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Fisiologistas do exercício: Farmácias vão ter serviço para prescrever exercício físico
07/09/2017
As farmácias estão a preparar um novo serviço com fisiologistas do exercício para fazerem prescrição de exercício físico individualizada.
Segundo Pedro Teixeira, Diretor do Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física, da Direção Geral de Saúde (DGS), a Associação Nacional de Farmácias (ANF) está a criar um serviço com fisiologistas do exercício para receber pessoas com indicação para fazer exercício, fornecendo prescrição de exercício personalizada.
Os fisiologistas de exercício são pessoas licenciadas em Ciências do Desporto e com formação especializada em fisiologia do exercício ou exercício e saúde.
A ideia é a de possibilitar uma prescrição e acompanhamento individualizados e não um aconselhamento breve para a atividade física, algo que pode e deve ser feito pelo médico de família e outros profissionais de saúde.
Pedro Teixeira lembra que há casos de utentes com diabetes, problemas cardíacos ou a recuperar de um cancro e que «precisam de um profissional diferenciado, que saiba adequar o exercício à sua condição» de saúde.
É o tipo de serviço e acompanhamento que não está ao alcance de todos os profissionais de exercício ou profissionais de saúde, indica o especialista da DGS e da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa.
Pedro Teixeira considera que nos centros de saúde, atualmente, não há condições para realizar este acompanhamento especializado e que os médicos de medicina geral e familiar não têm formação específica para esse efeito.
O programa da ANF irá ser preparado com a Associação de Fisiologistas de Exercício de Portugal (AFEP), que procurará garantir que os profissionais que estarão nas farmácias são os mais indicados.
Para o futuro, Pedro Teixeira acredita que o caminho deve passar por ter nos agrupamentos de centros de saúde consultas especializadas de prescrição de exercício físico, tal como existem para a cessação tabágica ou para a diabetes.
O especialista defende também que os cursos de Medicina devem passar a ter módulos ou disciplinas vocacionados para a promoção da atividade física, de modo a dar aos médicos mais formação nesta área.
A forma como o sistema de saúde português se vai adaptar nos próximos anos de modo a ser mais eficaz a ajudar os cidadãos a serem fisicamente ativos é um dos assuntos a ser debatido na próxima semana, dias 15 e 16 de setembro, no Simpósio Internacional ‘Exercise is Medicine’, que decorre em Lisboa e é organizado pela Faculdade de Motricidade Humana e pela DGS.
É um encontro onde estarão cerca de 10 especialistas estrangeiros e mais de 15 peritos portugueses que vão debater igualmente as mais recentes novidades e dados científicos sobre exercício físico e saúde.
Fonte: Lusa
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