste Sul.

  • Mais utentes com médico de família e novas USF

Desde dezembro de 2015, a ARSLVT conseguiu atribuir médico de família a mais 93.828 utentes, o que corresponde a um aumento de 3,2%. A atual taxa de cobertura subiu para 81,5% e a expectativa é a de que possa aumentar ainda mais durante o segundo semestre deste ano, já que a ARSLVT disporá de 218 vagas para colocação de médicos recém-especialistas de Medicina Geral e Familiar na 1.ª época do concurso de 2017. Estas vagas, a serem preenchidas, permitirão a atribuição de médico de família a mais de 380 mil utentes.

A ARSLVT tem atualmente um total de 149 unidades de saúde familiar (USF), mais 13 do que em 2015 e, até ao final de 2017, prevê-se a instalação de mais dez USF.

A intervenção comunitária junto das populações mais vulneráveis e com mais dificuldades de acesso aos cuidados de saúde tem sido uma prioridade para a ARSLVT, que conta no presente ano com 13 unidades móveis de saúde que prestam serviços de carácter preventivo, designadamente educação para a saúde, com disponibilização de informação e distribuição de material preventivo, vacinação, aplicação de testes rápidos para deteção da infeção por VIH/SIDA. Estas unidades são também utilizadas para a prestação de cuidados domiciliários.

  • Programas de promoção da saúde e prevenção da doença

Rastreios

A ARSLVT iniciou no dia 20 de julho os programas de rastreios de base populacional do cancro do colo do útero (CCU) e do cancro do cólon e reto (CCR). A deteção precoce de alterações no colo do útero e no cólon e reto permite reduzir a morbilidade e a mortalidade associadas a três tipos de cancro.

Estes programas de rastreio, que serão operacionalizados por fases, estarão em pleno em toda a região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo no final de 2018. No total, ficarão abrangidos todos os 15 ACES da ARSLVT. A população-alvo abrangida pelos rastreios na região é de aproximadamente 2 milhões de pessoas (para CCU – 940.000 mulheres; para CCR – 1.000.000 homens e mulheres). O investimento nestes programas ascende a, aproximadamente, 6 milhões de euros no primeiro ano.

A ARSLVT tem também implementado, desde fevereiro de 2016, o rastreio da retinopatia diabética (RRD). Esta doença é a principal causa de cegueira evitável na população entre os 20 e os 64 anos. Em 2016, foram rastreados 46.715 diabéticos, tendo sido atempadamente encaminhados para consulta de oftalmologia 12,5% desses utentes. Em 2017, já com toda a região coberta, foram realizados, até ao final do primeiro semestre, 32.333 rastreios e referenciados para consulta 9,7% dos rastreados. Nestes dois anos foram sujeitas a RRD 79.048 pessoas.

Saúde Oral

Para reforçar a resposta na área da saúde oral junto das populações mais vulneráveis, a ARSLVT tem, desde setembro de 2016, o projeto-piloto de integração de médicos dentistas nos cuidados de saúde primários. Portadores de diabetes, neoplasias, patologia cardíaca ou respiratória crónica, insuficiência renal em hemodiálise ou diálise peritoneal e os transplantados, inscritos nos ACES, são os principais destinatários deste programa.

No âmbito do Programa de Saúde Oral, a ARSLVT conta atualmente com 94 profissionais ligados a esta área, nomeadamente 20 médicos dentistas e 65 técnicos de diagnóstico e terapêutica de higiene oral.

Telesaúde

A consulta de Telerrastreio Dermatológico começou em 2016 e já está implementada em 11 ACES da ARSLVT: Médio Tejo, Lezíria, Oeste Sul, Almada Seixal, Arrábida, Arco Ribeirinho, Oeste Norte, Lisboa Central, Lisboa Norte, Lisboa Ocidental e Oeiras e Loures Odivelas. Prevê-se uma cobertura da região a 100% até ao final do corrente ano.

O ACES Oeste Norte e o Centro Hospitalar Lisboa Norte começaram em julho de 2017 um projeto de teleconsulta de Nefrologia.

