DGS: Portugal – Doenças Oncológicas em Números – 2014

A evolução do panorama da Oncologia, em Portugal e no Mundo, tem colocado desafios crescentes aos sistemas de saúde. Por um lado assistimos a um aumento muito significativo de novos casos, fruto de alterações significativas
da estrutura da pirâmide populacional e de alterações do estilo de vida; por outro lado vemos também um aumento da demanda, e para cada doente individual, de mais meios técnicos e humanos.

As previsões de aumento de incidência têm-se confirmado, tendo o SNS conseguido acomodar, em grande parte, as novas solicitações. As sucessivas vagas de inovação têm estado associadas a custos dificilmente comportáveis, particularmente numa perspetiva de equidade, colocando os estados sob uma pressão esmagadora. O debate deste problema tem sido assumido a nível europeu, com participação ativa do nosso país.

A questão dos sobreviventes com cancro, população felizmente crescente, continua a carecer de melhor enquadramento clínico e social. O cancro é uma das doenças do futuro (e do presente) que para além duma perspetiva clínica multidisciplinar, reclama uma abordagem política e social concertada, que se estende para além dos muros das estruturas de saúde.

Veja aqui o documento.

Portugal – Prevenção e Controlo do Tabagismo em números – 2014

O melhor conhecimento sobre o comportamento da população portuguesa face ao consumo de tabaco, sobre os seus fatores determinantes e respetivas tendências de evolução, constitui uma condição essencial para o delineamento de estratégias de prevenção e controlo mais adequadas e eficazes, objetivo que se visou alcançar com a elaboração e divulgação do relatório “Portugal. Prevenção e controlo do tabagismo em números – 2013”.

Pretende-se, com o presente documento, complementar e atualizar a informação constante daquele relatório, tendo por base dados não explorados ou publicados após a sua edição.

Veja aqui o relatório.

Resultados do Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência a Antimicrobianos

Resultados do Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência a Antimicrobianos (PPCIRA) (DQS/DGS) em 2013/2014:

  1. A sua estrutura de gestão foi consolidada, verificando-se a nomeação de 100% dos Grupos de Coordenação Regional, de 94% dos Grupos de Coordenação Local a nível hospitalar e de 17% dos Grupos de Coordenação Local dos ACES;
  2. O número de Laboratórios de Microbiologia na Rede de Vigilância Epidemiológica de Microrganismos Resistentes aumentou de 22 para 70, de 2012 para 2014;
  3. A maioria dos Laboratórios de Microbiologia portugueses passou a usar a metodologia European Committee Antimicrobial Susceptibility Testing (EUCAST) e a Sociedade Portuguesa de Microbiologia e Doenças Infeciosas criou um Comité Nacional de Testes de Suscetibilidade a Antimicrobianos (NAC), sob os auspícios e com o apoio do PPCIRA;
  4. A percentagem de hospitais aderentes a pelo menos um dos quatro programas de vigilância epidemiológica de infeção adquirida no hospital aumentou para 85%;
  5. A Campanha de Precauções Básicas de Controlo de Infeção atingiu uma taxa de adesão de 70% nos hospitais e de 24% nos ACES;
  6. Foi implementado um Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica em 40% dos hospitais;
  7. Foram realizados cursos de formação de formadores a mais de 600 médicos e enfermeiros das 7 regiões de saúde;
  8. O trajeto de redução de consumo de quinolonas em ambulatório foi mantido, nomeadamente de 2,55 em 2007 para 2,18 em 2013 (DHD), passando Portugal do 1º para 7º lugar entre os países europeus com maior consumo desta classe de antibióticos;
  9. Em 2013, pela primeira vez ao fim de 10 anos, o rácio entre consumo em ambulatório de antibióticos de largo espectro e antibióticos de espectro estreito diminuiu, de 37,65 para 34,02 (redução relativa de 10%);
  10. O consumo hospitalar global de antibióticos, comparando os primeiros semestres de 2012, 2013 e 2014, teve redução relativa de 8%, em 2 anos;
  11. O consumo hospitalar de quinolonas, comparando os primeiros semestres de 2012, 2013 e 2014, teve redução relativa de 12%, em 2 anos;
  12. O consumo hospitalar de carbapenemes, comparando os primeiros semestres de 2013 e 2014, teve redução relativa de 5%;
  13. A taxa de resistência do Staphylococcus aureus à meticilina diminuiu de 54,6% para 46,8% entre 2011 e 2013, isto é teve uma redução relativa de 15% em dois anos e de 13% no último ano;
  14. Foi criado, em colaboração com o INSA, um sistema de vigilância específico para Enterobactereaceae resistente a carbapenemes, com o objetivo de conter o preocupante crescimento desta resistência emergente (taxa de resistência a carbapenemes em Klebsiella passou de 0,7% em 2012 para 1,8% em 2013);
  15. Em sintonia com a redução da taxa de resistência à meticilina do Staphylococcus aureus, as densidades de incidência de infeções da corrente sanguínea por este agente e por MRSA diminuíram, respetivamente, de 0,272 para 0,265 e de 0,165 para 0,156;
  16. Em unidades de cuidados intensivos de adultos, as bacteriemias associadas a cateter venoso central por 1000 dias de cateter venoso central diminuíram de 2,1 para 0,95, entre 2009 e 2012;
  17. Em unidades de cuidados intensivos de adultos, as pneumonias associadas ventilação por 1000 dias de intubação diminuíram de 11,2 para 8,7, entre 2008 e 2012;
  18. A sepsis neonatal por 1000 dias de cateter venoso central em unidades de cuidados intensivos neonatais teve redução relativa de 32% nos últimos dois anos (2011-2013) e de 20% no último ano (2012-2013), atingindo o valor de 9,13;
  19. Em infeção de local cirúrgico, houve redução de infeção associada a prótese de anca e a prótese do joelho entre 2011 e 2012, com as densidades de incidência a diminuírem de 0,5 para 0,1 (anca) e de 0,7 para 0,1 (joelho).

