27/04/2018
Etiqueta: Órgão
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Órgãos | Doação e Transplantação 2017: Maior número de sempre de órgãos colhidos e de dadores vivos
O Hospital Pulido Valente, em Lisboa, acolheu esta segunda-feira, dia 22 de janeiro de 2018, a cerimónia de apresentação dos resultados da atividade de doação e transplantação de órgãos, relativos a 2017.
Os dados do relatório do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), cuja apresentação esteve a cargo de Ana França, Coordenadora Nacional da Transplantação, revelam que no ano passado foram colhidos 1.011 órgãos, o maior número registado desde sempre, e realizados 895 transplantes «tendo-se verificado o aumento da transplantação renal para valores superiores aos dos últimos cinco anos (2012-2016), o transplante pancreático volta a atingir o máximo verificado em 2014 e o maior número de transplantes pulmonares de sempre».
Ao nível dos transplantes realizados em 2017, assinalou-se um aumento de 3,5 % em relação ao ano anterior (864).
Também os dadores aumentaram, atingindo os 351 em 2017, mais 14 do que em 2016.
A maioria dos dadores estava em morte cerebral (330), 79 eram dadores vivos, 21 encontravam-se em paragem cardiocirculatória e dez eram dadores sequenciais.
A principal causa de morte dos dadores foi clínica (80 %), seguindo-se a traumática (20 %).
Ainda, segundo relatório da Coordenação Nacional da Transplantação sobre a atividade de doação e transplantação de órgãos entre 2012 e 2017, o maior número de dadores é oriundo do sul (137), seguido do norte (110) e do centro (104).
Em relação aos órgãos, o aumento foi de 8 % em relação ao ano anterior, registando-se a colheita de 1.011 em 2017. A idade média do dador foi de 53,8% (55,1% em 2016).
Em dador vivo, registaram-se 77 doações de rins e dois de fígado.
O Presidente do Conselho Diretivo do IPST, João Paulo Almeida e Sousa, abordou o tema «Doação de órgãos: valorizar as oportunidades», tendo o Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, encerrado a cerimónia.
Portugal tem-se posicionado, nos últimos anos, nos primeiros lugares na doação de órgãos, quer na Europa, quer no mundo.
A transplantação de órgãos é um tratamento eficaz na poupança de vidas, sustentado quer a nível da ciência médica, quer a nível da economia da saúde, com benefícios diretos para os doentes, o que contribui para a melhoria das condições de vida em sociedade.
Visite:
IPST – http://www.ipst.pt/
Mapa oficial dos resultados das eleições gerais para os órgãos das autarquias locais de 1 de outubro de 2017
Doação e transplantação de órgãos: CHLN recebe primeiro dador de órgãos em paragem cardiocirculatória
O Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN) recebeu o primeiro dador em paragem cardiocirculatória, o que permitiu proceder à colheita de dois rins e córneas, para posterior transplantação.
Este procedimento decorre de um projeto-piloto, iniciado em outubro de 2016, destinado a otimizar a doação de órgãos em dador falecido em paragem cardiocirculatória, no Centro Hospitalar de São João. O projeto, desenvolvido em estreita cooperação com o Instituto Nacional de Emergência Médica e o Instituto Português do Sangue e da Transplantação, permitiu verificar que, após um ano da sua implementação, os resultados obtidos superaram largamente as previsões iniciais.
Perante estes resultados, a implementação do projeto-piloto foi alargada ao CHLN e ao Centro Hospitalar Lisboa Central, em outubro de 2017, pelo período de um ano, após o qual devem ser avaliados os seus resultados, com vista à manutenção e integração deste tipo de colheita de órgãos na atividade destas unidades.