Prémio Associação Portuguesa de Epidemiologia para melhor publicação científica 2016 – INSA

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07-06-2017

Estão abertas, até 25 de junho, as candidaturas ao prémio da Associação Portuguesa de Epidemiologia (APE) para o melhor trabalho de investigação em epidemiologia (populacional, clínica ou translacional) realizado em Portugal e publicado ou aceite para publicação em 2016. O prémio consiste na atribuição de um valor pecuniário de 1500 euros e inscrição no XII Congresso da APE.

De acordo com o regulamento do Prémio APE, os trabalhos candidatos deverão ter como autores pelo menos um sócio da APE, pertecerem a cidadãos portugueses ou estrangeiros a trabalhar ou estudar em Portugal à data da realização da investigação e ser publicado numa revista científica indexada. Os interessados em concorrer deverão enviar os seus trabalhos, em formato PDF, através do correio eletrónico ape@ape.org.pt.

O título e os nomes dos autores do trabalho premiado serão tornados públicos pela APE até dia 30 de julho. A entrega do Prémio será feita durante o XII Congresso da APE, a realizar entre 6 e 8 de setembro de 2017, em Barcelona (Espanha), e deverá ser acompanhada por uma apresentação pública do trabalho por parte de um dos autores.

Presidido por Cristina Furtado, investigadora do Instituto Ricardo Jorge, o júri do Prémio APE é composto pelos seguintes membros: António Jorge Ferreira (Instituto de Higiene e Medicina Social), Lúcio Meneses de Almeida (Instituto de Higiene e Medicina Social), Paulo Nicola (Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública), Sofia Correia (Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto) e Sónia Dias (Instituto de Higiene e Medicina Tropical).

Instituto Ricardo Jorge aplica método inovador de identificação de causas genéticas de anomalias congénitas graves

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08-06-2017

O Instituto Ricardo Jorge está a desenvolver a aplicação de um novo método para identificação de causas genéticas de anomalias congénitas, utilizando uma tecnologia de ponta denominada de sequenciação pangenómica, ou seja, que abrange o genoma inteiro. Esta abordagem inovadora permite, por exemplo, detetar alterações cromossómicas, até agora desconhecidas, e que estão na origem de graves doenças raras, o que contribuirá para um melhor diagnóstico clínico e aconselhamento dos familiares dos doentes.

Intitulado “Citogenética de Próxima Geração Irrompe nos Cuidados de Saúde e Contribui para Anotação do Genoma Humano”, este projeto de investigação translacional em doenças genómicas e rearranjos cromossómicos tem vindo a ser desenvolvido, ao longo do último ano, pelo Departamento de Genética Humana (DGH) do Instituto Ricardo Jorge, através do seu Grupo de Doenças Genómicas. O trabalho realizado até agora permitiu introduzir na citogenética clínica pré e pós-natal uma tecnologia de ponta que pode identificar alterações cromossómicas, até agora desconhecidas, com consequências graves para a saúde dos indivíduos.

A nova abordagem, transferida para Portugal por uma equipa de investigação do DGH, liderada por Dezso David, resulta também numa redução de cerca de 80 por cento do tempo atualmente necessário para identificação destas alterações genómicas. Outra das vantagens da nova abordagem tem a ver com a melhoria do valor preditivo do teste genético no que respeita à previsão das consequências clínicas dos rearranjos cromossómicos detetados no período pré e pós-natal.

“A introdução desta abordagem na citogenética clínica clássica permitirá, a curto prazo, a criação de uma citogenética de alto rendimento, dita ‘de próxima geração’ que resultará em notáveis avanços no diagnóstico clínico”, sublinha Dezso David, investigador responsável do projeto. “Os resultados atuais indicam que várias alterações estruturais potencialmente patogénicas não são identificadas pelas metodologias tradicionais”, salienta ainda o investigador do Instituto Ricardo Jorge.

