Livro: A Matilde Está Careca

19/07/2017

Dar força às crianças com cancro e explicar às outras o que é a doença é o objetivo do livro infantil “A Matilde está Careca”, já à venda mas que é hoje apresentado formalmente, junto de meninos doentes.

Escrito por ex-alunos da Faculdade de Medicina de Lisboa, e ilustrado por José Maria Souto de Moura, o livro foi apresentado no Instituto Português de Oncologia (IPO), em Lisboa, junto de crianças internadas, que tiveram o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, a ler-lhes partes da obra.

“A Matilde está Careca” marca “um momento de transição entre um passado mais sombrio e um presente em que, graças à evolução científica e acessibilidade aos cuidados de saúde, as histórias como a da Matilde tem cada vez mais um finais felizes”, diz Fernando Araújo no prefácio.

A história é a de um menino que arranja uma amiga nova quando chega à escola e que a vê desaparecer depois no inverno, descobrindo que ela tem uma doença chamada cancro. Nele narra-se as visitas desse menino à amiga, no IPO, de onde ela sai depois de curada.

A obra apoia a Operação Nariz Vermelho (25% das vendas), uma Instituição Particular de Solidariedade Social que intervém junto dos serviços pediátricos dos hospitais através da visita de palhaços profissionais com formação especializada no meio hospitalar.

É coordenada por Francisco Goiana da Silva, líder dos “Global Shapers de Lisboa” (comunidade de jovens talentosos que querem contribuir para solução de problemas em várias áreas) e textos de Catarina Reis de Carvalho, David Cordeiro de Sousa, Márcio Afonso Mestre e Margarida Vargas Castanho.

E é um livro, como escreve o neuropediatra Nuno Lobo Antunes, “de coração aberto, por onde espreita o amor que ajuda a vencer a pior das doenças”.

Vacinação abaixo da meta da OMS: Uma em cada dez crianças no mundo não foi vacinada em 2016

19/07/2017

Uma em cada dez crianças no mundo não recebeu qualquer vacina em 2016 e arrisca-se a contrair doenças como a difteria, tétano ou tosse convulsa, segundo estimativas hoje divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com os dados disponibilizados pela OMS, serão 12,9 milhões as crianças que em todo o mundo não receberam qualquer vacina em 2016, o que significa que falharam pelo menos a primeira dose da vacina contra a difteria, tétano e tosse convulsa (DTP), que em Portugal está integrada no Programa Nacional de Vacinação (PNV).

Adicionalmente, estima-se que outros 6,6 milhões de crianças que receberam a primeira dose da vacina tríplice conhecida por DTP não tenham concluído as doses necessárias para a imunização completa.

Em Portugal esta vacina é administrada gratuitamente aos dois meses, aos quatro meses, aos seis meses, aos 18 meses e aos cinco anos.

A OMS, que realizou as atuais estimativas a par com a UNICEF, sublinha que desde 2010 a percentagem de crianças com as vacinações de rotina completas estabilizou nos 86%, sem alterações significativas em quaisquer países ou regiões.

Este valor está abaixo da meta de 90% de vacinados fixada pelas Nações Unidas.

“A maior parte das crianças que não está vacinada é a que escapa aos sistemas de saúde. Estas crianças provavelmente não receberam nenhum serviço básico de saúde”, afirma o diretor de imunização da OMS, Jean-Marie Okwo-Bele, numa declaração escrita no ‘site’ da instituição.

De acordo com a OMS, a vacinação previne atualmente entre dois a três milhões de mortes por ano, entre doenças como a difteria, o tétano ou o sarampo.

Os novos dados relativos a 2016 mostram que 130 dos 194 países que pertencem à OMS alcançaram ou superaram os 90% de cobertura total da vacina da difteria, tétano e tosse convulsa.

Mas pelo menos mais dez milhões de crianças carecem da vacina em 64 países, se todos quiserem atingir os 90% definidos no Plano de Ação Global de Vacinação.

Desses dez milhões há mais de sete milhões de crianças que vivem em condições humanitárias frágeis, incluindo países afetados por conflitos. Aliás, quatro milhões dessas crianças não vacinadas pertencem a apenas três países: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.

No ano passado, a OMS e a UNICEF registaram oito países com uma taxa de cobertura vacinal inferior a 50%: República Centro-Africana, Guiné Equatorial, Nigéria, Somália, Sudão do Sul, Síria, Chade e Ucrânia.

Em relação ao sarampo, doença que este ano teve um ressurgimento em vários países europeus, as atuais estimativas apontam para uma taxa de vacinação global de 85% na primeira dose, mas que baixa para os 64% no que se refere à segunda dose da imunização.

Para saber mais, consulte:

  • Organização Mundial da Saúde > Notícia (em inglês)

Orientação DGS: Tempo de exercício de atividade nos Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens em Risco, nos Núcleos Hospitalares de Apoio a Crianças e Jovens em Risco e nas Equipas de Prevenção da Violência em Adultos

Orientação nº 012/2017 de 13/07/2017

Orientação dirigida aos Conselhos de Administração dos Hospitais e ULS, Direções Executivas dos ACES e Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens em Risco, Núcleos Hospitalares de Apoio a Crianças e Jovens em Risco e Equipas de Prevenção da Violência em Adultos.

Tempo de exercício de atividade nos Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens em Risco, nos Núcleos Hospitalares de Apoio a Crianças e Jovens em Risco e nas Equipas de Prevenção da Violência em Adultos

Discussão Pública da Norma DGS: Abordagem Diagnóstica e Critérios de Referenciação de Cancro em Idade Pediátrica

Norma nº 014/2017 de 13/07/2017
Norma dirigida aos Médicos do Sistema de Saúde

Abordagem Diagnóstica e Critérios de Referenciação de Cancro em Idade Pediátrica