Entrada Livre: Seminário “Nova Abordagem Genómica para Descodificar o Agente Causador da Sífilis” a 10 de Novembro em Lisboa – INSA

A aplicação de uma técnica inovadora para a captura de DNA do agente causador da sífilis (a bactéria não-cultivável Treponema pallidum), diretamente de amostras de doentes, seguida da sequenciação total do seu genoma, permitiu descodificar ao nível genético os mecanismos que a bactéria usa durante o “braço-de-ferro” estabelecido com o paciente durante a infeção. Os resultados deste estudo desenvolvido pelo Departamento de Doenças Infeciosas foram recentemente publicados na revista Nature Microbiology no artigo “Genome-scale analysis of the non-cultivable Treponema pallidum reveals extensive within-patient genetic variation”.

Com o objetivo de divulgar o percurso e os principais resultados provenientes deste trabalho, o Instituto Ricardo Jorge promove, dia 10 de novembro, a partir das 10:30, no seu auditório em Lisboa, o Seminário “Nova abordagem genómica para descodificar o agente causador da sífilis”. A iniciativa, que tem entrada livre, terá como oradores Miguel Pinto, Vítor Borges e João Paulo Gomes, da Unidade de Bioinformática do Departamento de Doenças Infeciosas.

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível com considerável impacto em termos de Saúde Pública. Esta doença, cuja identificação requer notificação obrigatória por parte do médico às entidades de saúde em Portugal, é particularmente importante dado o complexo quadro clínico a ela associada, uma vez que não só pode progredir para infeções do Sistema Nervoso Central (“neurosífilis”) de difícil resolução, como pode ocorrer transmissão de mãe para filho durante a gravidez (“sífilis congénita”), com graves consequências para o feto/recém-nascido.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe de 24 a 30 de Outubro – INSA

Boletim revela atividade gripal esporádica, de 24 a 30 de outubro

A atividade gripal revelou-se, na semana passada, esporádica, de acordo com o último boletim de vigilância epidemiológica da gripe, divulgado a 3 de novembro, pelo Instituto Ricardo Jorge.

De acordo com o boletim semanal, publicado todas as quintas-feiras, a taxa de incidência da síndrome gripal foi, entre 24 e 30 de outubro, de 9,7 casos por cem mil habitantes.

Na semana precedente, de 17 a 23 de outubro, foram detetados vírus da gripe do subtipo A(H3) e do tipo B nas amostras analisadas no Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e outros vírus respiratórios do Instituto Ricardo Jorge e na Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico do Vírus da Gripe.

Não foi reportado nenhum caso de gripe pelas 17 unidades de cuidados intensivos (UCI) que enviaram informação.

O boletim menciona que a mortalidade observada, “por todas as causas”, apresenta números de acordo com o esperado.

Na semana passada, a temperatura mínima do ar foi, em média, de 13,9°C, valor acima do normal, salienta o documento.

No que respeita à situação europeia, na semana de 17 a 23 de outubro, 42 países reportaram atividade gripal de baixa intensidade, o que indica que a atividade gripal se encontra no seu nível basal.

A época gripal 2016/2017 começou em outubro e termina em maio de 2017.

Vigilância da Gripe

A gripe é uma doença respiratória sazonal que afeta, todos os invernos, a população portuguesa, com especial importância nos grupos dos mais jovens e idosos e em doentes portadores de doença crónica, entre os quais pode originar complicações que conduzam ao internamento hospitalar.

A vigilância da gripe a nível nacional é suportada pelo Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG), que visa a recolha, análise e disseminação da informação sobre a atividade gripal, identificando e caracterizando de forma precoce os vírus da gripe em circulação em cada época, bem como a identificação de vírus emergentes com potencial pandémico e que constituam um risco para a saúde pública.

Compete ao Departamento de Doenças Infeciosas, através do seu Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe, a vigilância epidemiológica da gripe, em colaboração com o Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge.

Para saber mais, consulte:

 

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Gripe

Estudo INSA: Descodificado o “Braço-de-Ferro” Entre a Bactéria e Doentes Com Sífilis

Bactéria Treponema pallidum

Uma equipa de investigadores do Instituto Ricardo Jorge identificou os mecanismos genéticos que permitem à bactéria causadora da sífilis (Treponema pallidum) defender-se do sistema imunitário do Homem durante o período de doença. Os resultados deste trabalho, que acaba de ser publicado na revista Nature Microbiology, são um passo indispensável para o desenvolvimento de medidas preventivas no combate à sífilis, tal como uma vacina.

Até agora, o desenvolvimento de medidas profiláticas e de novas medidas terapêuticas tem sido extremamente dificultado pelo facto de Treponema pallidum ser uma das poucas bactérias patogénicas para o Homem que não é possível “crescer” e “manter” em laboratório. Para ultrapassar esta dificuldade, os investigadores do Instituto Ricardo Jorge utilizaram tecnologias de ponta, nomeadamente uma técnica inovadora de captura de ADN da bactéria causadora da infeção diretamente de doentes com sífilis seguida da sequenciação total do seu genoma.

Com esta estratégia, foi possível descodificar ao nível genético o “braço-de-ferro” estabelecido entre a bactéria e o ser humano durante a sífilis, tendo sido identificados, de forma precisa, quais os mecanismos que a bactéria usa para se adaptar e assim sobreviver ao ataque do sistema imunitário do Homem. Segundo o coordenador deste estudo, João Paulo Gomes, a descoberta destes mecanismos genéticos é fundamental para o desenvolvimento de novas medidas profiláticas e de novas medidas terapêuticas.

“Em qualquer doença de origem infeciosa, se por um lado, o sistema imunitário do Homem tenta combater a infeção matando o agente patogénico, por outro, este mesmo agente modifica o seu ADN, através de mutações, para fugir ao sistema imunitário”, explica o investigador do Departamento de Doenças Infeciosas. “Tendo em conta que as vacinas para evitar doenças infeciosas assentam no conhecimento das regiões do agente patogénico, que são reconhecidas pelo sistema imunitário do Homem, os resultados deste estudo pioneiro a nível mundial constituem um passo obrigatório para a eficaz criação de uma vacina que previna tão importante doença em termos de Saúde Pública”, sublinha João Paulo Gomes.

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível com considerável impacto em termos de Saúde Pública. Esta doença, cuja identificação requer notificação obrigatória por parte do médico às entidades de saúde em Portugal, é particularmente importante dado o complexo quadro clínico a ela associada, uma vez que não só pode progredir para infeções do Sistema Nervoso Central (“neurosífilis”) de difícil resolução, como pode ocorrer transmissão de mãe para filho durante a gravidez (“sífilis congénita”), com graves consequências para o feto/recém-nascido.

O artigo “Genome-scale analysis of the non-cultivable Treponema pallidum reveals extensive within-patient genetic variation” é assinado por 11 autores e um resumo deste trabalho pode ser consultado em acesso aberto aqui. Artigo disponível no Repositório Científico do Instituto Ricardo Jorge.

Relatório Anual da Rede Médicos-Sentinela Referente ao Ano de 2015 – INSA

No âmbito da reunião anual da Rede Médicos-Sentinela que decorre no dia 28 de outubro em Coimbra, o Instituto Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Epidemiologia, divulga o relatório de atividades da rede referente ao ano de 2015.

A Rede Médicos-Sentinela é um sistema de observação em saúde constituído por um conjunto de Médicos de Família que exercem funções numa Unidade de Saúde Familiar ou Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados. Tem como principais objetivos: i) contribuir para a vigilância epidemiológica nacional, estimando taxas de incidência de diversos problemas de saúde agudos e crónicos, permitindo o acompanhamento da tendências e a identificação precoce de surtos; ii) criar uma base de dados nacional que possa contribuir para a investigação em serviços de saúde no âmbito dos cuidados de saúde primários.

Do presente relatório destacam-se os seguintes resultados e conclusões:

  • A taxa de incidência da diabetes mellitus tipo 2, na população com 25 ou mais anos de idade, foi 789,5 casos por 105 utentes;
  • A taxa de incidência da hipertensão arterial, na população com 25 ou mais anos de idade, foi 1.241,6 casos por 105 utentes;
  • A taxa de incidência de enfarte agudo do miocárdio, na população com 35 ou mais anos de idade, foi 217,9 por 105 utentes;
  • A taxa de incidência de acidente vascular cerebral, na população com 35 ou mais anos de idade, foi 287,6 por 105 utentes;
  • Todos os problemas estudados apresentaram maior incidência no sexo masculino;
  • Em relação a anos anteriores, observou-se uma redução das estimativas pontuais da incidência de acidentes vasculares cerebrais.

Consulte o relatório em acesso aberto aqui.

Consulte o Repositório do INSA para este Relatório aqui.

Veja Todos os Relatórios em:

Veja o Relatório anterior por nós publicado:

Relatório Anual da Rede Médicos-Sentinela Referente ao Ano de 2013 – INSA

Gratuito: Fórum de Investigação e Desenvolvimento em Saúde, em Lisboa a 3 de Novembro – Dia do Instituto Ricardo Jorge

Data assinalada com fórum de investigação e desenvolvimento

O Instituto Ricardo Jorge celebra, dia 4 de novembro, o Dia do Instituto. Para assinalar a ocasião, promove o Fórum de Investigação e Desenvolvimento em Saúde, que terá lugar em Lisboa, no dia 3 de novembro, das 9 às 17h30, no auditório do Instituto Ricardo Jorge.

A iniciativa pretende promover o debate e a reflexão, propiciando sinergias e parcerias com vista à cooperação em investigação, desenvolvimento e tecnologia na área da saúde, assim como discutir questões técnicas, éticas e políticas relacionadas com investigação, inovação e conhecimento.

Temas

  • Os caminhos da investigação em saúde
  • Questões éticas da investigação em saúde
  • Investigação na decisão política de saúde
  • O futuro. Jovens investigadores

A inscrição no Fórum de Investigação e Desenvolvimento em Saúde é aberta a todos os interessados e gratuita, mas carece de registo prévio, por limite de lugares disponíveis.

Os interessados em participar nesta iniciativa, que será transmitida por videoconferência no Centro de Saúde Pública Doutor Gonçalves Ferreira (Porto), deverão efetuar a sua inscrição através do preenchimento do formulário online, disponível no site do Instituto Ricardo Jorge.

Desenvolver a investigação em saúde, através da realização periódica de um Fórum de Investigação e Desenvolvimento em Saúde, centrado em temas de I&D (Investigação e Desenvolvimento) e inovação em saúde e reunindo experiências do sector público e do sector privado, nacionais e internacionais, é um dos objetivos estratégicos do Instituto Ricardo Jorge.

O desenvolvimento da investigação em saúde pública deve estar alinhado com as prioridades do Plano Nacional de Saúde e orientar-se no sentido de gerar evidência para a tomada de decisão em políticas e estratégias de saúde.

Para saber mais, consulte:

Estudo Sobre o Combate à Sífilis – INSA

Uma equipa de investigadores do Instituto Ricardo Jorge identificou os mecanismos genéticos que permitem à bactéria causadora da sífilis (Treponema pallidum) defender-se do sistema imunitário do Homem durante o período de doença. Os resultados deste trabalho, que acaba de ser publicado na revista Nature Microbiology, são um passo indispensável para o desenvolvimento de medidas preventivas no combate à sífilis, tal como uma vacina.

Até agora, o desenvolvimento de medidas profiláticas e de novas medidas terapêuticas tem sido extremamente dificultado pelo facto de Treponema pallidum ser uma das poucas bactérias patogénicas para o Homem que não é possível “crescer” e “manter” em laboratório. Para ultrapassar esta dificuldade, os investigadores do Instituto Ricardo Jorge utilizaram tecnologias de ponta, nomeadamente uma técnica inovadora de captura de ADN da bactéria causadora da infeção diretamente de doentes com sífilis seguida da sequenciação total do seu genoma.

Com esta estratégia, foi possível descodificar ao nível genético o “braço-de-ferro” estabelecido entre a bactéria e o ser humano durante a sífilis, tendo sido identificados, de forma precisa, quais os mecanismos que a bactéria usa para se adaptar e assim sobreviver ao ataque do sistema imunitário do Homem. Segundo o coordenador deste estudo, João Paulo Gomes, a descoberta destes mecanismos genéticos é fundamental para o desenvolvimento de novas medidas profiláticas e de novas medidas terapêuticas.

“Em qualquer doença de origem infeciosa, se por um lado, o sistema imunitário do Homem tenta combater a infeção matando o agente patogénico, por outro, este mesmo agente modifica o seu ADN, através de mutações, para fugir ao sistema imunitário”, explica o investigador do Departamento de Doenças Infeciosas. “Tendo em conta que as vacinas para evitar doenças infeciosas assentam no conhecimento das regiões do agente patogénico, que são reconhecidas pelo sistema imunitário do Homem, os resultados deste estudo pioneiro a nível mundial constituem um passo obrigatório para a eficaz criação de uma vacina que previna tão importante doença em termos de Saúde Pública”, sublinha João Paulo Gomes.

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível com considerável impacto em termos de Saúde Pública. Esta doença, cuja identificação requer notificação obrigatória por parte do médico às entidades de saúde em Portugal, é particularmente importante dado o complexo quadro clínico a ela associada, uma vez que não só pode progredir para infeções do Sistema Nervoso Central (“neurosífilis”) de difícil resolução, como pode ocorrer transmissão de mãe para filho durante a gravidez (“sífilis congénita”), com graves consequências para o feto/recém-nascido.

Com o título Genome-scale analysis of the non-cultivable Treponema pallidum reveals extensive within-patient genetic variation, o artigo é assinado por 11 autores e pode ser consultado em:www.nature.com/articles/nmicrobiol2016190.

Instituto Ricardo Jorge

O Instituto Ricardo Jorge desenvolve uma tripla missão como laboratório do Estado no setor da saúde, laboratório nacional de referência e observatório nacional de saúde. O Instituto tem por missão contribuir para ganhos em saúde, para a definição de políticas de saúde e para o aumento da qualidade de vida da população. Dispõe de unidades operativas na sua Sede em Lisboa, em centros no Porto (Centro de Saúde Pública Doutor Gonçalves Ferreira) e em Águas de Moura (Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infeciosas Doutor Francisco Cambournac).

Para saber mais, consulte:

Fórum de Investigação e Desenvolvimento em Saúde a 4 de Novembro em Lisboa e Porto – INSA

Promover o debate e a reflexão propiciando sinergias e parcerias com vista à cooperação em investigação, desenvolvimento e tecnologia na área da saúde, assim como discutir questões técnicas, éticas e políticas relacionadas com investigação, inovação e conhecimento. São estes alguns dos objetivos do Fórum de Investigação e Desenvolvimento em Saúde, que terá lugar, dia 3 de novembro, em Lisboa, no auditório do Instituto Ricardo Jorge.

O programa do evento, que decorre no âmbito das comemorações do Dia do Instituto Ricardo Jorge, que se assinala a 4 de novembro, está dividido em quatro temas centrais: “Os caminhos da Investigação em Saúde”, “Questões Éticas da Investigação em Saúde”, “Investigação na decisão política de Saúde” e “O futuro. Jovens investigadores”.

A inscrição no Fórum de Investigação e Desenvolvimento em Saúde é aberta a todos os interessados e gratuita mas carece de registo prévio, por limite de lugares disponíveis. Os interessados em participar nesta iniciativa, que será transmitida por videoconferência no Centro de Saúde Pública Doutor Gonçalves Ferreira (Porto), deverão efetuar a sua inscrição através do preenchimento do seguinte formulário online.

Desenvolver a investigação em saúde, através da realização periódica de um Fórum de Investigação e Desenvolvimento em Saúde centrado em temas de I&D e inovação em saúde e reunindo experiências do setor público e do setor privado, nacionais e internacionais, é um dos objetivos estratégicos do Instituto Ricardo Jorge. O 5desenvolvimento da investigação em saúde pública deve estar alinhado com as prioridades do Plano Nacional de Saúde e orientar-se no sentido de gerar evidência para a tomada de decisão em políticas e estratégias de saúde.