Instituto Ricardo Jorge promove estudo de prevalência de microrganismos associados a IST em Portugal continental

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23-11-2017

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Doenças Infeciosas, está a promover um estudo de prevalência em Portugal continental de quatro microorganismos responsáveis por infeções sexualmente transmissíveis (IST). O estudo é dirigido a jovens, com idade entre os 18 e os 24 anos, por ser a população em maior risco de desenvolvimento de complicações clínicas graves, como a infertilidade.

Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Mycoplasma genitalum e Trichomonas vaginalis são os quatro microorganismos alvo deste estudo, coordenado pelo Laboratório Nacional de Referência das Infeções Sexualmente Transmissíveis e que conta com o apoio do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa, Biomérieux e Genomica. O conhecimento da frequência destas quatro IST em Portugal será essencial na implementação de ações de prevenção.

Os interessados em contribuir para este estudo devem dirigir-se a qualquer laboratório do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa, entidade responsável pelo recrutamento de participantes, e autorizar que a sua colheita de urina seja utilizada para o estudo de pesquisa destes quatro agentes de IST. A participação neste trabalho é voluntária, anónima e gratuita, sendo que os participantes podem ter acesso aos seus resultados.

Em Portugal, os dados são escassos ou inexistentes no que diz respeito ao conhecimento sobre a prevalência de IST como C. trachomatis, N. gonorrhoeae, T. vaginalis e M. genitalium, que na sua maioria têm um caráter assintomático, levando a que os indivíduos não se apercebam que estão infetados e, como tal, transmitam essa infeção a outras pessoas. Na população jovem, tais infeções são mais preocupantes dado que, se não precocemente diagnosticadas e tratadas, podem ter consequências negativas, nomeadamente para a saúde reprodutiva, causando infertilidade ou transmitirem-se e causar patologia ao recém-nascido.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, só estas quatro IST curáveis causam mais de 350 milhões de novas infeções por ano, no mundo, sendo as mais frequentes nos jovens sexualmente ativos. As IST não tratadas potenciam também o risco de aquisição e transmissão de IST mortais como a infeção VIH/SIDA.

Folheto “Sabes quantos jovens têm IST em Portugal?”

IPO Porto | Cancro da mama: Estudo da assinatura genética reduz necessidade de quimioterapia

27/10/2017

O Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (IPO Porto) divulgou, esta sexta-feira, dia 27 de outubro, que o estudo da assinatura genética do cancro da mama, iniciado em julho, já deu resultados muito positivos. Dos 23 casos de risco intermédio que efetuaram o referido teste, até agora, num terço (39 %) foi possível evitar a necessidade de efetuar quimioterapia adjuvante, ficando estes casos apenas propostos para hormonoterapia adjuvante.

A Clínica de Mama foi a primeira com modelo de cuidados centrados no doente, recebendo cerca de 1200 novos doentes e realizando mais de 30 mil consultas anuais. De 2007 até agora tem registado um aumento anual de cerca de 20 % de novos doentes.

Ao longo destes 10 anos, a Clínica de Mama do IPO Porto tratou mais de 10 mil novos doentes com cancro da mama, tendo atualmente em seguimento cerca de 50 mil doentes.

À medida que os números aumentam, também a ciência evolui e os resultados da investigação nesta área são contínuos e muito promissores, em especial no que toca à redução significativa da toxicidade e das sequelas dos tratamentos. Os índices de qualidade de vida e satisfação proporcionados aos doentes são fatores que motivam o trabalho desenvolvido nesta área no Instituto.

A investigação levada a cabo na Clínica de Mama, que participa de forma contínua em inúmeros ensaios clínicos internacionais, permite que os seus doentes tenham acesso a tratamentos inovadores muito antes de estes estarem disponíveis para uso na prática clínica diária. Os resultados alcançados nos últimos anos ditam um aumento progressivo das taxas de sobrevivência, que hoje se aproximam dos 90 % aos 5 anos.

Concerto Rosa pela Prevenção do Cancro da Mama

O Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama, celebrado anualmente a 30 de outubro, e o 10.º aniversário da Clínica de Mama são assinalados hoje, pelo IPO Porto, com um concerto de sensibilização da comunidade para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, a realizar na Casa da Música.

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A Orquestra Sinfónica do Porto sobe ao palco pelas 21 horas, mas, momentos antes, os convidados serão brindados com uma interpretação de «O Baile dos Candeeiros». Trata-se de uma peça interpretada pela associação cultural Radar 360◦, inspirada em rituais e tradições que remontam ao final dos anos 60 e ao famoso Baile dos Cinco Candeeiros.

Visite:

IPO Porto  – http://www.ipoporto.pt/

Assembleia da República Recomenda ao Governo que apresente relatório, e elabore um estudo visando a criação de incentivos para a remoção do amianto em instalações de natureza privada


«Resolução da Assembleia da República n.º 240/2017

Recomenda ao Governo que apresente relatório sobre a execução da Resolução da Assembleia da República n.º 170/2016, de 4 de agosto, e elabore um estudo visando a criação de incentivos para a remoção do amianto em instalações de natureza privada.

A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo que:

1 – Apresente à Assembleia da República, no prazo de 90 dias, um relatório circunstanciado sobre a execução de cada uma das recomendações constantes da Resolução da Assembleia da República n.º 170/2016, de 4 de agosto.

2 – Proceda à identificação dos edifícios, instalações e equipamentos de natureza privada que tenham na sua construção materiais contendo amianto, e neles seja exercida uma atividade de comércio, indústria ou armazenamento.

3 – Proceda à elaboração de um estudo visando a criação de incentivos de natureza fiscal ou parafiscal para a remoção do amianto nas instalações referidas no número anterior.

Aprovada em 4 de outubro de 2017.

O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.»

Estudo – Carga Global da Doença em Portugal: um novo olhar sobre a saúde dos portugueses

Os estudos da carga global da doença (Global Burden of Disease) oferecem uma perspetiva única sobre a saúde, uma vez que, ao mesmo tempo que integram num único indicador ou medida de saúde a morte, a doença e a incapacidade, também permitem a análise de cada um desses componentes separadamente. Este indicador (DALY, Disability Adjusted Life Years) combina as estimativas dos anos de vida perdidos por morte prematura (YLL, Years of Life Lost) e dos anos de vida perdidos por doença e/ou incapacidade (YLD, Years Lived with Disability).

Estes estudos também permitem aos países ganhar maior conhecimento sobre onde poderão obter maiores ganhos em saúde e, portanto, para onde deverão canalizar prioritariamente os seus esforços. A informação gerada por estes estudos apoia a construção de uma resposta conjunta aos desafios colocados pelo envelhecimento da população, pelas mudanças nos padrões de doença e respetivos fatores de risco, bem como pelos custos cada vez mais elevados dos cuidados de saúde. Estas análises também ajudam a identificar lacunas na informação disponível e, portanto, a estabelecer prioridades de investigação.

Em fevereiro de 2017 a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto para as Métricas e Avaliação em Saúde (Institute for Health Metrics and Evaluation – IHME) assinaram um protocolo com vista à melhoria das estimativas da Carga Global da Doença (Global Burden of Disease – GBD) a nível nacional e, ao longo do tempo, efetuar trabalho conjunto para o desenvolvimento de estimativas a nível regional e local.
Este momento teve lugar no V Congresso Nacional de Saúde Publica, que se realizou no Porto e onde esteve presente o Senhor Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A Direção-Geral da Saude (DGS), em colaboração com o Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte), elaborou um relatório a partir dos dados do estudo mundial da Carga Global da doença (GBD) disponibilizados pelo IHME em meados de Setembro, que se reportam a um período alargado no tempo: 1990-2016. Este destaque é a antevisão do 1º relatório sobre a Carga Global da Doença em Portugal (portanto, de âmbito nacional) efetuado em colaboração com o IHME.

Para mais informações consulte aqui o destaque.

Apresentação / Estudo: Dia Mundial da Alimentação

16 de Outubro – Dia Mundial da Alimentação

A Direção-Geral da Saúde e o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável assinalaram as comemorações do dia 16 de Outubro – Dia Mundial da Alimentação com a apresentação do estudo “Portuguese Consumer Atitudes Toward Food Labeling” em que pela primeira vez se analisa como os portugueses utilizam os rótulos para fazer escolhas alimentares, através de metodologias quantitativas e qualitativas simultaneamente.

Os resultados revelam uma realidade surpreendente. O estudo foi realizado por instituições científicas independentes e contou com o financiamento e apoio da DGS e  Organização Mundial da Saúde.

Para mais informações consulte aqui a apresentação efetuada por Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável.

Estudo sobre níveis de referência em exames radiológicos – DGS / ESTS IP Coimbra

Estudo sobre níveis de referência em exames radiológicos

O Departamento de Imagem Médica e Radioterapia, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto Politécnico de Coimbra, como Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para a Proteção Contra as Radiações e Saúde, em parceria com o Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares do Instituto Superior Técnico e a Sociedade Portuguesa Radiologia e Medicina Nuclear estão a promover um estudo de âmbito nacional de modo a estabelecer Níveis de Referência de Diagnóstico para os procedimentos mais frequentes por modalidade de imagem médica que utilize radiação ionizante.

Este questionário segue as recomendações internacionais e é realizado à semelhança dos utilizados em outros países Europeus. Através deste estudo será possível caracterizar os valores de dose dos exames mais realizados mais em Portugal e a tecnologia mais comum nos departamentos de Imagem Médica Portugueses.

Aceda aqui ao estudo que conta com o apoio cientifico da Direção-Geral da Saúde.

Estudo da APCOI alerta que 12,7% das crianças são obesas

20/09/2017

A APCOI – Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil divulgou um estudo, esta terça-feira, 19 de setembro, que revela que 28,5 % das crianças em Portugal entre os 2 e os 10 anos têm excesso de peso, sendo que 12,7 % são obesas.

O estudo assenta numa amostra de 17.698 crianças, em idade escolar e oriundas das sete unidades territoriais portuguesas (NUTS II), tendo sido realizado no ano letivo 2016-2017.

As crianças dos Açores foram as que apresentaram a maior percentagem de excesso de peso, com 36,6 %, comparativamente às restantes regiões portuguesas. Segue-se a Região da Madeira (36,4 %), a Região Norte (31,4 %), a Região Centro (28,8 %), Lisboa e Vale do Tejo (25,8 %) e, finalmente, as Regiões do Alentejo e do Algarve, ambas com uma prevalência de 23,4 %.

A Madeira registou a maior prevalência de crianças obesas, com 18,4 %, e foi a única região a registar maior percentagem de alunos com obesidade comparativamente aos alunos com pré-obesidade.

A equipa de investigadores da APCOI analisou, ainda, os efeitos da implementação da 6.ª edição do projeto «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável» nas alterações de hábitos alimentares e no estado nutricional dos alunos participantes, tendo chegado a conclusões animadoras: comparando os dados iniciais com os recolhidos após as 12 semanas de participação no projeto, a percentagem de crianças com obesidade reduziu de 12,7 % para 11,3 %, correspondendo a uma descida média de 1,4 %.

Todas as regiões verificaram uma redução da prevalência de obesidade com a participação no projeto «Heróis da Fruta», tendo a Região da Madeira registado a maior descida, com uma percentagem de 2,9 %. A Região do Algarve conseguiu alcançar a maior redução do baixo peso, com uma percentagem de 2,8 %.

Para saber mais, visite:

APCOI – Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil – http://www.apcoi.pt/