Dia Mundial da Saúde Mental – 10 de Outubro – Conjunto de Ações de Sensibilização e Informação – DGS

Dia Mundial da Saúde Mental - 10 de outubro

Para comemorar o Dia Mundial da Saúde Mental 2016, em 10 de outubro, o Programa Nacional para a Saúde Mental da Direção-Geral de Saúde tem previsto a realização de um conjunto de ações de sensibilização e informação alusivas ao momento comemorativo.

Sob o lema “Dignidade na Saúde Mental: Primeiros Apoios de Saúde Mental e Psicológica para Todos”, tema proposto pela Federação Mundial de Saúde Mental (World Federation for Mental Health) para o corrente ano, pretende-se dar a conhecer ao público em geral e não apenas às instituições prestadoras de cuidados e serviços de saúde mental públicos, privados e do sector social, o trabalho realizado pelo Programa Nacional em parcerias externas à saúde, em torno de múltiplos eixos estratégicos que concorrem para a persecução do lema da Federação.

As ações irão decorrer durante o mês de Outubro , em diferentes locais do país sob várias temáticas:

1) no âmbito da promoção da saúde mental e combate ao estigma,  duas atividades: uma o Festival Internacional de Cinema e Saúde Mental (FICSAM), de 7 a 10 em Faro, com a apresentação de filmes e sessões de esclarecimento e debate preconizadas pelos agentes locais da rede social; outro a 11 de Outubro – o Encontro de Saúde Mental de Sintra, no Centro Olga Cadaval, de iniciativa da Câmara Municipal;

2) no âmbito da Semana da Saúde Mental, promovido pela Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), o IV Encontro de Saúde Mental do Baixo Alentejo que decorrerá em Beja de 10 a 14 de Outubro;

3) no contexto dos Serviços Locais de Saúde Mental, a realização do Encontro “Cascais: Que cuidados em Saúde Mental” a acontecer a 20 de outubro, a que se juntam outros diversificados territorialmente, por iniciativa dos respetivos responsáveis: Viana do Castelo, Porto, Guimarães, Vila Nova de Gaia, Tomar , Beja e Lisboa.
As temáticas em debate darão continuidade a uma estratégia de proximidade local que tem sido desenvolvida desde o início da vigência do Plano Nacional da Saúde Mental, em 2008,. Pela descentralização de iniciativas pelas diferentes regiões de saúde.

10 Boas Práticas Para Proteger o Meio Ambiente Através da Alimentação – DGS / FAO

clima

A FAO, através do Dia Mundial da Alimentação (16 de outubro) celebra este ano, a alimentação como forma de preservar o meio ambiente. Se a alimentação é o principal determinante da nossa saúde e a produção alimentar a atividade humana que mais influencia a saúde do planeta, porque razão lhe damos tão pouca importância no nosso dia a dia? O PNPAS junta-se à FAO e assinala esta efeméride, publicando:

10 BOAS PRÁTICAS PARA PROTEGER O MEIO AMBIENTE ATRAVÉS DA ALIMENTAÇÃO

1- Não desperdice água. Estima-se que todo o processo produtivo (water footprint) para se obter um litro de refrigerante engarrafado possa necessitar de até 300 litros de água. Se tiver sede beba água.

2- Diversifique a sua dieta e substitua refeições de carne ou peixe por leguminosas (feijão, lentilhas, grãos…) e “cereais” (arroz, massa, milho, pão). Uma pequena refeição com carne ou peixe por dia é mais do que suficiente para um adulto ter uma alimentação nutricionalmente adequada, para além de serem desperdiçados mais recursos naturais em todo o processo de produção da carne.

3- Evite a contaminação dos solos. Guarde os óleos de fritura e verifique se na sua autarquia já existem contentores apropriados. Separe o lixo. Por exemplo, as latas de peixe no ecoponto amarelo, o mesmo se passando com as embalagens de leite tetra pack no contentor azul.

4- Sempre que possível compre fresco e em modos de produção como o biológico. O modo de produção biológico já oferece, em alguns casos, produtos a preços quase semelhantes à produção convencional. E quanto mais se comprar maior será a redução de preços.

5- Se possível, compre fresco e cozinhe no mesmo dia. E faça para que este gesto se repita ao longo do mês. Menos embalagem, menos frio, mais sabor, maior relação com a comunidade, maior proximidade com a natureza. E menos poluição.

6- Reduza o plástico nas embalagens, nos recipientes para guardar alimentos em casa ou nos sacos com os quais vai fazer compras. Para além da proteção ambiental, reduz o contato com eventuais disruptores endócrinos.

7- Planeie cuidadosamente as compras e não compre mais do que o que necessita. Um terço dos alimentos produzidos em todo o mundo são deitados fora. Aprenda a utilizar as sobras das refeições para novos pratos com os devidos cuidados.

8- A fruta é muitas vezes deitada fora apenas por não preencher alguns requisitos de beleza, mas na verdade tem um sabor idêntico, senão melhor. Escolha fruta menos bonita mas igualmente saborosa. Procure diferentes variedades.

9- Compre perto de casa e escolha produções e produtores locais, sempre que possível. Saiba quem lhe vende e de onde vem a sua comida. Quanto menos os alimentos viajam menos poluem. Quando compramos “local” existem maiores probabilidades de estarmos a apoiar o emprego local e a nossa comunidade.