As anomalias do desenvolvimento no Homem são problemas de saúde devastadores que, nos países desenvolvidos, contribuem com quase metade da mortalidade infantil em recém-nascidos de termo. Os indivíduos sobreviventes apresentam anomalias congénitas que lhes causam uma incapacidade permanente, tendo um profundo impacto em saúde pública.

“Até agora, permanecem desconhecidas as causas genéticas e a arquitetura genómica da esmagadora maioria destas situações. Os resultados expetáveis deste projeto de colaboração luso-americana permitem antever a transformação da genética médica em genética médica personalizada, o diagnóstico, tratamento e prevenção destas doenças raras à luz destes resultados moleculares e, sem dúvida, a melhoria dos cuidados de saúde prestados aos doentes e seus familiares”, conclui Dezso David.

Cofinanciado pelo Instituto Ricardo Jorge e pela Fundação da Ciência e da Tecnologia, no quadro do Programa Harvard Medical School – Portugal, este projeto de investigação visa a identificação das causas e dos mecanismos de doenças do desenvolvimento, por exemplo, formas congénitas de cegueira, malformações dos membros ou alterações do desenvolvimento psicomotor, e outras. Este trabalho resulta de uma estreita colaboração entre o Instituto Ricardo Jorge, o(s) grupo(s) da Harvard Medical School e centros académicos clínicos de Lisboa, Porto e Coimbra.

Programa Nacional de Diagnóstico Precoce destacado em livro sobre aplicação de fundos da União Europeia – INSA

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07-06-2017

O Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDP), coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge, é um dos 45 projetos apresentados no livro “Rostos do Novo Norte – O Norte somos nós”, editado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte. A publicação destaca a prestação de promotores do programa “ON.2 – O Novo Norte” na aplicação dos fundos da União Europeia.

O projeto do Instituto Ricardo Jorge permitiu reforçar a capacidade laboratorial do PNDP, através da aquisição de um novo equipamento (um HPLC/espectrómetro de massa em tandem de maior sensibilidade) que possibilita a implementação de testes analíticos de segunda linha. Os “2nd tier tests” são testes mais específicos, efetuados numa segunda fase, sobre a amostra original, com vista à diminuição da taxa de falsos positivos.

Após a avaliação da eficácia e do impacto dos testes de segunda linha no PNDP, os responsáveis pela Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética do Departamento de Genética Humana do Instituto Ricardo Jorge, no Porto, coordenada por Laura Vilarinho, pretendem desenvolver uma investigação para a identificação de novos marcadores mais específicos ou que possibilitem o rastreio de outras doenças raras. A aquisição deste equipamento foi financiada em 80 por cento pelo programa “ON.2 – O Novo Norte” e o restante por fundos próprios do Instituto Ricardo Jorge.

O PNDP realiza, desde 1979, testes de rastreio de algumas doenças graves, em todos os recém-nascidos, o chamado “teste do pezinho”. Estes testes permitem identificar as crianças que sofrem de doenças, quase sempre genéticas, como a fenilcetonúria ou o hipotiroidismo congénito, que podem beneficiar de tratamento precoce.

Este livro foi lançado no âmbito da campanha “Rostos do Novo Norte – O Norte somos nós”, que contempla também uma exposição itinerante e um filme em que os promotores são desafiados a responder à questão de como encaram o papel de ser um “Rosto do Novo Norte”. A campanha assinala o encerramento do programa “ON.2 – O Novo Norte” (Programa Operacional Regional do Norte 2007/2013), instrumento financeiro de apoio ao desenvolvimento e à competitividade do Norte de Portugal, integrado no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), com uma dotação financeira de 2,7 mil milhões de euros.

OMS/Europa destaca 3ª Conferência Internacional de Obesidade Infantil (CIOI 2017) – INSA

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06-06-2017

A Organização Mundial da Saúde para a Europa (OMS/Europa) decidiu destacar no seu site a 3ª Conferência Internacional de Obesidade Infantil (CIOI 2017), promovida pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge com o apoio do Ministério da Saúde. A conferência, que terá lugar entre os dias 5 e 8 de julho, na Fundação Champalimaud, em Lisboa, reunirá participantes de mais de quarenta países e diversas instituições.

Organizada pelo Departamento de Alimentação e Nutrição do Instituto Ricardo Jorge, enquanto Centro Colaborativo da OMS/Europa, a CIOI 2017 tem como objetivo principal agregar e discutir a informação disponível a nível nacional e internacional sobre a obesidade infantil, a doença pediátrica mais prevalente em todo o mundo. A cerimónia de abertura do evento contará com a presença do Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, entre outros.

Estima-se que atualmente em todo o mundo cerca de 200 milhões de crianças em idade escolar apresentem excesso de peso, das quais 40-50 milhões são obesas. Na Europa, a prevalência desta doença tem-se mantido constante e é particularmente preocupante entre crianças de estratos socioeconómicos mais desfavoráveis, existindo 40-50 milhões de crianças com excesso de peso, um valor 10 vezes superior ao registado em 1970.

Portugal, um dos países que, desde o seu início, lidera e participa no estudo da iniciativa de vigilância nutricional infantil da OMS-Europa, o “COSI – Childhood Obesity Surveillance Initiative”, apresenta-se como um dos cinco países da região Europeia com maior prevalência de obesidade infantil. A par com a Grécia, Itália e Espanha, mais de 30% das crianças portuguesas entre os 7 e os 9 anos de idade apresenta excesso de peso nas quais cerca de 13% apresenta obesidade.

Os interessados em apresentar comunicações em poster na CIOI 2017 deverão submeter os respetivos resumos até 10 de junho. Os resumos devem ter um máximo de 1700 caracteres e estar relacionados com um dos cinco temas que fazem parte do programa do evento, sendo que todos os resumos devem ser escritos em inglês.

Artigo: Acidentes domésticos e de lazer, resultados do sistema de vigilância EVITA apurados para o período 2013-2015 – INSA

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05-06-2017

Entre 2013 e 2015, o sistema EVITA – Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes, coordenado pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge, registou 26.681 acidentes domésticos e de lazer (ADL). As lesões causadas por “queda” e verificadas em “casa” foram as mais frequentemente, sendo os grupos etários mais registados os correspondentes aos grupos de indivíduos dos 0 aos 14 anos e com 65 e mais anos.

A distribuição percentual por sexo dos ADL revela uma percentagem mais elevada no sexo masculino (52,6) em relação ao sexo feminino (47,4), observada nos grupos etários entre os 0 e 54 anos. Todos os grupos etários seguintes (≥ 55 anos) revelaram um padrão inverso, tendência que se tem vindo a verificar em análises anteriores, o que poderá estar relacionado com o facto de nos grupos etários mais idosos existir uma prevalência superior de indivíduos do sexo feminino.

O sistema EVITA é alimentado pelo registo de ADL recolhidos nos serviços de urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) participantes neste sistema. ADL são todos os acidentes domésticos ou de lazer registados nas urgências do SNS, cuja causa não seja doença, acidente de viação, acidente de trabalho ou violência.

Com quase 250 mil fatalidades, por ano, as lesões são a quarta causa de morte na União Europeia, depois das doenças cardiovasculares, cancro e doenças respiratórias. Nas crianças, adolescentes e jovens adultos os acidentes são a principal causa de morte.

“Acidentes domésticos e de lazer: resultados do sistema de vigilância EVITA apurados para o período 2013-2015” foi publicado na última edição do Boletim Epidemiológico Observações. Para consultar o artigo de Tatiana Alves, Emanuel Rodrigues, Mariana Neto, Ricardo Mexia e Carlos Matias Dias, clique aqui.

Instituto Ricardo Jorge assina Declaração Conjunta “Cidades na Via Rápida para eliminar o VIH”

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02-06-2017

O Instituto Ricardo Jorge é um dos subscritores da Declaração Conjunta do projeto nacional Fast-Track Cities International “Cidades na Via Rápida para eliminar o VIH”, assinada pelos municípios de Cascais, Porto e Lisboa, dia 29 de maio, no auditório do INFARMED, em Lisboa, no âmbito da apresentação do Programa Nacional para a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose. A iniciativa tem como objetivo principal acelerar a resposta ao VIH/SIDA nas grandes cidades.

O projeto Fast-Track Cities foi lançado no Dia Mundial da SIDA em Paris, em 2014. Os avanços científicos, o ativismo da sociedade civil e o compromisso político para alcançar objetivos comuns, criam uma oportunidade real de acabar com a epidemia no mundo até 2030.

Neste contexto e atendendo ao papel relevante na resposta à infeção pelo VIH, as cidades encontram-se agora, em posição privilegiada para liderar as ações, acelerando a resposta ao VIH e atingir, até 2020, as metas 90-90-90: 90% das pessoas que vivem com VIH estarem diagnosticadas; 90% das pessoas diagnosticadas com VIH receberem tratamento; e 90% das pessoas em tratamento possuírem carga viral indetetável.

Atendendo à proximidade das cidades à população, bem como a existência de infraestruturas, recursos materiais e humanos, pretende-se que as cidades adotem ações locais com impacto global, construindo desta forma um futuro mais equitativo, inclusivo, próspero e sustentável para todos – independentemente do sexo, idade, condição social e económica ou orientação sexual.

A cerimónia de assinatura contou com as presenças do Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo. Além da assinatura da declaração conjunta do projeto Fast-Track Cities, a sessão contou ainda com outras iniciativas na área da infeção VIH e SIDA, nomeadamente a apresentação do Relatório sobre a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose 2016 e do Plano Estratégico do Programa Nacional para a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose – 2017 da Direção-Geral da Saúde.

Em 2016, foram diagnosticados e notificados 841 novos casos de infeção por VIH (até 15 de abril de 2017), de acordo com a base de dados nacional de vigilância epidemiológica, coordenada pelo Instituto Ricardo Jorge, correspondendo a uma taxa de 8,1 novos casos por 100 mil habitantes, não ajustada para o atraso da notificação. Ainda segundo este relatório, entre 2000 e 2016, o número de novos casos de VIH caiu cerca de 70%, estimando-se que haja cerca de 45 mil pessoas que vivem com a doença, que no ano passado matou cerca de 120 pessoas, número semelhante ao de 2015 e que parece estar a estabilizar depois de ter descido desde 2010.

Tese de Doutoramento “Pseudocereais como Ingredientes de Formulações Destinadas a uma Alimentação Especial” – Carla Motta / INSA

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Carla Motta recebe insígnias de doutorada da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto

01-06-2017

Carla Motta, colaboradora do Departamento de Alimentação e Nutrição (DAN) do Instituto Ricardo Jorge, recebeu, dia 31 de maio, as insígnias de doutorada da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP). A imposição de insígnias teve lugar na sessão solene do 41º aniversário da FCNAUP, que decorreu no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto.

Nesta cerimónia foram também entregues as insíginias de doutorada, pelo Reitor da Universidade do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, a Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas. Estiveram presentes na sessão Fernando de Almeida, presidente do Conselho Diretivo do Instituto Ricardo Jorge, e Maria Antónia Calhau, coordenadora do DAN

Intitulada “Pseudocereais como Ingredientes de Formulações Destinadas a uma Alimentação Especial”, a tese de doutoramento de Carla Motta foi desenvolvida no DAN, sob orientação Isabel Castanheira, investigadora do Instituto Ricardo Jorge, e Duarte Torres, professor da FCNAUP. O trabalho de Carla Motta teve como objetivo avaliar o valor nutricional e a bioacessibilidade dos nutrientes presentes na quinoa, amaranto e trigo-sarraceno, após processamento culinário e maltagem.

De acordo com as conclusões deste trabalho, os alimentos estudados revelaram-se como uma opção válida para integração como ingredientes em produtos dietéticos destinados a fins medicinais específicos, bem como em produtos ricos em fibra e isentos de glúten. Para consultar a tese de doutoramento de Carla Motta, clique aqui.

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