VIH | Casos registados em 2016: Novos casos de VIH em Portugal mantêm tendência de descida

29/11/2017

Portugal registou 1.030 novos casos de infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) em 2016, confirmando a tendência de descida, com o maior número de infeções a ter origem em contactos heterossexuais, seguindo-se o sexo entre homens e o uso de drogas injetáveis.

De acordo com o relatório do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Portugal registou, até hoje, 56.001 diagnósticos de infeção pelo VIH, dos quais 1.030 em 2016.

O número de casos registados no ano passado representa uma descida de 13,6 % em relação a 2015 e de 35 % face a 2013.

Os valores mais recentes atribuem a Portugal uma taxa de 10 novos casos de VIH por 100 mil habitantes, refere o documento.

O relatório atribui mais novos casos a homens (734) do que a mulheres (296).

Segundo o ECDC e a OMS, em 2016 contabilizaram-se 366 novos casos de diagnóstico de VIH em homens infetados em situação de sexo com outros homens.

O uso de drogas injetáveis foi responsável por 30 novos diagnósticos no ano passado, enquanto o contacto heterossexual deu origem a 586 novos casos.

No mesmo período, ocorreram novos casos de VIH com origem na transmissão mãe-filho.

Os autores do documento indicam que uma em cada duas pessoas que vivem com o VIH na Europa teve um diagnóstico tardio da doença.

Fonte: LUSA

Telemedicina no SNS: Sistemas de teleconsulta são tendência irreversível em Portugal

 

O Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou que os sistemas de teleconsulta são uma tendência irreversível, durante o seminário “TeleSaúde no AVC – Do evento ao Domicílio”, organizado pelo Centro Nacional de TeleSaúde (CNTS) e a SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE, em que participou através de videoconferência.

O Ministro referiu que o Governo está determinado em apoiar o desenvolvimento da teleconsulta e disse que tem havido “experiências muito interessantes”, em Portugal, com esta tecnologia, nas áreas da medicina de reabilitação, saúde mental, dermatologia e cirurgia vascular.

“Uma das formas de tornar o Serviço Nacional de Saúde mais próximo e amigo dos cidadãos é simplificar a vida aos doentes na relação com os profissionais”, afirmou, acrescentando que o serviço de teleconsulta do Hospital Rovisco Pais, onde decorreu o seminário, é um “exemplo de boas práticas”. Aproveitou a oportunidade para convidar os responsáveis do Centro de Medicina de Reabilitação a estarem presentes, na próxima semana, em Lisboa, na Meo Arena, naquilo que definiu como “o maior evento de transformação digital do SNS desde sempre”.

A intervenção de Adalberto Campos Fernandes foi precedida de uma ligação vídeo ao Serviço de Medicina de Reabilitação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE (CHUC).

Segundo a Administração Regional de Saúde do Centro (ARS Centro), o programa Tele Via Verde AVC, que garante uma resposta tecnicamente equitativa aos doentes que sofrem um acidente vascular cerebral (AVC) inclui, além do CHUC e do Rovisco Pais, o Hospital Distrital da Figueira da Foz, Centro Hospitalar de Leiria, Centro Hospitalar Baixo Vouga, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Unidade Local de Saúde da Guarda, Centro Hospitalar da Cova da Beira e Unidade Local de Saúde de Castelo Branco.

O CHUC é o ponto central, onde, diariamente, durante as 24 horas, uma equipa de especialistas acompanha em tempo real, através de telemedicina, os doentes com AVC que dão entrada naquelas unidades e prescrevem a melhor terapêutica, consoante a situação clínica.

A rede permite que apenas os doentes mais graves sejam transferidos para Coimbra, já depois de estabilizados e com terapêutica iniciada.

De acordo com dados divulgados no evento, o programa Tele Via Verde AVC realizou, até à data, 630 teleconsultas, resultando que 60% dos doentes não foram transferidos para o CHUC, em Coimbra.

No Rovisco Pais, onde o programa se iniciou em maio do ano passado, até agora, foram realizadas43 teleconsultas de avaliação de internamento e internados 32 doentes, 72% dos quais do sexo masculino. Destes, 20 já tiveram alta para o domicílio, numa área que abrange toda a região Centro.