10- Não seja um consumidor passivo mas sim um cidadão comprometido com a escolhas alimentares que ajudem a deixar este planeta habitável para os nossos descendentes. Partilhe estas experiências (e este texto) com a família e amigos.

Doenças Raras: Conheça a Doença de Gaucher – Dia Mundial da Doença de Gaucher a 1 de Outubro

Data é assinalada, pela primeira vez em Portugal, a 1 de outubro.

O Dia Mundial da Doença de Gaucher, 1 de outubro, assinala-se este ano pela primeira vez em Portugal com o objetivo de chamar a atenção para esta doença rara, genética e que afeta pelo menos 140 portugueses.

A Raríssimas – Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras antecipa a data, e comemora a efeméride, no dia 30 de setembro, com uma cerimónia a decorrer na Casa dos Marcos (Moita), a partir das 14 horas.

A Raríssima associa-se também à campanha internacional “Spotlight on Gaucher” com o apoio da European Gaucher Association, onde se pretende que cada pessoa que queira apoiar esta causa e construir uma cadeia “tire uma fotografia com os braços esticados para baixo e as mãos dadas a alguém que seja importante para ti e depois coloca nas redes sociais Facebook, Twitter com o hashtag #Together4Gaucher.

Sobre a doença  

De acordo com a Raríssimas, a doença de Gaucher é uma doença rara, genética que pode ser hereditária. Existem poucos casos confirmados em Portugal, pelo menos 140, mas suspeita-se que existam doentes que ainda não estão diagnosticados. O tratamento existe e consiste na substituição enzimática, ou seja, “dar ao corpo aquilo que não consegue produzir”.

As manifestações clínicas da doença de Gaucher apresentam-se ao nível hematológico e visceral bem como ao nível esquelético, podendo ocorrer em qualquer idade. Existem três tipos principais.

  • O tipo 1: é o único que não tem alterações neurológicas;
  • O tipo 2: tem uma forma neuropática aguda grave que surge na criança;
  • O tipo 3: com uma forma neuropática crónica. É uma doença inflamatória crónica e multissistémica e o estudo genético das pessoas com esta patologia tem especial importância para o rastreio logo à nascença com o teste do pezinho e aconselhamento genético das famílias.
Para saber mais, consulte:
Visite:

Dia Mundial da Criança e Alimentação Saudável: Vídeo e Receita “Húmus (com Palitos de Vegetais)” – DGS

Dia Mundial da Criança e Alimentação Saudável

Aproveitando a celebração do Dia Mundial da Criança e do Ano Internacional das Leguminosas, o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde lançou online a receita “Húmus (com palitos de vegetais)”, a terceira de um conjunto de curtos vídeos com receitas saudáveis, simples e práticas que tem vindo a partilhar.

Mais informações no blogue Nutrimento do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável.

Lançamos hoje a terceira receita “Húmus (com palitos de vegetais)”, que faz parte de um conjunto de curtos vídeos com receitas saudáveis, simples e práticas que temos vindo a partilhar.

Aproveitando a celebração do Ano Internacional das Leguminosas e o Dia Mundial da Criança, que se comemora a 1 de junho, convidamo-lo a juntar as crianças e experimentar esta receita à base de grão-de-bico, muito fácil de fazer!

Ingredientes:

100g de grão-de-bico cozido
10 ml de água de cozer o grão-de-bico*
15 g de azeite virgem extra
Sal q.b.
Pimenta q.b.
Açafrão q.b.
Pimentão doce q.b.
Cominhos q.b.
* apenas no caso de utilizar grão-de-bico demolhado e cozido sem sal. Caso utilize grão-de-bico de lata ou de frasco, substitua este ingrediente por água.

Modo de preparação: 

Coloque todos os ingredientes num processador e triture até obter uma pasta cremosa.

Sugestão: Acompanhe com palitos de vegetais (cenoura, pepino, pimento, aipo, etc.).

Dia Mundial Sem Tabaco a 31 de Maio – Brochura e Cartazes da Campanha – OMS / DGS

Dia Mundial sem Tabaco - 31 de maio

A Organização Mundial de Saúde convida todos os países a prepararem-se para a implementação da embalagem dos produtos do tabaco normalizada.

A embalagem normalizada é uma medida importante para a redução da procura, porque diminui a atratividade dos produtos do tabaco, reduz a utilização das embalagens como suportes de publicidade e promoção do consumo, limita a informação enganosa e aumenta a eficácia das advertências de saúde.

Pretende-se com esta medida restringir ou proibir a utilização, nas embalagens de tabaco, de logotipos, cores, imagens, expressões ou outra informação promocional. A embalagem normalizada deve respeitar dimensões mínimas, uma cor e um tipo de letra pré-definidos, mantendo, contudo, o nome da marca e do produto.

A utilização da embalagem normalizada de tabaco é uma das medidas recomendadas pelas linhas diretrizes para aplicação dos artigos 11.º e 13.º da Convenção Quadro da OMS para o Controlo do Tabaco, relativos às questões da embalagem e rotulagem e à proibição da publicidade ao tabaco:

Esta iniciativa está em vigor na Austrália desde 1 de dezembro de 2012. Na União Europeia, a França e o Reino Unido foram os primeiros países a adotar esta medida, que entrou em vigor no passado dia 20 de maio. A Irlanda, a Hungria e a Eslovénia estão numa fase avançada de aprovação desta medida. Outros países, como a Finlândia, a Noruega ou a Suécia estão a considerar também a sua adoção.