Há, ainda, um outro projeto-piloto em curso no Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, desde novembro de 2016, no âmbito da insuficiência cardíaca crónica e do status pós enfarte agudo do miocárdio.

A ARSLVT dá continuidade, assim, ao compromisso de melhorar a resposta assistencial aos seus 3,6 milhões de utentes. A missão desta instituição do Ministério da Saúde passa por garantir, à população da região de Lisboa e Vale do Tejo, o acesso à prestação de cuidados de saúde de qualidade, adequando os recursos disponíveis às necessidades em saúde.

Banco de Leite Humano: Projeto da ARSLVT visa aumentar a oferta e o número de dadoras

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) é a única no país com um Banco de Leite Humano, em funcionamento na Maternidade Alfredo da Costa (MAC).

Com o objetivo de promover o aleitamento materno e aumentar o número de dadoras deste banco, a Presidente do Conselho Diretivo da ARSLVT, Rosa Valente de Matos, assinou um protocolo de cooperação com a Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), Ana Escoval, que pretende fomentar a relação entre este centro hospitalar e o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lisboa Ocidental e Oeiras.

Este acordo específico da ARSLVT com o ACES Lisboa Ocidental e Oeiras e o CHLC vai permitir aumentar a oferta de leite humano pasteurizado na nutrição de recém-nascidos muito prematuros na MAC, podendo este leite ser fornecido, mediante pedido e protocolos previamente assinados entre as respetivas instituições, a outras unidades de cuidados intensivos neonatais da área da grande Lisboa. Este ACES foi o primeiro e até agora único ACES em Portugal a receber a certificação como “Unidade de Saúde Amiga dos Bebés” pela UNICEF.

Na mesma sessão, a Missão Continente premiou um dos projetos do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras, também relacionado com o aleitamento materno. O projeto “Promoção e Apoio do Aleitamento Materno num ACES Amigo dos Bebés” recebeu um dos prémios da Missão Continente, no valor de 36.863 euros. Esta verba será aplicada em equipamentos e material médico e de enfermagem, mobiliário, equipamento informático e audiovisual, material didático, obras e formação.

A ideia é formar os profissionais de saúde deste ACES nesta área de prestação de cuidados a grávidas, mães e bebés. Um dos objetivos é contar com um cantinho de amamentação em todas as unidades assistenciais, dar informação às grávidas e casais sobre a vantagem do aleitamento materno, prevenção de dificuldades e momentos em que pode ser necessário apoio. Com isto pretende-se também formar um grupo de mães para que sejam dadoras para o Banco de Leite Humano da MAC.

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Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo – Notícias

Centro Hospitalar Lisboa Central  – Banco de Leite Humano

Nomeação dos membros da Equipa Coordenadora Regional da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental da ARSLVT

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«Deliberação (extrato) n.º 681/2017

Ao abrigo do disposto nos n.os 2 e 3 do artigo 3.º da Portaria n.º 149/2011, de 8 de abril, alterada pela Portaria n.º 68/2017, de 18 de fevereiro, por deliberação do Conselho Diretivo da ARSLVT, I. P. de 10 de março de 2017 foram designados, com efeitos à mesma data, os seguintes profissionais como membros da Equipa Coordenadora Regional da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental:

1) Dr.ª Maria Teresa Pinto Esteves Maia Correia, psiquiatra e coordenadora regional de Saúde Mental da ARSLVT, I. P.;

2) Dr.ª Patrícia Sofia Fonseca Plácido, técnica superior de serviço social, atualmente em funções no serviço de psiquiatria do Centro Hospital Lisboa Norte e membro do gabinete de apoio de Saúde Mental da ARSLVT, I. P.;

3) Enfº António Jorge Soares Antunes Nabais, enfermeiro do serviço de psiquiatria da infância e da adolescência do Centro Hospitalar de Lisboa Central e membro do gabinete de apoio de Saúde Mental da ARSLVT, I. P.;

4) Dr. José Pereira Carreira, psiquiatra da infância e da adolescência do Centro Hospitalar de Lisboa Central e membro do gabinete de apoio de Saúde Mental da ARSLVT, I. P.;

5) Enf.ª Sofia Alexandre de Andrade Rio Tinto, enfermeira do serviço de psiquiatria do Hospital Fernando da Fonseca.