Consulte aqui o Relatório.

Programa Nacional de Diagnóstico Precoce – Relatório 2013 – INSA

O INSA, IP divulga o relatório do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce relativo ao ano de 2013, elaborado pela Comissão Executiva do Programa.

O Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDP), conhecido também por “teste do pezinho”, a funcionar na Unidade de Rastreio Neonatal do Centro de Saúde Pública do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge IP no Porto, tem como objetivo primário o rastreio neonatal de doenças cujo tratamento precoce permita evitar, nas crianças rastreadas, atraso mental, situações de coma e alterações neurológicas ou metabólicas graves e definitivas.

Das principais atividades relacionadas com o desenvolvimento do Programa em 2013, destaca-se o seguinte:

  • São atualmente rastreados em Portugal o Hipotiroidismo Congénito e 24 Doenças Hereditárias do Metabolismo, com uma taxa de cobertura próxima dos 100%.
  • Foram detetados 60 casos de doença, mantendo-se a média da idade de início de tratamento nos 10 dias de vida.
  • Foi dado início ao Estudo Piloto para o Rastreio Neonatal da Fibrose Quística.

No relatório encontram-se detalhados todos os casos detetados, bem como os Centros de Tratamento em que estão a ser seguidos, sendo que pelo número de patologias rastreadas, tempo médio de início de tratamento e taxa de cobertura a nível nacional, o PNDP, existente desde 1979, pode ser considerado um dos melhores programas de rastreio neonatal da Europa, de eficácia comprovada.

Consultar Relatório PNDP 2013 

Relatório INSA: EVITA – Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes

Foi publicado hoje (21/11/2014).

«O sistema EVITA – Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes, criado em 2000 e coordenado pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA, IP), é um sistema de recolha e análise de dados sobre Acidentes Domésticos e de Lazer (ADL) que implicaram recurso às urgências de unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde, o qual é desenvolvido em estreita colaboração com a Administração Central dos Sistemas de Saúde.

Os principais objetivos do sistema são: 1) determinar a curto prazo as frequências e tendências dos ADL em geral e das suas diversas formas, bem como as características das vítimas, das situações e dos agentes envolvidos; 2) identificar a longo prazo as situações de risco, bem como produtos perigosos, que propiciem a ocorrência de ADL, estabelecendo assim uma base de apoio para a definição de políticas de prevenção baseadas na evidência.

O presente relatório apresenta a análise descritiva dos dados recolhidos pelo sistema EVITA durante os anos de 2009 a 2012. Dele se destacam os seguintes resultados:

  • A distribuição percentual dos Acidentes Domésticos e de Lazer (ADL) é superior nos homens até ao grupo etário 45-54 anos e nas mulheres dos 55 anos em diante.
  • O local de ocorrência mais referido nos ADL foi a “Casa”. Na distribuição da percentagem de ADL ocorridos em “Casa” os valores mais elevados surgem no sexo masculino 0-4 anos e no sexo feminino 75 ou mais anos.
  • Excluindo a designação “Outra” a atividade mais referida no momento do acidente foi o “Lazer”, seguida de “Exercício Físico”.
  • O mecanismo de lesão mais referido foi, nos três anos analisados, a “Queda”.
  • Cerca de 76% dos ADL provocaram uma “Concussão, contusão, hematoma”.
  • Os “Membros” são a parte do corpo mais frequentemente lesada (62,3%).
  • A maioria dos ADL que chegam ao Hospital seguem para o “Exterior não referenciado”.

Consultar o Relatório EVITA 2009-2012 »

Relatório INSA: Infeção VIH/SIDA a situação em Portugal a 31 de dezembro de 2013

«Divulga-se o relatório anual referente à Infeção VIH/SIDA, elaborado pela Unidade de Referência e Vigilância Epidemiológica do Departamento de Doenças Infeciosas deste Instituto, em colaboração com o Programa Nacional da Infeção VIH/SIDA.

Este relatório reúne informação epidemiológica relativa à caracterização da situação em Portugal a 31 de dezembro de 2013, tendo por base o sistema de notificação de casos de infeção VIH/SIDA, que é obrigatória em Portugal desde 2005.

Das conclusões do documento, destaca-se o seguinte:

  • Cumpriram-se trinta anos do diagnóstico dos primeiros casos de infeção por VIH em Portugal e encontravam-se notificados, cumulativamente, 47.390 casos de infeção VIH, dos quais 19.075 em estadio de SIDA;
  • Dos casos notificados em 2013, 1093 referiam diagnóstico nesse ano. Destes, 44,4% residiam na região da Grande Lisboa, a maioria registou-se em homens (70,7%), a idade mediana ao diagnóstico foi de 40,0 anos, 71,3% referiam ter nascido em Portugal e 20,7% estavam em estadio de SIDA. A via sexual foi o modo de infeção indicado na maioria dos casos, com 61,1% a referirem transmissão heterossexual. 42,7% dos casos do sexo masculino referem transmissão decorrente de relações sexuais entre homens cuja mediana de idades era de 33 anos. Em 7,0% dos novos casos a infeção está relacionada com consumo de drogas. Uma elevada percentagem dos casos (58,1%) cumpria o critério imunológico de apresentação tardia aos cuidados de saúde, TCD4+ <350 cél/mm3 na primeira avaliação clínica. Nos novos casos de SIDA a pneumonia por Pneumocystis foi a patologia mais frequentemente referida. Foram ainda notificados 226 óbitos ocorridos durante o ano de 2013;
  • Ao longo das três décadas da epidemia VIH/SIDA registou-se uma evolução das suas características. O aumento do número de novos diagnósticos de infeção por VIH em jovens do sexo masculino que têm sexo com homens e a elevada percentagem de diagnósticos tardios, particularmente em heterossexuais de meia-idade, são tendências recentes em Portugal, documentadas no presente relatório, e que urge compreender e reverter. A infeção por VIH continua assim a representar um desafio importante para a Saúde Pública em Portugal.

Consultar o relatório»

Veja as publicações relacionadas em:

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Relatório “Portugal – Controlo da Infeção e Resistência aos Antimicrobianos em Números – 2014”

«Com a presença do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Dr. Fernando Leal da Costa e do Diretor do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos, Professor José Artur Paiva, foi apresentado publicamente, no dia 6 de novembro, o Relatório “Portugal – Controlo da Infeção e Resistência aos Antimicrobianos em números – 2014”.»

Veja aqui o relatório.