A indústria do tabaco tem contestado esta medida com processos em tribunal contra os governos que a aprovaram, alguns ainda a decorrer. Contudo, até hoje, as decisões têm sido favoráveis à Saúde Pública.
Os Objetivos do Dia Mundial Sem Tabaco 2016, definidos pela OMS, são os seguintes:

  • Destacar o papel da embalagem normalizada como parte de uma abordagem abrangente para o controlo do tabaco;
  • Facilitar o desenvolvimento, pelos Estados-Membros, de políticas que permitam a implementação mundial da embalagem de tabaco normalizada, através da divulgação de informação significativa, convincente e persuasiva sobre os benefícios desta medida para a saúde pública;
  • Incentivar os Estados-Membros a reforçar as restrições relativas à rotulagem e embalagem, designadamente no que respeita à publicidade, promoção e patrocínio dos produtos do tabaco, à medida que avançam no sentido da adoção da embalagem de tabaco normalizada;
  • Apoiar os Estados-Membros e a sociedade civil no seu esforço contra a ingerência da indústria do tabaco nos processos políticos relativos à adoção de leis que aprovem a embalagem de tabaco normalizada.

Texto adaptado de: WHO, World no Tobacco Day 2016: Get ready for plain packaging.

Saiba mais em:

Relatório “Workplace Stress – a Collective Challenge” da International Labour Organization – Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho

Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho – 28 de abril

Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho - 28 de abril

Comemora-se hoje o Dia Mundial da Saúde e Segurança do Trabalho sobre o tema o “Stress no trabalho: um desafio coletivo”, visando chamar a atenção para os inúmeros fatores de risco profissionais de natureza psicossocial e organizacional a que cada vez mais trabalhadores se encontram expostos face às exigências da vida de trabalho e às significativas mudanças laborais, estas últimas intimamente ligadas à natureza, organização, conteúdo e gestão do trabalho.

Aspetos como o aumento da carga e ritmo de trabalho, das horas e exigências de trabalho, associados à baixa realização profissional, ao trabalho precário (e ao medo de perda de emprego), às demissões em massa, à menor estabilidade financeira e à impossibilidade de manter uma adequada relação trabalho-família, têm conduzido a ambientes de trabalho “stressantes” e pouco saudáveis com graves consequências para a saúde e bem-estar dos trabalhadores, que conduzem a um estado de exaustão física, emocional e mental.

Desta forma, o stress, a violência, o assédio, o mobbing em contexto de trabalho são, entre outros, um emergente desafio para os empregadores e respetivos Serviços de Saúde e Segurança do Trabalho e para a saúde pública em geral, dado o seu impacto económico e social.

Consulte aqui o relatório “Workplace Stress – a Collective Challenge”, da International Labour Organization

Dia Mundial da Saúde 2016 a 7 de Abril: “Vencer a Diabetes” – OMS

Dia Mundial da Saúde 2016

Imagem ilustrativa (fonte: site da OMS)

A diabetes é o tema escolhido, pela OMS, para as comemorações do Dia Mundial da Saúde, 7 de abril.

“Vencer a Diabetes” (Beat diabetes) é o tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para celebrar o Dia Mundial da Saúde 2016, comemorado anualmente no dia 7 de abril. Esta data é celebrada desde 1950 e coincide com o aniversário da fundação da OMS, em 1948.

Os objetivos principais do tema das comemorações do Dia Mundial da Saúde 2016 são: aumentar a prevenção, reforçar a atenção dada a este problema e reforçar a vigilância.

Em 2012, a diabetes foi a causa direta de cerca de 1,5 milhões de óbitos, tendo mais de 80% ocorrido em países de baixo e médio rendimento. A OMS estima que a diabetes venha a ser a 7.ª causa de morte até 2030.

A diabetes é uma doença crónica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o corpo não pode usar eficazmente a insulina que produz. A insulina, uma hormona que regula o açúcar no sangue, dá-nos a energia que precisamos para viver.

Existem duas formas principais da diabetes, a tipo1 e a tipo 2. Pessoas com diabetes tipo 1 geralmente não produzem insulina e, portanto, necessitam de injeções de insulina para sobreviver. Pessoas com diabetes tipo 2, que afeta cerca de 90% dos casos, geralmente produzem sua própria insulina, mas não o suficiente ou são incapazes de a utilizar corretamente.

A diabetes pode conduzir a elevadas taxas de saúde precária, incapacidade e morte prematura. A doença provoca complicações graves, tais como cegueira, insuficiência renal, neuropatia, incapacidade e morte prematura, tendo igualmente sérias consequências económicas que incluem a perda de produtividade e custos elevados com os cuidados de saúde.