29 de maio de 2017. – O Vogal do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I. P. Nuno Ribeiro de Matos Venade.»


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ARSLVT | Rastreio do cancro: Lisboa e Vale do Tejo vai rastrear dois milhões de utentes

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) vai lançar um projeto-piloto de rastreio que envolverá 15 agrupamentos de centros de saúde e cinco hospitais.

Dois milhões de utentes de Lisboa e Vale do Tejo serão rastreados aos cancros do colo do útero e do cólon e reto através do programa de rastreio, que arranca no dia 20 de julho, numa primeira fase com quatro unidades de saúde da península de Setúbal.

Até ao dia 4 de setembro, os utentes desta região deverão ser rastreados a estes tipos de cancro e o objetivo é que, até final de 2018, os dois milhões de pessoas que compõem a população alvo abrangida pelos rastreios já tenha feito o exame: 940 mil mulheres para o cancro do colo do útero e um milhão de homens e mulheres para o cancro do cólon e reto.

Na prática, os utentes irão receber uma carta do seu centro de saúde a comunicar a data do rastreio.

No caso do cancro do colo do útero, as mulheres irão realizar, no centro de saúde, uma colheita para análise à presença do Vírus do Papiloma Humano (VPH), a qual seguirá depois para o laboratório do hospital de referência para o programa. A utente irá, depois, receber uma carta com o resultado que, se for positivo, contará com uma marcação para uma colposcopia (biópsia ao colo uterino).

Para o rastreio ao cancro do cólon e reto, o utente será convocado da mesma forma e terá de obter no centro de saúde um kit para recolha das fezes, devendo entregar a amostra, depois, no mesmo local.

As análises serão realizadas num laboratório hospitalar e os casos suspeitos deverão realizar uma colonoscopia no prazo de 30 dias, no respetivo hospital.

Deverão fazer o rastreio todas as mulheres com idades entre os 30 e os 65 anos, de cinco em cinco anos.

O rastreio ao cancro do cólon e reto deverá ser feito por todas as pessoas sem esta patologia, com idades entre os 50 e os 74 anos, de dois em dois anos.

No final da cerimónia de assinatura dos protocolos que viabilizarão o programa, a Presidente da ARSLVT, Rosa Valente de Matos, referiu à Lusa que os hospitais têm capacidade para realizar os exames e que os centros de saúde estão devidamente preparados para os rastreios.

Segundo Rosa Valente de Matos, estes dois cancros foram escolhidos para o programa de rastreio por causa da sua incidência. Na região de Lisboa e Vale do Tejo são anualmente detetados cerca de 400 novos casos de cancro do colo do útero e 2.700 novos casos de cancro do cólon e reto.

Para Eunice Carrapiço, coordenadora clínica do programa de rastreios, o objetivo é, dentro de 10 a 15 anos, atingir o valor zero da mortalidade por cancro do colo do útero, o qual já está em fase descendente e conta com uma vacina contra uma das suas principais causas, o VPH.

No cancro do cólon e reto, cuja mortalidade ainda está em fase ascendente, o objetivo será estabilizar esta fase até 2022 e, até 2031, diminuir para 50 o número de mortos antes dos 70 anos.

O programa terá um custo de seis milhões de euros no primeiro ano.

Neste programa estão envolvidos 15 ACES: Almada-Seixal, Arco-Ribeirinho, Arrábida, Oeste Norte, Oeste Sul, Lezíria, Médio Tejo, Estuário do Tejo, Lisboa Norte, Lisboa Ocidental e Oeiras, Lisboa Central, Sintra, Amadora, Loures-Odivelas e Cascais.

Fazem igualmente parte do programa o Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN), o Hospital Garcia de Orta, o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, o Instituto Português de Oncologia de Lisboa e o Centro Hospitalar de Setúbal.

Fonte: Lusa

 

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