Etiqueta: Vírus Zika
Comunicado DGS: Doença por vírus Zika – Recomendações para Viajantes
Comunicado do Diretor-Geral da Saúde com recomendações para viajantes sobre a doença por vírus Zika.
5ª reunião do Comité de Emergência da OMS: Os Distúrbios Neurológicos e o Vírus Zika Deixaram de Representar uma “Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional” – Resumo e Declarações da OMS
Após reunião do Comité de Emergência sobre microcefalia, distúrbios neurológicos e vírus Zika, no dia 18 de novembro, a Diretora-Geral da Organização Mundial da Saúde declarou que a microcefalia, os distúrbios neurológicos e o vírus Zika deixaram de representar uma “Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional” (PHEIC), como foi definido em 1 de fevereiro de 2016, ao abrigo do Regulamento Sanitário Internacional. A associação causal entre a microcefalia e os distúrbios neurológicos e o vírus Zika, motivo primário para a declaração de PHEIC, já foi comprovada pelo que já não justifica a manutenção daquele nível de emergência.
No entanto mantém-se a investigação científica a longo prazo, pois os aspetos da doença e das consequências que lhes estão associadas necessitam de ser aprofundadas.
Para mais informações consulte o resumo da reunião e das declarações da OMS
Veja todas as relacionadas:
Circular Informativa Infarmed: Vírus Zika – segurança dos medicamentos derivados do plasma e urina
Circular Informativa N.º 134/CD/550.20.001. Infarmed Data: 21/09/2016
Para: Divulgação geral
Contacto: Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI); Tel. 21 798 7373; Fax: 21 111 7552; E-mail: cimi@infarmed.pt; Linha do Medicamento: 800 222 444
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) confirmou que não há um risco aumentado de contaminação pelo vírus Zika em doentes em tratamento com medicamentos derivados do plasma e urina .
Os medicamentos derivados do plasma e urina são produzidos a partir de fluidos corporais que podem ter origem em países com prevalência do vírus Zika.
Após avaliação, concluiu-se que o processo de fabrico inativa ou remove o vírus Zika do medicamento final, pelo que estes medicamentos não acarretam risco de contaminação, nem há necessidade de medidas de segurança adicionais, como testes ou exclusão de dadores.
Os resultados desta avaliação encontram-se disponíveis no site da EMA.
O Presidente do Conselho Diretivo
Henrique Luz Rodrigues
Veja todas as relacionadas:
Artigo: Diagnóstico Laboratorial de Casos de Importação de Infeções por Vírus Zika
O Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infeciosas (CEVDI) do Instituto Ricardo Jorge elaborou um artigo com o objetivo de alertar para importância do diagnóstico e métodos utilizados no diagnóstico laboratorial de infeções por vírus Zika. Neste trabalho é também apresentada a casuística de infeção por Zika identificados no CEVDI de junho de 2015 a junho de 2016.
Durante o período em causa, foram enviadas ao laboratório 388 amostras com pedido específico de diagnóstico de Zika. A maior parte dos pedidos de diagnóstico coincide temporalmente com aconfirmação da ocorrência de infeções congénitas assim como da transmissão por via sexual realizada pela Organização Mundial da Saúde (fevereiro) não se tratando provavelmente de casos de suspeita de doença mas de diagnóstico diferencial ou exclusão de infeção nas grávidas.
De junho de 2015 a junho 2016 foram confirmados 17 casos positivos de infeção por Zika. Oito casos positivos (47%) foram confirmados por biologia molecular, sobretudo na urina. Em três casos (18%) foi identificada virúria e anticorpos IgM específicos e, também em três casos (18%), foi confirmada virúria e anticorpos anti-flavivírus evidenciando infeção anterior, ou coinfeção, por outro flavivírus.
De acordo com as autoras deste trabalho, publicado na última edição do Boletim Epidemiológico Observações e que pode ser consultado aqui, “no diagnóstico laboratorial tornou-se evidente que um diagnóstico molecular positivo confirma um caso. No entanto um resultado negativo deve ser avaliado ou sujeito a confirmação por serologia posteriormente”.
Já em relação à natureza da amostra a enviar ao laboratório, “a urina confirma-se como uma amostra importante, uma vez que a virúria prolonga o período de deteção do vírus até pelo menos ao décimo dia após início dos sintomas, devendo ser sempre enviado ao laboratório amostra de sangue em EDTA e urina”.
“O diagnóstico serológico é importante na confirmação de ausência de anticorpos anti-flavivírus (resultado negativo). No entanto um resultado positivo tem que ser avaliado com nova amostra e titulação para outros flavivírus o que, no fim, até pode não levar a um resultado conclusivo”, acrescentam as investigadoras Maria João Alves e Líbia Zé-Zé.
