Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 25 a 31 Janeiro 2016 – INSA

Atividade gripal baixa na última semana de janeiro
Pormenor da capa do Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe revela atividade gripal baixa, com tendência estável, entre 25 e 31 janeiro.

O Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), refere uma atividade gripal epidémica de baixa intensidade, com tendência estável, na semana de 25 a 31 de janeiro.

De acordo com o boletim informativo:

  • Vigilância clínica: a taxa de incidência de síndroma gripal foi de 47,8 por 100.000 habitantes, indicando atividade gripal epidémica de baixa intensidade, com tendência estável.
  • Vigilância laboratorial:
    • o vírus da gripe A(H1)pdm09 foi detetado em 64% (27/42) dos casos analisados na semana 4/2016, valor superior ao verificado na semana anterior. O vírus da gripe A(H1)pdm09 foi o predominantemente detetado;
    • os vírus da gripe circulantes são, na sua maioria, semelhantes aos vírus contemplados na vacina antigripal da época 2015/2016.
  • Severidade: foram admitidos 15 novos casos de gripe nas 27 Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) que reportaram informação, estimando-se em 4,5% a taxa de admissão por gripe em UCI. Este valor é cerca de uma vez e meia superior ao estimado na semana anterior. Em todos os doentes foi identificado o vírus influenza A(H1N1)pdm09.
  • Impacte: mortalidade observada por todas as causas com valores de acordo com o esperado.
  • Monitorização da temperatura ambiente, taxa de incidência de síndroma gripal e mortalidade: o valor médio da temperatura mínima do ar, na semana de 25 a 31 de janeiro de 2016 foi de 5.6°C (valor acima do normal).
  • Situação internacional: observou-se um aumento da atividade gripal na Europa, que, no entanto, se manteve baixa na maioria dos países. A maioria dos vírus subtipados pertence ao subtipo A(H1N1)pdm09. (dados da semana 3).

Na Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a Plataforma Saúde Sazonal, disponível na área “Saúde em Tempo Real”, apresenta a evolução semanal de alguns indicadores relacionados com a síndrome gripal.

A Plataforma Saúde Sazonal reúne informação sobre a taxa de incidência semanal de síndrome gripal, estimada pela Rede Médicos Sentinela, sobre o número de casos positivos para gripe detetados pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e para outros vírus respiratórios, bem como dados sobre o número de consultas por síndrome gripal nos cuidados de saúde primários por semana, assim como uma área onde é apresentada uma perspetiva rápida da média semanal das temperaturas máximas e mínimas observadas em Portugal continental.

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Comunicado do Diretor-Geral da Saúde Sobre Gripe Sazonal

« Gripe Sazonal

No seguimento de notícias divulgadas sobre uma “epidemia” de gripe A, a Direção-Geral da Saúde comunica:

1. Em Portugal, os vírus da gripe agora identificados pelo Instituto Ricardo Jorge são predominantemente do tipo A e do subtipo H1N1 da estirpe que emergiu pela primeira vez em 2009 e que originou uma pandemia então designada por “Gripe A”. Uma vez que há varias estirpes do tipo A, a designação de “Gripe A” deve ser abandonada;

2. O vírus que originou a pandemia de 2009 tornou-se, desde então, sazonal, dado que passou a circular na comunidade durante as semanas frias quer do Hemisfério Sul quer do Norte;

3. Naturalmente, tem sido incluído nas vacinas sazonais contra a gripe. Assim, grande parte da população adquiriu defesas ou através do contacto com o vírus ou, ainda, pela vacinação;

4. A DGS e o Instituto Ricardo Jorge acompanham a evolução da gripe sazonal em Portugal.

Francisco George

Diretor-Geral da Saúde »

Veja aqui o Documento

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Artigo: Caraterização Virológica dos Vírus da Gripe que Circularam em Portugal na Época 2014 / 2015

Durante a época 2014/2015, foram estudados no Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe (LNRVG), do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge), 903 exsudados da nasofarínge de doentes com síndrome gripal referenciados pela Rede de Médicos-Sentinela, Serviços de Urgência e Obstetrícia e Projeto EuroEVA. Destas amostras, foram identificados 498 casos de infeção pelo vírus da gripe.

A monitorização contínua das propriedades antigénicas e genéticas dos vírus da gripe é essencial, quer para a seleção anual das estirpes virais a incluir na vacina, quer para identificar novas linhas de orientação da terapêutica antiviral. O presente estudo, publicado na última edição do Boletim Epidemiológico do Instituto Ricardo Jorge, descreve as caraterísticas antigénicas e genéticas dos vírus da gripe identificados em Portugal no inverno de 2014/2015.

Os vírus da gripe caraterizados na época 2014/2015 refletem a circulação dos tipos e subtipos dos vírus da gripe detetados. O vírus da gripe do tipo B da linhagem Yamagata, foi predominantemente detetado em co-circulação com o vírus da gripe do subtipo A(H3), este último em número crescente no final do período epidémico. O vírus da gripe do subtipo A(H1) pdm09 foi detetado em reduzido número e de forma esporádica.

Poderá ficar a saber mais sobre este estudo, realizado por Pedro Pechirra, Inês Costa, Paula Cristóvão, Carla Roque, Paula Barreiro, Sílvia Duarte, Ausenda Machado, Ana Paula Rodrigues, Baltazar Nunes e Raquel Guiomar, aqui.

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Unidades de Saúde da ARSLVT Com Horários Alargados e Planos de Contingência para o Frio

Pormenor do cartaz

ARSLVT ativa planos de contingência para as vagas de frio, em vigor até 31 de março de 2016.

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, IP (ARSLVT) ativou planos de contingência para as vagas de frio, informando que estes permanecerão em vigor até 31 de março de 2016.

Os estabelecimentos de saúde (agrupamentos de centros de saúde, centros hospitalares e hospitais) da região de Lisboa e Vale do Tejo ativaram os seus planos de contingência, garantindo, assim, uma resposta adequada dos serviços de saúde à população em caso de ocorrência de vagas de frio.

Os “Planos de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas – Módulo Inverno” têm como objetivo prevenir e minimizar os efeitos negativos das vagas de frio na saúde da população da região.

Estes planos de contingência pretendem, por um lado, acautelar atempadamente eventuais dificuldades que o tempo frio, e o consequente aumento da procura, trazem aos serviços de saúde e, por outro, a estreita articulação entre os cuidados de saúde primários e as unidades de saúde hospitalares da região, procurando que atuem numa lógica de complementaridade sinérgica e flexível, dando a resposta mais adequada em cada momento.

Estes planos abrangem toda a população da região de Lisboa e Vale do Tejo, cerca de 3,6 milhões de pessoas, com especial enfoque nos grupos de maior vulnerabilidade, como os recém-nascidos, idosos e doentes crónicos.

A ARSLVT reforça que, neste inverno, se ficar doente, não corra para as urgências, nem tome antibióticos sem receita médica, ligue primeiro 808 24 24 24 – Linha de Saúde 24.

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Inverno, Gripe e Frio – Perguntas Frequentes e Folheto Informativo

Urgências Reforçadas e Férias dos Profissionais Interrompidas: Vem aí o Frio

Temperaturas Extremas Adversas – Medidas Para Prevenir Picos de Frio e Infeções Respiratórias na Saúde da População

Cuidados a Ter Com o Frio Extremo: INEM – DGS – Portal da Saúde

Consulta Online de Tempos de Espera nos Serviços de Urgência – ARS Alentejo

Gripe: Perguntas Mais Frequentes – DGS / INSA

DGS: Plano de Contingência de Temperaturas Extremas Adversas – Módulo Inverno

Inverno, Gripe e Frio – Perguntas Frequentes e Folheto Informativo

Imagem da campanha

O inverno chegou oficialmente

Neste inverno, se ficar doente, não tome antibióticos sem receita médica. Ligue primeiro 808 24 24 24 – Linha Saúde 24.

Mas antes do dia 21 de dezembro, que o calendário assinala como sendo o início da nova estação, já o clima nos foi avisando com a descida da temperatura, os períodos de chuva, o vento mais agreste…

Andamos naturalmente mais expostos e o organismo ressente-se: o que é natural. E à boleia dos fatores meteorológicos próprios do inverno andam algumas das doenças respiratórias mais comuns, como a constipação, a gripe, a bronquite e a pneumonia.

São doenças causadas por vírus, os quais têm uma elevada capacidade de resistência e, ao mesmo tempo, de infeção.

Além disso, a exposição ao frio mais ou menos intenso do inverno pode ainda contribuir para agravar as doenças crónicas, sobretudo as cardiovasculares, mas também as respiratórias como a asma e a doença pulmonar obstrutiva crónica.

Crianças e idosos são igualmente mais vulneráveis quando as temperaturas baixam. As crianças porque o organismo ainda está em desenvolvimento e não têm todas as defesas em pleno. Os idosos porque é provável que, com a idade, se acumulem alguns problemas de saúde que se podem acentuar no inverno.

Além disso, nestes meses passamos mais tempo em espaços fechados – afinal, com as temperaturas mais baixas no exterior, é natural que apeteça menos andar ao ar livre e se procure resguardo, por exemplo, em centros comerciais, cinemas ou museus.

Ora, a concentração de pessoas nestes locais é facilitadora da propagação dos agentes infeciosos – o mesmo é, válido, aliás, para as creches, escolas e lares de terceira idade.

Espirros, tosse e outros sinais do tempo

Já vimos que, quando chega o inverno, é provável que também cheguem as doenças respiratórias.

Parecem todas iguais, mas não são.

E parecem iguais porque partilham sintomas, como espirros, olhos lacrimejantes, nariz a pingar ou entupido, irritação na garganta, mal-estar geral. Mas não são, porque, apesar desses sintomas comuns, têm um impacto diferente sobre a saúde: a constipação, por exemplo, é a face mais leve das chamadas doenças de inverno; já a gripe pode complicar-se e evoluir para uma doença mais grave, como a pneumonia. Importa, pois, conhecê-las um pouco melhor.

Constipação ou gripe?

Ambas são infeções causadas por um vírus, mas o vírus é diferente. E há mais diferenças:

  • A constipação surge de forma gradual; a gripe é súbita;
  • Os sintomas da constipação limitam-se às vias respiratórias superiores: nariz entupido, olhos húmidos, irritação na garganta, dor de cabeça;
  • Os sintomas da gripe incluem febre e dores no corpo.

A gripe é, geralmente, uma doença de curta duração e de evolução benigna, com recuperação completa numa a duas semanas. Mas, em pessoas já fragilizadas, a recuperação pode ser mais longa e pode existir o risco de complicações: pode, por exemplo, evoluir para uma pneumonia e requerer hospitalização do doente.

Neste inverno, é melhor prevenir

Porque a gripe é causada por um vírus, isso significa que se pode transmitir facilmente de pessoa para pessoa.

E como?

O vírus é transmitido através de partículas de saliva infetadas, expelidas através da tosse e dos espirros. Mas o contágio também pode ser direto, isto é, através das mãos: é que uma pessoa doente facilmente leva as mãos aos olhos, à boca ou ao nariz, podendo, ao tocar noutra pessoa, passar o vírus.

E, na verdade, o vírus da gripe – cujo nome científico é influenza – é altamente contagioso, o que o torna mais agressivo do que outros vírus causadores de doenças respiratórias como a gripe.

Daí a importância de prevenir o contágio.

Assim:

  • Evite estar perto de pessoas doentes;
  • Lave frequentemente as mãos, com água e sabonete; em alternativa, use toalhetes descartáveis;
  • Use lenços descartáveis e apenas uma vez;
  • Proteja a boca com um lenço ou com o antebraço sempre que espirrar, nunca com as mãos.

Neste inverno, se ficar doente…

A gripe não acontece só no inverno, mas é mais comum nos meses frios – é por isso que é considerada uma doença sazonal.

Assim sendo, o que fazer quando os sinais da doença começam a manifestar-se?

Não corra para as urgências – é natural que o estado de saúde gere preocupação, mas a maior parte das vezes não é necessário ir ao hospital. Porquê?

  • As urgências hospitalares são locais de grande afluência e concentração de pessoas, o que aumenta as probabilidades de contágio de pessoas não doentes e, mesmo, de agravamento de situações menos urgentes;
  • O recurso às urgências de situações menos urgentes aumenta o tempo de espera e pode atrasar a resposta a situações verdadeiramente urgentes.

Todos ganhamos, pois! Mas qual a alternativa?

  • Ligue primeiro para a Linha Saúde 24 – 808 24 24 24: do outro lado desta linha de atendimento estão profissionais de saúde qualificados que fazem a triagem do seu estado de saúde, informando e aconselhando sobre os cuidados mais adequados e encaminhando para os serviços de saúde sempre que necessário.

E se for gripe?

A gripe é, geralmente, uma doença benigna. Que evolui favoravelmente até à recuperação completa ao fim de duas semanas no máximo, mediante a adoção de alguns cuidados.

Assim:

  • Fique em casa e repouse;
  • Mantenha-se confortável, mas sem se agasalhar demasiado;
  • Use soro fisiológico para a congestão nasal;
  • Hidrate-se: beba muitos líquidos, de preferência água ou sumos de fruta.

E os medicamentos?

  • Se tiver febre, tome paracetamol. Se estiver a cuidar de uma criança doente, administre-lhe também paracetamol, nunca ácido acetilsalicílico.
  • Não tome nem dê antibióticos.

Antibióticos não, porquê?

Porque a gripe é uma doença viral e os antibióticos foram desenvolvidos para tratar doenças causadas por bactérias. Isto significa que não são eficazes no “combate” a vírus. Isto é, não melhoram os sintomas nem aceleram a cura.

Por isso, este inverno, se tiver gripe, não tome antibióticos: aconselhe-se com o seu médico, que é o único profissional de saúde habilitado a receitar estes medicamentos.

Este inverno, se ficar doente, saiba que pode contar com o SNS – Serviço Nacional de Saúde: os centros de saúde e os hospitais estão preparados para dar resposta às suas necessidades.

Veja aqui o Folheto

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A Gripe é “muitas vezes desvalorizada pela população em geral”, Raquel Guiomar – INSA

Raquel Guiomar, coordenadora do Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe 

O Programa Nacional de Vigilância da Gripe é coordenado pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe, que funciona no Instituto Ricardo Jorge. A coordenadora deste serviço, Raquel Guiomar, dá uma breve entrevista sobre a gripe, doença que, na sua opinião, é “muitas vezes desvalorizada pela população em geral”. A vacinação, alerta a especialista, é a forma mais eficaz de prevenir a doença.

Quais são as principais vantagens para o país de uma monitorização do vírus da gripe como a que é feita no âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe?

O Programa Nacional de Vigilância da Gripe permite descrever em cada inverno a atividade gripal em Portugal com elevado rigor, integrando informação proveniente das componentes clínica e laboratorial. A componente clínica permite monitorizar a intensidade, dispersão geográfica e evolução da epidemia de gripe. A componente laboratorial deteta e carateriza os vírus da gripe em circulação durante os meses de inverno, permitindo avaliar as semelhanças com os vírus da gripe que circulam a nível mundial e com os vírus da gripe que integram a composição da vacina antigripal sazonal, bem como monitorizar a suscetibilidade do vírus aos antivirais.

Que papel assume o Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe neste Programa?

O Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe coordena, em Portugal, o Programa Nacional de Vigilância da Gripe, em estreita colaboração com o Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge e a Direção-Geral da Saúde. Este Laboratório é, desde 1954, o mais antigo ponto de contato nacional com a Rede Europeia de Vigilância da Gripe coordenada pela Organização Mundial da Saúde. O laboratório tem como papel fundamental a deteção dos vírus da gripe sazonais, que normalmente infetam o Homem, bem como a deteção de novos vírus da gripe com origem zoonótica de elevado potencial pandémico que representem uma ameaça para a saúde pública.

Considera que a gripe é uma doença que é devidamente valorizada pela população?

A Gripe é ainda hoje uma doença muitas vezes desvalorizada pela população em geral. É crucial continuar a sensibilização da população para os riscos e complicações da infeção respiratória provocada pelo vírus da gripe, especialmente nos grupos de risco, que incluem os indivíduos com idade superior a 65 anos, os doentes crónicos, imunodeprimidos e as grávidas. Neste seguimento, tem vindo a ser recomendada a vacina antigripal sazonal para os grupos anteriormente referidos, sabendo ser esta a forma mais eficaz de prevenir a doença e evitar as complicações.

Que conselhos deixa aos cidadãos sobre a melhor forma de prevenir o contágio por este vírus?

O vírus da gripe transmite-se pessoa a pessoa através de gotículas de secreções respiratórias que são emitidas através da tosse ou espirros. A inalação destas gotículas permite que o vírus penetre na mucosa do trato respiratório onde se multiplica provocando a infeção e a doença – a Gripe. Para evitar a transmissão deste vírus e de outros vírus respiratórios é importante respeitar a etiqueta respiratória utilizando lenços descartáveis quando se espirra ou tosse, efetuar a lavagem frequente das mãos, limpar objetos que possam estar contaminados, evitar o contacto com pessoas com gripe e se estiver doente evitar contactos próximos com outros indivíduos e espaços fechados com elevado número de pessoas.

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Folhetos Informativos – Perguntas Frequentes Sobre Gripe Sazonal, Cuidados a Ter, O Que Fazer

A gripe é uma doença aguda viral que afeta predominantemente as vias respiratórias e ocorre, geralmente, entre novembro e março, no hemisfério Norte, e entre abril e setembro, no hemisfério Sul, pelo que é designada por sazonal. Aqui ficam algumas das principais informações sobre uma das medidas mais eficazes para reduzir o risco de contrair esta doença: a vacinação.

A vacina contra a gripe funciona?
Sim. A vacinação reduz muito o risco de contrair a infeção e se a pessoa vacinada for infetada terá uma doença mais ligeira.

A vacina pode provocar a gripe?
Não. A vacina contra a gripe não contém vírus vivos, pelo que não pode provocar a doença. No entanto, as pessoas vacinadas podem contrair outras infeções respiratórias virais que ocorrem durante a época de gripe.

A vacina dá proteção a longo prazo?
Não, porque o vírus muda constantemente, surgindo novos tipos de vírus para os quais as pessoas não têm imunidade e a vacina anterior não confere proteção adequada. Além disso a imunidade conferida pela vacina não é duradoura.

Quem deve ser vacinado contra a gripe?
Devem ser vacinadas as pessoas que têm maior risco de sofrer complicações depois da gripe:

  • Pessoas com 65 e mais anos de idade, principalmente se residirem em instituições;
  • As pessoas com mais de 6 meses de idade que sofram de:
    • Doenças crónicas dos pulmões, do coração, dos rins ou do fígado;
    • Diabetes em tratamento (comprimidos ou insulina);
    • Outras doenças que diminuam a resistência às infeções.

Quem não deve ser vacinado contra a gripe?
As pessoas com alergia grave ao ovo ou que tenham tido uma reação alérgica grave a uma dose anterior de vacina contra a gripe.

Quando deve ser feita a vacinação?
A vacinação deve ser feita, preferencialmente até ao final do ano, podendo, no entanto, decorrer durante todo o Outono e Inverno.

Quem pode fazer a vacina gratuitamente?
As pessoas com 65 anos ou mais podem fazer a vacina gratuitamente nos centros de saúde, sem receita médica, guia de tratamento e sem pagar taxa moderadora. As pessoas pertencentes a grupos de risco residentes em instituições ou internadas também podem vacinar-se gratuitamente.

Onde se compra a vacina?
As pessoas com menos de 65 anos podem comprar a vacina nas farmácias com receita médica e é comparticipada.

Como se deve guardar a vacina?
Depois de comprada, a vacina deve ser administrada logo que possível. Se a levar para casa para administração posterior, a vacina deve ser conservada dentro da embalagem, no frigorífico, entre +2º e +8ºC (nas prateleiras do meio do frigorífico e não na porta).

Para saber mais sobre a gripe, consulte ainda os seguintes materiais informativos:

Folheto Informativo – Perguntas frequentes sobre gripe sazonal
Folheto Informativo – Cuidados a ter, o que fazer, perguntas e respostas

Fonte: Direção-Geral da Saúde / Microsite da Gripe

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