Assim, a OMS comemora o Dia Mundial da Saúde, em 7 de Abril de 2016, dedicado à diabetes porque:

  1. A epidemia da diabetes está a aumentar rapidamente em muitos países, com o aumento documentado mais alarmante a verificar-se nos países de baixo e médio rendimento.
  2. Uma grande percentagem dos casos de diabetes é evitável. Medidas simples de alteração do estilo de vida demonstraram ser eficazes para prevenir ou atrasar o início da diabetes tipo 2. Manter um peso corporal normal, praticar uma atividade física regular e fazer uma alimentação saudável pode reduzir o risco da diabetes.
  3. A diabetes é tratável. A diabete pode ser controlada e gerida para evitar complicações. Aumentar o acesso ao diagnóstico, à educação auto-gerida e aos tratamentos comportáveis do ponto de vista dos custos são componentes essenciais da resposta.
  4. Os esforços envidados para prevenir e tratar a diabetes serão importantes para se alcançar a meta mundial do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3, que visa reduzir em um terço a mortalidade prematura causada pelas doenças não transmissíveis até 2030. Muitos sectores da sociedade têm um papel a desempenhar, designadamente governos, empregadores, educadores, fabricantes, sociedade civil, sector privado, comunicação social e as próprias pessoas.

A campanha do Dia Mundial da Saúde 2016 tem por objetivos:

  1. Aumentar a consciencialização para a diabetes e para o seu desconcertante fardo e consequências, sobretudo nos países de baixo e médio rendimento;
  2. Desencadear todo um conjunto de medidas específicas, eficazes e económicas para combater a diabetes. Estas vão incluir medidas para prevenir a doença, tratar e prestar cuidados às pessoas com diabetes;
  3. Publicar o primeiro relatório sobre a diabetes no mundo, que irá enunciar o fardo e as consequências da doença e exercer advocacia em prol de sistemas de saúde mais robustos para garantir uma melhor vigilância, prevenção e uma gestão mais eficaz da diabetes.

Em cada ano, a OMS aproveita a data comemorativa para fomentar a consciência sobre alguns temas chave relacionados com a saúde pública a nível mundial. Neste sentido, organiza eventos a nível internacional, regional e local para promover o tema escolhido.


“Projeto de Intervenção para a Prevenção e Rastreio da Diabetes em Populações Vulneráveis da Grande Lisboa”

O projeto europeu JA-CHRODIS (Joint Action on Chronic Diseases and Promoting Healthy Ageing Across the Life Cycle) publicou em 2015 um relatório sobre boas práticas na promoção da saúde e prevenção primária de doenças crónicas. Dos 41 exemplos de boas práticas apresentados por 13 países parceiros JA-CHRODIS, relativos a exemplos promissores ou já baseados em evidências mensuráveis, três foram sugeridos por Portugal.

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge) destaca agora, no mês em que se comemora o Dia Mundial da Saúde,  um desses exemplos: o “Projeto de Intervenção para a Prevenção e Rastreio da Diabetes em Populações Vulneráveis da Grande Lisboa”. Implementado entre 2008 e 2014 na área Metropolitana de Lisboa, em colaboração com os municípios e os parceiros sociais locais, a iniciativa teve como objetivo a promoção da saúde em comunidades vulneráveis, tendo em vista a melhoria da equidade no acesso aos cuidados de saúde, focalizando a sua ação na prevenção da diabetes e no rastreio de populações vulneráveis em risco.

Financiado pela Direção-Geral da Saúde, pela Fundação Ernesto Roma e pela Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), o projeto permitiu identificar grupos de risco acrescido de vir a desenvolver diabetes, detetar pessoas com diabetes não-diagnosticada, referenciá-las e encaminhá-las para os sistemas de cuidados de saúde, bem como formar profissionais da área da saúde, da ação social e instituições participantes, para questões específicas e importantes no contexto do combate a esta doença.

De forma a atingir estes objetivos, as atividades implementadas durante esta ação incluíram sessões de formação sobre a prevenção e gestão da diabetes para profissionais da área da saúde e da assistência social, sessões sobre prevenção de diabetes e de promoção de estilos de vida saudável para a população adulta e também sessões de rastreio de risco da diabetes para a população em geral.

Para tal, uma equipa de nutricionistas e educadores de diabetes da Fundação Ernesto Roma deu suporte à implementação da intervenção, enquanto profissionais de saúde da APDP apoiaram a realização de testes de tolerância oral à glucose às pessoas identificadas com risco acrescido, para confirmação do estado glicémico atual.

No conjunto de pessoas identificadas (1959) com risco acrescido, foi possível detetar casos de diabetes não-diagnosticada em cerca de 20% dos que aceitaram realizar a prova de tolerância oral à glucose. Por último, os resultados obtidos permitiram mostrar que o agravamento do perfil de risco ocorre mais cedo nas populações vulneráveis de baixo rendimento económico e condição social deficitária comparativamente à população em geral.

Assinaladas como condições importantes para o sucesso do projeto foram a disponibilização dos serviços prestados de uma forma gratuita e a sua realização por meio de uma unidade móvel, com acesso direto às comunidades.

O envolvimento de instituições nacionais de referência em cuidados com a diabetes, como a Direção-Geral da Saúde e a APDP, foi igualmente reconhecido como um fator relevante para o êxito desta iniciativa.


JA-CHRODIS (Joint Action on Chronic Diseases and Promoting Healthy Ageing Across the Life Cycle)

O JA-CHRODIS é uma iniciativa desenvolvida por um consórcio europeu, tendo como principal objetivo a prevenção de doenças crónicas e a promoção do envelhecimento saudável.

Em Portugal, são entidades parceiras associadas o Instituto Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis, a Direção-Geral da Saúde e a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, contando-se o consórcio Ageing@Coimbra com o estatuto de parceiro colaborador.

O parceiros trabalham em conjunto de forma a identificar, validar, partilhar e difundir na Europa boas práticas em doenças crónicas e facilitar a sua implementação para além das fronteiras locais, regionais e nacionais.

O foco desta iniciativa é a promoção da saúde e a prevenção primária, bem como a gestão da diabetes tipo 2 e da doença em pacientes com mais de uma condição crónica (multimorbilidade).

Um dos objetivos fundamentais é o desenvolvimento de uma “plataforma para o intercâmbio do conhecimento”, que irá incluir tanto um serviço de apoio online dirigido essencialmente para os decisores políticos como também uma “plataforma de troca de informação” com um repositório atualizado das melhores práticas e dos melhores conhecimentos sobre os cuidados em doenças crónicas.

De acordo com o Instituto Ricardo Jorge, as doenças crónicas como a diabetes, doenças cardiovasculares, cancro e perturbações neuropsiquiátricas, afetam 8 em cada 10 pessoas com mais de 65 anos na Europa. Cerca de 70 a 80 por cento dos orçamentos de saúde em toda a UE são gastos no tratamento destas doenças.

Não obstante, há uma riqueza de conhecimento nos Estados-membros da União Europeia sobre as formas mais eficazes e eficientes para prevenir e gerir doenças como as doenças cardiovasculares e a diabetes tipo 2. Neste contexto, o JA-CHRODIS foi projetado para explorar o grande potencial que existe para reduzir os efeitos deste tipo de doenças através de um melhor uso desse conhecimento.

O Instituto Ricardo Jorge participa neste projeto em duas áreas de trabalho específicas dentro das várias atividades do JA-CHRODIS:

  • No desenvolvimento da Plataforma sobre as doenças crónicas na Europa;

No estabelecimento de critérios de inclusão para a inscrição de boas práticas na plataforma. Nesta atividade está incluída a definição de critérios específicos para a avaliação de boas práticas em promoção da saúde e prevenção da doença crónica e a identificação de boas práticas já existentes e que importa disseminar.


Sobre a diabetes

O que é a diabetes?

A diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue e pela incapacidade do organismo em transformar toda a glicose proveniente dos alimentos. À quantidade de glicose no sangue chama-se glicemia e quando esta aumenta diz-se que o doente está com hiperglicemia.

Quem está em risco de ser diabético?

A diabetes é uma doença silenciosa que se pode  desenvolver sem sintomas durante muitos anos. É uma doença em crescimento, que atinge cada vez mais pessoas em todo o mundo e em idades mais jovens. No entanto, há grupos de risco com fortes probabilidades de se tornarem diabéticos:

  • Pessoas com familiares diretos com diabetes;
  • Homens e mulheres obesos;
  • Homens e mulheres com tensão arterial alta ou níveis elevados de colesterol no sangue;
  • Mulheres que contraíram a diabetes gestacional na gravidez;
  • Crianças com peso igual ou superior a quatro quilogramas à nascença;
  • Doentes com problemas no pâncreas ou com doenças endócrinas.

Quais são os sintomas típicos da diabetes?

Todas as pessoas em risco devem fazer análises. Quando já tem valores muito elevados, manifesta-se:

Nos adultos – A diabetes é, geralmente, do tipo 2 e manifesta-se através dos seguintes sintomas:

  • Urinar em grande quantidade e muitas mais vezes, especialmente durante a noite (poliúria);
  • Sede constante e intensa (polidipsia);
  • Fome constante e difícil de saciar (polifagia);
  • Fadiga;
  • Comichão (prurido) no corpo, designadamente nos órgãos genitais;
  • Visão turva.

Nas crianças e jovens – A diabetes é quase sempre do tipo 1 e aparece de maneira súbita, sendo os sintomas muito nítidos. Entre eles encontram-se:

  • Urinar muito, podendo voltar a urinar na cama;
  • Ter muita sede;
  • Emagrecer rapidamente;
  • Grande fadiga, associada a dores musculares intensas;
  • Comer muito sem nada aproveitar;
  • Dores de cabeça, náuseas e vómitos.

É importante ter presente que os sintomas da diabetes nas crianças e nos jovens são muito nítidos. Nos adultos, a diabetes não se manifesta tão claramente, sobretudo no início, motivo pelo qual pode passar despercebida durante alguns anos.

Os sintomas surgem com maior intensidade quando a glicemia está muito elevada. E, nestes casos, podem já existir complicações (na visão, por exemplo) quando se deteta a doença.

Como se diagnostica a diabetes?

Se sentir alguns ou vários dos sintomas deve consultar o médico do centro de saúde da sua área de residência, o qual lhe pedirá para realizar análises ao sangue e à urina.

Pode ser diabético…

  • Se tiver uma glicemia ocasional de 200 miligramas por decilitro ou superior com sintomas;
  • Se tiver uma glicemia em jejum (oito horas) de 126 miligramas por decilitro ou superior em duas ocasiões separadas de curto espaço de tempo.

Que tipos de diabetes existem?

  • Diabetes Tipo 2 (Diabetes não Insulinodependente) – É a mais frequente (90 por cento dos casos).
    O pâncreas produz insulina, mas as células do organismo oferecem resistência à ação da insulina. O pâncreas vê-se, assim, obrigado a trabalhar cada vez mais, até que a insulina produzida se torna insuficiente e o organismo tem cada vez mais dificuldade em absorver o açúcar proveniente dos alimentos.
    Este tipo de diabetes aparece normalmente na idade adulta e o seu tratamento, na maioria dos casos, consiste na adoção duma dieta alimentar, por forma a normalizar os níveis de açúcar no sangue. Recomenda-se também a atividade física regular.
    Caso não consiga controlar a diabetes através de dieta e atividade física regular, o doente deve recorrer a medicação específica e, em certos casos, ao uso da insulina. Neste caso deve consultar sempre o seu médico.
  • Diabetes Tipo 1 (Diabetes Insulinodependente) – É mais rara.
    O pâncreas produz insulina em quantidade insuficiente ou em qualidade deficiente ou ambas as situações. Como resultado, as células do organismo não conseguem absorver, do sangue, o açúcar necessário, ainda que o seu nível se mantenha elevado e seja expelido para a urina.
    Contrariamente à diabetes tipo 2, a diabetes tipo 1 aparece com maior frequência nas crianças e nos jovens, podendo também aparecer em adultos e até em idosos.
    Não está diretamente relacionada, como no caso da diabetes tipo 2, com hábitos de vida ou de alimentação errados, mas sim com a manifesta falta de insulina. Os doentes necessitam de uma terapêutica com insulina para toda a vida, porque o pâncreas deixa de a produzir, devendo ser acompanhados em permanência pelo médico e outros profissionais de saúde.
  • Diabetes Gestacional – Surge durante a gravidez e desaparece, habitualmente, quando concluído o período de gestação. No entanto, é fundamental que as grávidas diabéticas tomem medidas de precaução para evitar que a diabetes do tipo 2 se instale mais tarde no seu organismo.
    A diabetes gestacional requer muita atenção, sendo fundamental que, depois de detetada a hiperglicemia, seja corrigida com a adoção duma dieta apropriada. Quando esta não é suficiente, há que recorrer, com a ajuda do médico, ao uso da insulina, para que a gravidez decorra sem problemas para a mãe e para o bebé.
    Uma em cada 20 grávidas pode sofrer desta forma de diabetes.

Outras complicações associadas à diabetes

  • Retinopatia – lesão da retina;
  • Nefropatia – lesão renal;
  • Neuropatia – lesão nos nervos do organismo;
  • Macroangiopatia – doença coronária, cerebral e dos membros inferiores;
  • Hipertensão arterial;
  • Hipoglicemia – baixa do açúcar no sangue;
  • Hiperglicemia – nível elevado de açúcar no sangue;
  • Lípidos no sangue – gorduras no sangue;
  • Pé diabético – arteriopatia, neuropatia;
  • Doenças cardiovasculares – angina de peito, ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais;
  • Obstrução arterial periférica – perturbação da circulação, por exemplo nas pernas e nos pés;
  • Disfunção e impotência sexual – a primeira manifesta-se de diferentes formas em ambos os sexos;
  • Infeções diversas e persistentes – boca e gengivas, infeções urinárias, infeções das cicatrizes depois das cirurgias.

Como se trata a diabetes?

  • Diabetes tipo 1 – Os doentes podem ter uma vida saudável, plena e sem grandes limitações, bastando que façam o tratamento prescrito pelo médico corretamente.
    O objetivo do tratamento é manter o açúcar (glicose) no sangue o mais próximo possível dos valores considerados normais (bom controlo da diabetes) para que se sintam bem e sem nenhum sintoma da doença. Serve ainda para prevenir o desenvolvimento das manifestações tardias da doença e ainda para diminuir o risco das descompensações agudas, nomeadamente da hiperglicemia e da cetoacidose (acidez do sangue).
    Este tratamento, que deve ser acompanhado obrigatoriamente pelo médico de família, engloba três vertentes fundamentais: adoção de uma dieta alimentar adequada, prática regular de exercício físico e o uso da insulina.
  • Diabetes tipo 2 – O tratamento é semelhante mas, devido à menor perigosidade da doença, a maioria das vezes basta que a alimentação seja adequada e que o exercício físico passe a fazer parte da rotina diária para que, com a ajuda de outros medicamentos específicos (que não a insulina), a diabetes consiga ser perfeitamente controlada pelo doente e pelo médico.
    Os medicamentos usados no tratamento deste tipo de diabetes são geralmente fármacos (comprimidos) que atuam no pâncreas, estimulando a produção de insulina.
    Seguindo uma alimentação correta e adequada, praticando exercício físico diário e respeitando a toma dos comprimidos indicada pelo médico, um doente com diabetes tipo 2 garante a diminuição do risco de tromboses e ataques cardíacos; a prevenção de doenças nos olhos e nos rins e da má circulação nas pernas e nos pés, fator que diminui significativamente o risco de amputações futuras.

O que é a insulina?

A insulina é uma hormonal hipoglicemiante segregada pelas células beta dos ilhéus de Langerhans do pâncreas, que é usada no tratamento dos doentes diabéticos. Pode ser obtida a partir do pâncreas do porco ou feita quimicamente e de forma idêntica à insulina humana através do uso de tecnologia do DNA recombinante ou da modificação química da insulina do porco.

Em Portugal só é comercializada insulina igual à insulina humana, produzida com recurso a técnicas de engenharia genética, sendo as reações alérgicas muito raras em virtude da sua grande pureza. No mercado estão disponíveis diversas concentrações de insulina. No nosso país, só se encontra disponível a concentração U-100 (1ml=100 unidades).

Por que é que a insulina é necessária para o tratamento da diabetes tipo 1?

Porque, nos doentes com a diabetes tipo 1, as células do pâncreas que produzem insulina foram destruídas, motivo pelo qual este produz muito pouca ou nenhuma insulina. Como sem insulina não se pode viver, a administração de insulina produzida laboratorialmente é um tratamento imprescindível de substituição.

Como se usa a insulina?

O tratamento com insulina é feito através de injeção na gordura por baixo da pele ou através da utilização da bomba de perfusão subcutânea de insulina.

Até à data o desenvolvimento científico ainda não conseguiu produzir nenhuma forma de insulina que possa ser tomada por via oral, uma vez que o estômago a destrói automaticamente.

Insulina injetável

Por ser injetável, é necessário que o doente tenha atenção ao modo como manuseia a insulina. Deve ter os seguintes cuidados:

  • Colocar a cápsula de proteção sem tocar na agulha após a utilização da seringa/caneta;
  • Guardar a seringa/caneta à temperatura ambiente;
  • Não utilizar a seringa ou a agulha da caneta se estas estiverem rombas;
  • Não limpar a agulha com álcool;
  • Manter a cápsula quando inutilizar a seringa/caneta e ter muito cuidado na sua eliminação.

Onde se injeta a insulina?

A insulina pode ser injetada na região abdominal, nas coxas, nos braços e nas nádegas. A parede abdominal é o local de eleição para uma mais breve absorção da insulina de ação rápida. Deve ser usada para as injeções realizadas durante o dia. A coxa utiliza-se preferencialmente para as injeções de insulina de ação intermédia, sendo a região das nádegas uma boa alternativa.

Deve proceder-se à rotação dos locais onde se administra a injeção, de forma a evitar a formação de nódulos, porque estes podem interferir na absorção da insulina.

Como conservar a insulina?

Os frascos de insulina, as cargas instaladas nas canetas e as seringas pré-cheias descartáveis em uso devem ser conservados à temperatura ambiente, mas afastados da luz solar direta e de locais como a televisão e o porta-luvas do carro.

Bomba de perfusão subcutânea de insulina

Este método terapêutico visa adequar a insulinoterapia a padrões de vida intensivos com motivação para a monitorização, a situações de gravidez ou de má tolerância a terapias intensivas com múltiplas administrações de insulina e, ainda, a casos de hipoglicemias severas frequentes.

As pessoas com diabetes tipo 1 podem candidatar-se à utilização da bomba de perfusão subcutânea de insulina. Para tal, basta dirigirem-se aos centros de tratamento e serem eleitas para a disponibilização do referido aparelho.

Onde me posso informar sobre os centros de tratamento?

Os centros de tratamento são aprovados pela Direção-Geral da Saúde, mediante candidatura espontânea de hospitais do Serviço Nacional de Saúde e de entidades com acordos/contratos estabelecidos nesta área com o Serviço Nacional de Saúde.

Quais são os critérios de elegibilidade dos doentes para o tratamento para perfusão subcutânea contínua de insulina?

A elegibilidade dos doentes para este tipo de tratamento exige uma adequada validação das suas características. No entanto, existe um requisito fundamental e comum a todos os doentes selecionados: haver motivação e prática de automonitorização da glicemia capilar, bem como competência na sua utilização de forma satisfatória (por parte das pessoas com diabetes tipo 1 e seus familiares no caso das crianças), uma vez que o ajuste da dose de insulina deve ser efetuado de forma progressiva e automonitorizada. 

Entre os requisitos (não cumulativos), figuram ainda a necessidade de flexibilidade no estilo de vida e de pequenas doses de insulina, bem como situações de gravidez.

O que significa ter a diabetes controlada?

Significa que os níveis de açúcar no sangue se encontram dentro dos parâmetros definidos pelos especialistas. É o médico que, de acordo com fatores como a idade, tipo de vida, atividade e existência de outras doenças, define quais os valores de glicemia que o doente deve ter em jejum e depois das refeições.

Convém lembrar-se de que os valores do açúcar no sangue variam ao longo do dia, motivo pelo qual se fala em limites mínimos e limites máximos.

Como se sabe se a diabetes está controlada?

Diariamente, é o doente que se analisa e vigia a si próprio, quer através do seguimento da alimentação correta e da prática de exercício, quer da realização de testes ao sangue e à urina em sua casa.

São justamente os testes realizados diariamente pelo doente que permitem saber se o açúcar no sangue está elevado, baixo ou normal e que, posteriormente, lhe permitem o ajustamento de todo o tratamento.

Consequentemente, a melhor forma de saber se a diabetes se encontra ou não controlada é realizando testes de glicemia capilar (picada no dedo) diariamente e várias vezes ao dia.

Se os valores estiverem dentro dos limites indicados pelo médico, a diabetes está controlada. Se não, o doente deve consultar o médico assistente.

Como prevenir a diabetes?

  • Controlo rigoroso da glicemia, da tensão arterial e dos lípidos;
  • Vigilância dos órgãos mais sensíveis, como a retina, rim, coração, nervos periféricos, entre outros;
  • Bons hábitos alimentares;
  • Prática de exercício físico;
  • Não fumar;
  • Cuidar da higiene e vigilância dos pés.

Que direitos têm os doentes diabéticos?