O vírus Zika (Flavivirus) é um arbovírus transmitido sobretudo por mosquitos, mas também, por transmissão materno-fetal e sexual. Existem evidências que as infeções por vírus Zika podem estar associadas à síndrome de Guillian-Barré e a casos congénitos de microcefalia e outras malformações do sistema nervoso central.
O CEVDI tem desenvolvido o diagnóstico e estudos epidemiológicos de vírus transmitidos por artrópodes desde o princípio dos anos 90. O diagnóstico de Zika foi desenvolvido e padronizado em 2007.
Veja todas as relacionadas:
Doença por Vírus Zika – Atualização de 13 de Julho – DGS
A Direção-Geral da Saúde comunica que, em termos cumulativos, verificaram-se em Portugal, até ao momento, 18 casos importados de Zika.
Para mais informações consulte o microsite sobre o Zika.
Veja todas as relacionadas:
Doença por Vírus Zika – Atualização de 18 de Maio
Doença por vírus Zika – Atualização de 31 de Março
Doença por Vírus Zika – Atualização de 18 de Março
Documento: ZIKA – Plano Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças Transmitidas por Vetores – 1ª versão – DGS
A principal finalidade deste Plano é minimizar o impacto do vírus Zika em Portugal. O seu objetivo geral é impedir ou minimizar a ocorrência de casos autóctones ou secundários e detetar precocemente casos importados, principalmente em áreas onde o mosquito Aedes aegypti está presente, assim como minimizar a disfunção social e económica eventualmente decorrentes desta infeção.
Este Plano aplica-se a todo o território nacional, incluindo o Continente e as Regiões Autónomas (RA) dos Açores e Madeira.
Veja o Documento ZIKA – Plano Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças Transmitidas por Vetores – 1ª versão
Informação do INSA:
ZIKA: PLANO NACIONAL DE PREVENÇÃO E CONTROLO DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR VETORES
Com o objetivo de reduzir o impacto do vírus Zika em Portugal, impedindo ou minimizando a ocorrência de casos autóctones ou secundários e detetar precocemente casos importados, principalmente em áreas onde o mosquito Aedes aegypti está presente, assim como minimizar a disfunção social e económica eventualmente decorrentes desta infeção, a Direção-Geral de Saúde, em articulação com o Instituto Ricardo Jorge, elaborou, no âmbito do Plano Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças Transmitidas por Vetores, um documento orientado exclusivamente para o Zika. Este Plano aplica-se a todo o território nacional, incluindo o Continente e as Regiões Autónomas (RA) dos Açores e Madeira.
O Plano tem como objetivos específicos reduzir a densidade populacional de mosquitos Aedes aegypti na RA Madeira, minimizar a possibilidade dos mosquitos Aedes aegypti na RA Madeira serem infetados pelo vírus Zika e impedir o estabelecimento de mosquitos do género Aedes no Continente e na RA Açores. Promover a investigação sobre a infeção por Zika e vetores responsáveis pela transmissão da infeção e desenvolver articulação intersetorial entre o sistema de saúde, a comunidade científica, ambiente, veterinária, autarquias e sociedade civil são outros dos objetivos do Plano.
A implementação do Plano é coordenada pelo Diretor-Geral da Saúde, com o apoio da Subdiretora-Geral da Saúde e da Unidade de Apoio à Autoridade de Saúde Nacional e à Gestão de Emergências em Saúde Pública (UESP), em estreita colaboração com a Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde. A nível regional, os Departamentos de Saúde Pública são parceiros essenciais de apoio a esta coordenação, devendo replicar a mesma estrutura de “comando e controlo” nas respetivas regiões.
Ao nível da vigilância vetorial, o Plano prevê, por exemplo, que a deteção de possíveis espécies invasoras de mosquitos é notificada a nível nacional através da Rede Nacional de Vigilância de Vetores (REVIVE), coordenada pelo Instituto Ricardo Jorge, e que em termos de vigilância epidemiológica devem ser notificados precocemente casos de microcefalia no Registo Nacional de Anomalias Congénitas (RENAC), também coordenado por este Instituto.
Já em relação ao diagnóstico laboratorial, o Plano refere que a capacidade de efetuar o diagnóstico laboratorial direto (deteção e identificação do vírus) e indireto (testes serológicos) está implementada no Instituto Ricardo Jorge, o laboratório nacional de referência. No Hospital Nélio Mendonça (RA Madeira) está disponível o diagnóstico direto e eventualmente noutros laboratórios, se necessário, tendo em conta a evolução da situação epidemiológica, poderão ser implementados meios de diagnóstico laboratorial.
Para consultar “Zika – Plano Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças Transmitidas por Vetores – 1ª versão”, clique aqui.
Veja todas as relacionadas: