Relatório, Sumário e Considerações Finais: Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) – INSA

 1º INQUÉRITO NACIONAL DE SAÚDE COM EXAME FÍSICO: RELATÓRIO METODOLÓGICO

O Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) é um estudo transversal de prevalência, de base populacional, que tem como finalidade contribuir para a melhoria da saúde dos portugueses, apoiando as atividades nacionais e regionais de observação e monitorização do estado de saúde da população, avaliação dos programas de saúde e a investigação em saúde pública.

Tem como mais-valia o facto de conjugar informação colhida por entrevista direta ao indivíduo, sobre o seu estado de saúde, determinantes de saúde e utilização de cuidados de saúde, com uma componente objetiva de exame físico que inclui medições antropométricas e recolha de sangue para análise laboratorial.

Do projeto são publicados dois relatórios: um primeiro que descreve os materiais, os métodos e os procedimentos que ilustram e justificam o rigor e qualidade dos dados e materiais recolhidos, e um segundo que descreve alguns dos principais indicadores epidemiológicos sobre o estado de saúde, determinantes de saúde e utilização de cuidados, designadamente preventivos, na população portuguesa em 2015.

Realizado a uma amostra probabilística de 4911 pessoas, representativa da população portuguesa a nível nacional e regional, tendo como população-alvo pessoas entre os 25 e os 74 nos de idade, residentes em Portugal Continental ou Regiões Autónomas, do presente inquérito destacam-se os seguintes resultados:

  • A prevalência de hipertensão arterial (Tensão Arterial Sistólica (TAS)≥140 ou Tensão Arterial Diastólica (TAD)≥90 ou a tomar medicação para a hipertensão) foi de 36,0%;
  • A prevalência de obesidade foi de 28,7%, sendo mais elevada no sexo feminino (32,1%) do que no sexo masculino (24,9%);
  • A prevalência de indivíduos que declararam que a situação que melhor descreve as suas atividades de tempo livre era “Ler, ver televisão ou outras atividades sedentárias” foi de 44,8;
  • A prevalência de consumo diário de vegetais ou saladas (incluindo sopa de legumes) foi de 73,3%;
  • A percentagem de indivíduos que referiu ter realizado uma consulta de saúde oral com um dentista, estomatologista, higienista oral ou outro técnico de saúde dentária foi de 51,3%;
  • A percentagem de mulheres que efetuaram uma mamografia (50 aos 69 anos) nos últimos 2 anos e uma citologia cervico-vaginal (25 aos 64 anos) nos últimos 3 anos, foi mais elevada nas mulheres com médico de família atribuído pelo SNS (mamografia: 95,6%; citologia: 87,3%), comparativamente às mulheres sem médico de família atribuído (mamografia: 88,3%; citologia: 79,9%).

O primeiro INSEF realizado em Portugal é promovido e coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge através do seu Departamento de Epidemiologia, em parceria com o Instituto Norueguês de Saúde Publica e em colaboração com as Administrações Regionais de Saúde do Continente e Secretarias Regionais de Saúde das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

Os relatórios serão apresentados na 1ª Conferência do INSEF e ficarão disponíveis online em acesso aberto no repositório científico institucional.

Consulte o 1º INSEF – Relatório metodológico aqui

Consulte o Repositório do INSA sobre esta matéria

INSEF: Sumário e Considerações Finais


INSEF REVELA DIFERENÇAS REGIONAIS E SOCIODEMOGRÁFICAS NA FREQUÊNCIA DE DOENÇAS CRÓNICAS, DETERMINANTES E CUIDADOS DE SAÚDE PREVENTIVOS

Os resultados gerais do primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF), promovido e coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Epidemiologia, demonstram a existência, em 2015, de importantes diferenças regionais e sociodemográficas na prevalência de algumas doenças crónicas na população portuguesa entre os 25 e os 74 anos de idades. Por exemplo, no caso da obesidade existem diferenças de quase 10% entre o valor mais alto (32,5% na Região Autónoma dos Açores) e o valor mais baixo (23,2% no Algarve), o mesmo acontecendo no caso da diabetes cujo valor mais elevado se observou na região do Alentejo (11,3%) e o mais baixo no Algarve (7,7%).

Estas diferenças verificaram-se igualmente entre grupos sociodemográficos, por exemplo na hipertensão arterial, onde se observou uma prevalência de 62,6% na população sem escolaridade ou apenas com o primeiro ciclo do ensino básico e 15,5% na população com ensino superior. Mesmo tendo em consideração as diferenças etárias e de género entre estes níveis de escolaridade a desigualdade mantém-se elevada (20%).

Entre os determinantes de saúde estudados pelo INSEF, também se encontraram diferenças regionais e sociodemográficas relevantes. No caso do sedentarismo nos tempos livres, observou-se uma diferença de quase 19% entre regiões (33,8% na Região Centro face a 52,5% na Região Autónoma dos Açores) e cerca de 26% no consumo perigoso de bebidas alcoólicas no sexo masculino (25,5% na Região Norte vs 51,6% no Alentejo). O mesmo se verifica nos consumos diários de fruta, onde o grupo etário dos 25 aos 34 anos (68,7%) apresenta um consumo inferior quando comparado com o grupo etário dos 65 aos 74 anos (87,8%), assim como no caso do consumo diário de legumes ou vegetais (62,8%, entre os 25 e os 34 anos vs 80,6%, entre os 65 e os 74 anos).

Na área preventiva, apesar da elevada proporção da população feminina entre os 50 e os 69 anos que foi submetida a mamografia nos últimos dois anos (94,8%), a realização deste exame foi 7,7% mais frequente nas mulheres com médico de família atribuído (95,6%), por comparação com as que não tinham médico de família (88,3%). Situação idêntica foi observada na pesquisa de sangue oculto nas fezes nos últimos dois anos, outro exame importante ao nível da prevenção, sendo 17% mais frequente na população entre os 50 e os 74 anos com médico de família (47,6%), em comparação com a população sem médico de família (30,3%).

O INSEF estudou 4911 pessoas (2265 homens: 46,1% e 2646 mulheres: 53,9%), na sua maioria em idade ativa (84,3% com idade entre os 25 e os 64 anos), cerca de três quintos (63,4%) dos quais “sem escolaridade ou com escolaridade inferior ao ensino secundário” e 11,2% desempregados. Promovido e desenvolvido em parceria com o Instituto Norueguês de Saúde Publica e com as Administrações Regionais de Saúde do Continente e Secretarias Regionais de Saúde das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, o INSEF é financiado em 85% pelo Programa Iniciativas em Saúde Pública (EEA Grants) como projeto Pré-definido e pelo Ministério da Saúde (15%).

Os resultados gerais do INSEF foram apresentados publicamente, dia 31 de maio, no auditório do Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, numa conferência que contou com a presença do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes. Este Inquérito tem como mais-valia o facto de conjugar informação colhida por entrevista direta ao indivíduo (sobre o seu estado de saúde, determinantes de saúde e utilização de cuidados de saúde, incluindo preventivos) com dados de uma componente objetiva de exame físico e recolha de sangue.

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INSEF: Sumário e Considerações Finais



 INSTITUTO RICARDO JORGE DIVULGA RESULTADOS DE INQUÉRITO NACIONAL DE SAÚDE COM EXAME FÍSICO
1ª Conferência INSEF: um olhar atento à saúde dos portugueses

Os resultados gerais do primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF), promovido e coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Epidemiologia, foram apresentados publicamente, dia 31 de maio, no auditório do Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. A “1ª Conferência Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico: um olhar atento à saúde dos portugueses” contou com a presença do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

Os primeiros resultados do INSEF divulgados incidiram sobre as desigualdades sociodemográficas da distribuição do estado de saúde (obesidade, diabetes, colesterolémia, hipertensão arterial), dos determinantes de saúde e fatores de risco (atividade física, alimentação, tabaco, álcool) e dos cuidados de saúde (saúde oral, análises clínicas, rastreios a doença oncológica) da população residente em Portugal em 2015.

O INSEF tem como finalidade contribuir para a melhoria da saúde dos portugueses, apoiando as atividades nacionais e regionais de observação e monitorização do estado de saúde da população, avaliação dos programas de saúde e a investigação em saúde pública. Tem como mais-valia o facto de conjugar informação colhida por entrevista direta ao indivíduo (sobre o seu estado de saúde, determinantes de saúde e utilização de cuidados de saúde, incluindo preventivos) com dados de uma componente objetiva de exame físico e recolha de sangue.

O INSEF é promovido e desenvolvido em parceria com o Instituto Norueguês de Saúde Publica e com as Administrações Regionais de Saúde do Continente e Secretarias Regionais de Saúde das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Tem um orçamento total de um milhão e meio de euros, financiado em 85% pelo Programa Iniciativas em Saúde Pública (EEA Grants) como projeto Pré-definido e pelo Ministério da Saúde (15%).

Este é o primeiro Inquérito realizado a uma amostra probabilística de 4911 pessoas, representativa da população portuguesa a nível nacional e regional, que segue os procedimentos definidos pelo Centro de Referência para Inquéritos de Saúde com Exame Físico do Instituto Nacional de Saúde e Bem-estar da Finlândia. A população alvo consistiu nas pessoas entre os 25 e os 74 nos de idade, residentes em Portugal Continental ou Regiões Autónomas.

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INSEF: Sumário e Considerações Finais

Bolsa de Investigação: Projeto Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) – INSA

Bolsa de Investigação no âmbito do Projeto

Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF)

Refª: INSEF/07/DEP/2015

EDITAL

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Departamento de Epidemiologia, abre Concurso para a atribuição de uma Bolsa de Investigação – 1 vaga – com o grau de Mestre, a candidatos (M/F), no âmbito do Projeto “Improvement of epidemiological health information to support public health decision and management in Portugal – towards reduced inequalities, improved health and bilateral cooperation”, designado por “INSEF – Inquérito de Saúde com Exame Físico”, co-financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu 2009-2014, Fase de Candidatura: de 28-05-2015 a 11-06-2015.

As condições de Abertura da Bolsa são as seguintes:

Área Cientifica Genérica: Matemática

Área Cientifica Especifica: Estatística

Requisitos de Admissão:

Serão consideradas as candidaturas que reúnam os seguintes requisitos:

  • Licenciatura em Estatística (obrigatório);
  • Mestrado em Bioestatística ou Estatística com nota mínima de 15 valores (obrigatório);
  • Experiência comprovada no dimensionamento de amostra e planeamento de amostragem de estudos epidemiológicos de base populacional;
  • Experiência comprovada no planeamento e execução da análise de dados de estudos epidemiológicos baseados em amostras complexas;
  • Excelente domínio do programa estatístico R e dos pacotes ‘EHESampling’ e ‘survey’ package;
  • Excelente domínio dos programas estatísticos STATA (svy commands) e SPSS (complex samples), com especial enfoque nos modelos de análise de amostras complexas;
  • Excelentes conhecimentos da língua Inglesa (escritos e orais) e língua Portuguesa nativa (prioridade elevada);
  • Bons conhecimentos de informática na ótica do utilizador, nomeadamente Microsoft Office incluindo Access.
  • Experiência em investigação, pelo menos 2 anos.

Serão fatores de preferência:

  • Facilidade de comunicação de conceitos e metodologias da área a outras áreas disciplinares (a não Estatistas).
  • Elevado sentido de responsabilidade;
  • Facilidade de relacionamento, comunicação e trabalho em equipa;
  • Disponibilidade imediata;
  • Disponibilidade para viajar.

Plano de trabalhos: Apoio ao processo de construção da base de amostragem e processo de amostragem; apoio no desenvolvimento dos ponderadores amostrais; apoio ao desenvolvimento do plano de análise de dados; apoio ao sistema de colheita de dados por CAPI e carregamento da informação na base de dados; leitura ótica de documentos de recolha de dados e carregamento da informação na base de dados; validação das bases de dados; análise estatística; colaboração na elaboração dos relatórios de progresso e científicos, comunicações e artigos cientificos.

Legislação e regulamentação aplicável: Estatuto do Bolseiro de Investigação, aprovado pela Lei n.º 40/2004, de 18 de Agosto e alterações seguintes. O Regulamento de Bolsas Ricardo Jorge, aprovado através do aviso n.º 7344/2005 (2ª série), de 17 de agosto de 2005, supletivamente aplicável o Regulamento de Bolsas de Investigação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P. Bem como e sem prejuizo de outra legislação em vigor, as regras de funcionamento interno da Instituição. A DGRH-Bolsas assume as competências do Núcleo do Bolseiro, cujas regras básicas de funcionamento, entre outras são: a responsabilidade de prestar aos bolseiros toda a informação relativa ao seu Estatuto, servir de elo de ligação entre os bolseiros e a Instituição acolhendo e tratando os processos dos bolseiros. A DGRH-Bolsas funciona, nos dias úteis, no horário de atendimento ao público regulamentado, nesta Instituição.

Local de trabalho: O trabalho será desenvolvido no Departamento de Epidemiologia, do INSA – Sede, havendo a necessidade de realizar deslocações frequentes a qualquer ponto do país no âmbito do projeto.

Orientação Científica: O trabalho será efectuado sob a orientação cientifica do Doutor Baltazar Nunes do Departamento de Epidemiologia do INSA.

Duração da bolsa: A bolsa é atribuída por 9 meses, tendo início previsto a 01.08.2015 e até à data limite de duração do projeto, cuja data de término se prevê a 30.04.2016. Salvaguarda-se que, caso o projeto venha a ser prorrogado, a bolsa poderá ser renovada até novo(s) limite(s) de duração do mesmo.

Valor do subsídio de manutenção mensal: O montante mensal da bolsa corresponde a 980€, podendo ser majorado este valor até um máximo de 30%, de acordo com a experiência profissional do candidato. A este valor é ainda aditado o valor do Seguro Social Voluntário (1.º escalão) e pago um Seguro de Acidentes Pessoais ou equivalente.

Métodos de selecção: O processo de avaliação inclui duas fases: avaliação curricular (caráter eliminatório) e entrevista, parte da qual desenvolvida em inglês. À avaliação curricular será atribuída classificação numa escala de 0 a 20 valores. Só serão chamados a entrevista, através da comunicação por email, os candidatos que obtiverem uma pontuação igual ou superior a 14 valores na avaliação curricular. A ponderação para a avaliação final é de 60% e 40% para a avaliação curricular e entrevista, respetivamente.

Composição do Júri de Selecção: O Júri é constituído pelo Doutor Baltazar Nunes, investigador auxiliar do INSA (presidente do Júri), pelo Doutor Carlos Matias Dias, assistente graduado da carreira médica de saúde pública do INSA e pela Doutora Sónia Namorado, bolseira de investigação, deste Instituto (vogais efetivos). A Doutora Ana Paula Gil e a Doutora Marta Barreto, bolseiras de investigação, deste Instituto, serão vogais suplentes.

Prazo e forma de apresentação das candidaturas: As candidaturas devem ser formalizadas, obrigatoriamente, através do envio de carta de candidatura acompanhada dos seguintes documentos: Curriculum Vitae detalhado, certificado de habilitações e outros documentos comprovativos considerados relevantes.

Tanto a carta de candidatura como o Curriculum Vitae devem ser apresentados em inglês.

As candidaturas deverão ser enviadas por e-mail ou por correio (até à data limite de 11-06-2015) para o seguinte endereço:

Sónia Namorado (Projeto INSEF)
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
Departamento de Epidemiologia
Avenida Padre Cruz
1649-016 LISBOA
Portugal
Email: sonia.namorado@insa.min-saude.pt

Os candidatos que enviem as candidaturas por email devem conservar o recibo de entrega e/ou leitura como comprovativo de receção.

Forma de publicitação/notificação dos resultados: Comunicação dos resultados aos candidatos e outras informações: Os resultados do concurso serão comunicados aos candidatos através de correio electrónico, com recibo de entrega. Após o envio do resultado da candidatura, considerar-se-á automaticamente notificado para consultar o processo se assim o desejar e pronunciar-se em sede de audiência prévia no prazo máximo de 10 dias úteis. O candidato seleccionado deve declarar, por escrito, a sua aceitação e comunicar a data de início efectivo da bolsa. Salvo apresentação de justificação atendível, a falta de declaração dentro do prazo requerido (10 dias) equivale à renúncia da bolsa. Em caso de impedimento de aceitação da bolsa pelo primeiro candidato seleccionado, a opção será o segundo qualificado (e assim sucessivamente) de acordo com a lista ordenada pelo Júri do concurso, a constar em Acta. A lista final de classificação será afixada em local visível, na Ala da Direcção de Recursos Humanos, piso 2, deste Instituto.

 

Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) – INSA

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge) vai promover um Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF). Os dados obtidos através deste Inquérito vão dotar os decisores da área da saúde de informação relevante para planear, desenhar, avaliar programas e a intervenção em saúde pública.

O INSEF tem como objetivo conhecer o estado de saúde da população portuguesa, as doenças mais frequentes, a utilização de medicamentos e o recurso aos serviços de saúde. Pretende-se igualmente contribuir para o conhecimento de alguns hábitos de vida da população, como por exemplo a alimentação e o exercício físico, entre outros aspetos importantes que influenciam a sua saúde.

A participação das pessoas convidadas a colaborar no estudo consiste em fazer um pequeno exame físico (medir a pressão arterial, altura e o peso, entre outros), análises clínicas de rotina e responder a algumas perguntas sobre a sua própria saúde. No total vão ser abrangidos 4.200 cidadãos, entre os 25 e os 74 anos, residentes em todo o território nacional, selecionados ao acaso de entre a população registada no Serviço Nacional de Saúde.

Este inquérito nacional terá início no próximo dia 2 de fevereiro, após um período de teste-piloto em alguns Centros de Saúde do país. A sua realização ficará a cargo de profissionais de saúde que tiveram formação específica para este efeito.

Este estudo é uma oportunidade única de conhecer o estado de saúde da população de uma forma rigorosa e assim contribuir para a melhoria dos cuidados de saúde prestados, promovendo a melhor qualidade de vida das gerações atuais e futuras. Neste estudo vão ser seguidos procedimentos internacionais de medição, permitindo comparar os resultados com outros países europeus, e os primeiros resultados vão ser conhecidos no início de 2016.

O INSEF tem ainda a mais-valia de conjugar informação colhida por entrevista e uma componente objetiva através de um exame físico e análises clínicas. Esta é a grande novidade em relação a outros inquéritos realizados anteriormente.

Efetivamente, alguns aspetos da saúde apenas podem ser avaliados, de forma fiável e válida, através de estudos que juntem uma componente de exame físico a uma entrevista. São, disto exemplo, a medição da pressão arterial, o índice de massa corporal, o perfil lipídico ou genético, entre outras.

Por fim, os participantes no estudo terão uma outra vantagem direta, já que os resultados das análises clínicas e do exame físico serão enviados ao médico assistente dos participantes, para uma possível atuação clínica caso se justifique. A participação no INSEF não terá qualquer custo para os participantes.

O INSEF é coordenado pelo Instituto Doutor Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Epidemiologia, em colaboração com as Administrações Regionais de Saúde, com a Secretaria Regional de Saúde da Região Autónoma dos Açores, com a Secretaria Regional dos Assuntos Sociais da Região Autónoma da Madeira e o Instituto Norueguês de Saúde Pública. Esta iniciativa tem um financiamento de cerca de um milhão e meio de euros, dois quais 85% são assegurados pela Islândia, Liechtenstein e Noruega, através do programa Iniciativas em Saúde Pública das EEA Grants, e 15% pelo Estado Português.

Leia aqui algumas Perguntas e Respostas sobre o INSEF.