Infográfico INSA ─ Risco cardiovascular

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27-09-2019

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia, disponibiliza, no âmbito do Dia Mundial do Coração, assinalado a 29 de setembro, um infográfico sobre o risco cardiovascular referente à população residente em Portugal, em 2015, com idades compreendidas entre os 40 e os 65 anos. A informação sobre este tópico relacionado com a saúde dos portugueses encontra-se estratificada por sexo, grupo etário, região, nível de escolaridade e situação perante o trabalho.

Estes dados foram obtidos utilizando o algoritmo SCORE que permite obter o risco da ocorrência de eventos fatais por doença cardiovascular nos 10 anos seguintes, tendo 443 mil indivíduos residentes em Portugal, com idades compreendidas entre os 40 e os 65 anos (11,9%), apresentado um risco cardiovascular muito elevado. O risco cardiovascular muito elevado foi mais frequente nos homens (15,6%), no grupo etário dos 60-65 anos (25,6%), na Região Autónoma dos Açores (14,4%), nos indivíduos sem atividade profissional (21,6%) e nos indivíduos com menos escolaridade (20,1%).

O infográfico apresentado tem como fonte de dados o primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF), promovido e coordenado pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge. O primeiro INSEF foi desenvolvido em 2015 para recolha de informação epidemiológica sobre o estado, determinantes e cuidados de saúde da população portuguesa, apresentando como mais-valia o facto de conjugar informação colhida por entrevista direta ao indivíduo com dados de uma componente objetiva de exame físico e recolha de sangue.

O INSEF tem como finalidade contribuir para a melhoria da saúde dos portugueses, apoiando as atividades nacionais e regionais de observação e monitorização do estado de saúde da população, avaliação dos programas de saúde e a investigação em saúde pública. Foram estudadas 4911 pessoas, na sua maioria em idade ativa (84,3% com idade entre os 25 e os 64 anos), cerca de três quintos (63,4%) dos quais “sem escolaridade ou com escolaridade inferior ao ensino secundário” e 11,2% desempregados.

Este infográfico está disponível, em acesso aberto, em português e em inglês. Para mais informações sobre o INSEF, consultar o site do projeto aqui.​

 
Infográfico – Risco cardiovascular Infographic – Cardiovascular risk

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Processo Assistencial Integrado do Risco Cardiovascular no Adulto

Esta Informação data de 29/12/2014, mas apenas foi publicada a 22/01/2015.

Informação nº 009/2014 DGS de 29/12/2014
Processo Assistencial Integrado do Risco Cardiovascular no Adulto

«APRESENTAÇÃO

No cumprimento da Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde e com o objetivo de oferecer cuidados de saúde de elevada qualidade aos cidadãos, a Direção-Geral da Saúde, através do Departamento da Qualidade na Saúde (DQS), iniciou a publicação de Processos
Assistenciais Integrados (PAI) relativamente a diversas alterações do estado de saúde, doenças agudas e doenças crónicas.
Os PAI colocam o cidadão, com as suas necessidades e expectativas, no centro do sistema. A continuidade assistencial e a coordenação entre os diferentes níveis de cuidados, são reconhecidos como elementos essenciais para garantir que o doente recebe os melhores cuidados de saúde, atempados e efetivos.
A abordagem dos PAI é uma abordagem multidisciplinar, integral e integrada que pressupõe a reanálise de todas as atuações de que o doente é alvo em qualquer ponto do Serviço Nacional de Saúde, do início ao fim do processo assistencial. Por outro lado, as atividades assistenciais baseadas na melhor evidência científica disponível, respeitam o princípio do uso racional de tecnologias da saúde e orientam a adoção de atuações terapêuticas custo-efetivas, ao mesmo tempo que se garante ao cidadão a qualidade clínica que é consagrada como um dos seus principais direitos.
Pretende-se proporcionar a mudança organizacional, com base no envolvimento de todos os profissionais implicados na prestação de cuidados, acreditando na sua capacidade e vontade de melhorar continuamente a qualidade e de centrar os seus esforços nas pessoas.
Os PAI são ainda uma ferramenta que permite analisar as diferentes componentes que intervêm na prestação de cuidados de saúde e ordenar os diferentes fluxos de trabalho, integrando o conhecimento atualizado, homogeneizando as atuações e colocando ênfase nos resultados, a fim de dar resposta às expectativas quer dos cidadãos quer dos profissionais de saúde.
Os PAI que se estão a implementar em Portugal tiveram por base o modelo conceptual concebido e implementado com êxito no âmbito do Sistema Sanitário Público da Andaluzia.
A versão portuguesa do PAI do Risco Vascular no Adulto foi adaptada e atualizada em cooperação ativa com a Ordem dos Médicos, a Ordem dos Enfermeiros, sociedades científicas e Direção do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-cardiovasculares, tendo em conta as suas orientações estratégicas, a evidência científica publicada e os consensos da comunidade científica e académica.
J. Alexandre Diniz
Diretor do Departamento da Qualidade na Saúde»