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Rótulos alimentares: Simplificação de rótulos facilita escolha dos consumidores

09/11/2017

O Diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), Pedro Graça, afirma que é necessário simplificar os rótulos dos alimentos para aumentar o acesso das pessoas com menor literacia a uma alimentação equilibrada.

Pedro Graça considera que «essa simplificação dará uma autonomia e uma capacidade de escolha muito elevadas ao cidadão que faz dezenas de escolhas no supermercado, no espaço de uma ou duas horas, e que não tem tempo para ler nem para compreender os rótulos».

Nas Jornadas da Comissão de Ética da Universidade do Porto, subordinadas ao tema «Bioética, Consumo e Políticas Alimentares», o responsável apresentou dados relativos à dificuldade da população em ler e compreender a informação nutricional contida nos rótulos alimentares, situação mais evidente nas pessoas com menor literacia. «Temos um ambiente em que os produtos saudáveis estão misturados com os não saudáveis e onde a escolha pelo saudável ou é mais cara ou mais difícil», sendo necessário à população ter «muitos conhecimentos» para perceber a diferença.

Em declarações à agência Lusa, o Diretor do PNPAS defendeu que é preciso continuar a fazer educação «cada vez com mais qualidade», para contornar essa situação, e criar, em paralelo, «ambientes onde as pessoas com poucos conhecimentos tenham à sua disposição produtos maioritariamente saudáveis».

«Se olharmos para a prevalência da hipertensão na população adulta ocidental, nomeadamente por diferentes níveis de escolaridade, observamos que naquelas que frequentaram o Ensino Superior esta ronda os 25 %, enquanto na população menos escolarizada ou sem qualquer escolaridade sobe para os 45 %», referiu. Pedro Graça aludiu ainda à obesidade (presente em 11 % da população adulta masculina), à hipertensão e à diabetes, que atingem 20 % e 8 % da população geral, respetivamente.

Fonte: Lusa

Assembleia da República Recomenda ao Governo que promova a divulgação dos dados referentes à qualidade da água junto dos consumidores de uma forma simples e eficaz


«Resolução da Assembleia da República n.º 234/2017

Recomenda ao Governo que promova a divulgação dos dados referentes à qualidade da água junto dos consumidores de uma forma simples e eficaz

A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo que:

1 – Encarregue a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) de elaborar um modelo de documento, claro e simples, com toda a informação relativa à qualidade da água, a remeter anualmente aos consumidores, de preferência durante o mês de janeiro, juntamente com a fatura da água do mês correspondente.

2 – Solicite a cada entidade gestora a colaboração para a prestação da informação aos consumidores sobre a qualidade da água do seu concelho ou região.

Aprovada em 20 de setembro de 2017.

O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.»

Rótulos dos alimentos: Quatro em cada dez consumidores não compreendem informação

17/10/2017

Um estudo encomendado pela Direção-geral da Saúde (DGS) revela que cerca de 40 % dos consumidores portugueses não compreendem a informação nutricional básica contida nos rótulos dos alimentos, segundo um estudo encomendado pela Direção-geral da Saúde (DGS).

O estudo, divulgado no Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro, é do Instituto Português de Administração de Marketing e foi realizado a pedido da DGS, com validação da Organização Mundial da Saúde, com base numa amostra de 1.127 consumidores.

Mais de metade da população inquirida refere que consulta os rótulos dos alimentos no momento da compra e fá-lo sobretudo para conhecer o prazo de validade, as instruções de uso e também recolher alguma informação sobre os nutrientes.

O estudo, que contou com o contributo da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, procurou conhecer com mais detalhe o nível de compreensão dos rótulos por parte da população, não se baseando apenas na perceção de autoconhecimento dos consumidores, mas organizando grupos focais para uma compreensão objetiva.

Nessa análise, verificou que 40 % dos inquiridos não compreendiam realmente a informação nutricional básica que pode permitir fazer escolhas mais saudáveis.

O estudo conclui também que há uma relação «estatisticamente significativa» entre as habilitações escolares e o conhecimento objetivo dos rótulos, sendo esse conhecimento mais elevado quando os consumidores têm qualificações superiores. Uma das barreiras identificadas tem a ver com os baixos níveis de literacia da população portuguesa, que antecipam «dificuldade de compreensão da informação nutricional», refere o estudo.

Os consumidores revelam falta de conhecimento sobre matérias como os limites diários máximos recomendados de sal e açúcar, que são atualmente de cinco gramas e 50 gramas, respetivamente, para um adulto.

O diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da DGS, Pedro Graça, considera que a análise veio validar a necessidade de mudar a forma de apresentar os rótulos para sistemas visualmente apelativos e que «não impliquem cálculos e recálculos por parte dos cidadãos». Ou seja, um sistema que permita uma rápida descodificação dos rótulos dos alimentos para «facilitar tomadas de decisão» por parte dos consumidores.

A DGS lançou recentemente online uma proposta de descodificar de rótulos que usa um sistema dividido em três cores: vermelho, amarelo e verde. A ideia é que os consumidores optem maioritariamente por alimentos e bebidas com nutrientes da categoria verde e evitem os da categoria vermelha. As cores são distribuídas de acordo com os teores de gordura, açúcares e sal.

«É preciso adotar um sistema que funcione como descodificar de rótulos. O ideal é que um país chegue a um consenso sobre um determinado modelo para que as empresas depois o adotem. O modelo deve ser sempre o mesmo e uniforme». Hoje em dia, é necessário «fazer muitas escolhas de alimentos num curto espaço de tempo», o que torna a leitura dos rótulos «mais importante para tomar melhores decisões», salienta Pedro Graça.

Fonte: LUSA