  • Um plano de tratamento e objetivos de autocuidado
  • Aconselhamento personalizado sobre a alimentação adequada;
  • Aconselhamento sobre a atividade física adequada;
  • Indicação sobre a dosagem e o horário da medicação e ainda sobre como adequar as doses com base na autovigilância;
  • Indicação sobre os objetivos para o seu peso, glicemia, lípidos no sangue e tensão arterial;
  • Análises laboratoriais regulares para controlo metabólico e do seu estado físico
  • Revisão, pela equipa de saúde, dos resultados da autovigilância e do tratamento corrente, em cada contacto com profissionais da equipa;
  • Análise, revisão e alteração, sempre que necessário, dos objetivos de autovigilância;
  • Ajuda e esclarecimento;
  • Educação terapêutica contínua;
  • Verificação, pela equipa de saúde, do seu controlo;
  • Verificação, se necessário, do peso, tensão arterial e dos lípidos sanguíneos;
  • Avaliação anual dos olhos e da visão, dos pés, da função renal, dos fatores de risco para doenças cardíacas, das técnicas de autovigilância e de injeção e dos hábitos alimentares;
  • Tratamento de problemas especiais e emergências
  • Conselhos e cuidados às mulheres que desejem engravidar;
  • Acompanhamento especializado na gravidez e no parto;
  • Conselhos e cuidados a crianças, adolescentes e às suas famílias;
  • Acessibilidade adequada a cuidados especializados, em caso de problemas nos olhos, nos rins, nos pés, nos vasos sanguíneos ou no coração;
  • Acompanhamento adequado à pessoa idosa;
  • Educação terapêutica para o doente e para a sua família
  • O porquê da necessidade de controlo dos níveis de glicemia;
  • Como controlar os níveis de glicemia através de uma alimentação adequada, atividade física adaptada e tratamento com medicação oral e/ou insulina;
  • Como avaliar o seu controlo através de testes de sangue e/ou urina (autovigilância) e atuar face aos resultados (autocontrolo);
  • Quais os sintomas de aumento dos níveis de glicose e acetona, como prevenir e tratar;
  • Quais os sintomas de descida do nível de glicose, como prevenir e tratar;
  • O que fazer quando está doente;
  • Prevenção e tratamento das possíveis complicações crónicas, incluindo lesões nos olhos, nos rins, nos pés e o endurecimento das artérias;
  • Como lidar com o exercício físico, com as viagens e com outras situações sociais ou de lazer;
  • Como atuar perante eventuais problemas de emprego, serviço militar, seguros, licença de condução automóvel, entre outros;
  • Informação sobre o suporte social e económico existente, para que o diabético tenha os direitos sociais (emprego, reforma e outros) que as suas capacidades e habilitações possibilitem, sem qualquer tipo de restrição ou discriminação.

Quais são os deveres dos diabéticos?

Para que a vida se prolongue e a diabetes não seja um impedimento ao usufruto de uma vida normal, o diabético deve:

  • Assumir comportamentos que o conduzam permanentemente à obtenção de ganhos de saúde e que contribuam para o seu autocontrolo
  • Predispor-se a aprender continuamente a controlar a sua diabetes;
  • Tentar ser autónomo, praticando o seu próprio autocontrolo;
  • Examinar regularmente os pés;
  • Avaliar/observar os olhos, de dois em dois anos;
  • Tentar seguir um estilo de vida saudável;
  • Controlar o peso;
  • Praticar atividade física regular;
  • Evitar o tabaco;
  • Esclarecer-se sobre quando e como contactar a equipa de saúde em situação de urgência ou de emergência;
  • Contactar a equipa de saúde sempre que sinta necessidade e até que fique esclarecido sobre as questões que o preocupam;
  • Entrar em contacto e conversar com outras pessoas que tenham a diabetes e com associações locais ou nacionais de doentes diabéticos;
  • Assegurar que a família, amigos e colegas de trabalho se encontram esclarecidos sobre as necessidades da diabetes;
  • Controlar diariamente a sua diabetes, desempenhando um papel ativo no seu tratamento
  • Fazer a sua autovigilância e adaptando o tratamento aos resultados – autocontrolo;
  • Tomar corretamente a medicação;
  • Examinar e cuidar dos pés;
  • Contactar a equipa de saúde se verificar que está mal controlado ou se apresentar hipoglicemias graves, ou ainda se surgirem sintomas de infeção;
  • Evitar desperdícios dos recursos comuns existentes, de forma a contribuir para a manutenção e, se possível, aumento dos seus direitos
  • Cumprir o plano de vigilância e terapêutica;
  • Usar corretamente os materiais de controlo e tratamento;
  • Usar adequadamente os serviços de saúde;
  • Utilizar corretamente o Guia do Diabético disponibilizado pelo seu médico assistente e ajudar os outros diabéticos a fazê-lo também.

Em suma, olhe por si próprio, ajude os profissionais a cuidar bem da sua saúde, seguindo conselhos tão simples e práticos como os seguintes:

  • Pratique exercício com regularidade;
  • Não fume;
  • Vigie bem a sua diabetes;
  • Não engorde;
  • Controle a tensão arterial;
  • Mantenha os níveis de colesterol e triglicéridos controlados e dentro dos parâmetros aconselhados pelos médicos.

Onde procurar ajuda?

No centro de saúde da sua área de residência, onde deverá contactar o seu médico de família.

Para saber mais, consulte: